Amigas e amigos
Procurarei apresentar aos leitores um sucinto resumo dos fatos que vêm ocorrendo na capital do Sertão Central de Pernambuco, às vistas das autoridades, amplamente divulgados e reiterados pedidos de providências aos órgãos e autoridades competentes, sem que sejam adotadas medidas eficazes para solução do problema.
Depois de serem aplicados cerca de 50 milhões de reais no novo saneamento básico da cidade, com vistas às obras da transposição do São Francisco, possivelmente por não terem sido feitos serviços bem feitos, o que se ver são galerias estouradas, esgotos correndo a céu aberto paralelamente às tubulações onde existem, de forma que nada ou pouco adiantou se gastar tanto dinheiro sem o resultado esperado.
Antes das chuvas
Antes das chuvas
Depois das chuvas
Depois das chuvas
Por outro lado, a maior parte da população paga 80% do valor do consumo de água, embora o sistema de tratamento do esgoto, inaugurado pelo então governador Eduardo Campos, funcione de forma parcial, não evitando a contaminação de todo trecho até o Rio São Francisco.
Recentemente houve uma grande polêmica acerca do saneamento do Residencial Santo Antônio, compreendendo aproximadamente mil residências, além de parte dos Loteamentos Novo Salgueiro e São José e, praticamente, toda zona oeste (Itamaraty, Ceasa, Novo Horizonte etc.), somente sendo possível a solução do problema depois do compromisso dos órgãos envolvidos – CAIXA ECONÔMICA, COMPESA E PREFEITURA assinarem um Termo se responsabilizando pelos serviços, a fim de não poluir as duas barragens do Rancho Verde, localizadas nas margens da rodovia BR 232.
No entanto, mesmo antes das chuvas, praticamente toda semana comunicamos a COMPESA a existência de galerias transbordando os esgotos para os citados mananciais que, por sua vez, quando transbordam atingem toda área central da cidade e, como dito, vai desaguar no “Velho Chico”. Fatos idênticos acontecem todo dia noutras áreas da cidade, como nos bairros Santa Margarida, Cohab, Prado, Planalto, Divino Espírito Santo etc.
Concluímos afirmando que, embora amplamente divulgadas essas e tantas outras ocorrências, os fatos públicos e notórios continuam prejudicando a população e ao meio ambiente, pelo que esperamos que desta feita sejam adotadas medidas corretivas e preventivas para evitar o que sem dúvida são considerados crimes ambientais.
Por Alvinho Patriota*
*Advogado graduado pela UFPB, pós graduado pela UNEB, Doutorando pela UNB (Argentina). Foi Vereador em Salgueiro 5 mandatos, Secretário de Governo e de Agricultura/Meio Ambiente.