

Desde que ele nasceu
No sítio Caldeirãozinho
Sebastião Alves e Eliza
Deram o nome de Alvinho
Para que ninguém chamasse
Sebastião de “Tiãozinho”.
Alvinho cresceu no sertão
Entre urtiga e catingueira,
Cuidando da criação,
Correndo na capoeira
Ao lado de doze irmãos
Pai firme e mãe guerreira.
Apesar de inteligente,
Determinado e vigoroso
Quando Auristela o chamava,
Ficava muito raivoso
Dizia: “Vai ficar burro”!
Burro, velho e preguiçoso!
Depois de Pinto Ribeiro
Foi morar em Sertânia
Estudar e trabalhar
Sem nenhum medo nem manha
Descobrindo novos rumos
Com uma vontade medonha
Fez Direito na Paraiba
Ainda com média idade
Trabalhou na Polícia Rodoviária
Depois mudou de cidade
Salgueiro lhe adotou
Em sua maioridade.
Namorou, noivou e casou
Com Socorro sua amada
Teve com ela três filhos
Uma pequena ninhada
Duas mulheres e um homem
Família linda e abençoada
Hoje está aposentado
Mas não para de lutar
No escritório, na fazenda,
Em todo canto ele está
Com os filhos ou os netos
Sempre vai se encontrar.
Agora resta desejar
A esse primo irmão
Que Deus abençoe sua vida
E ilumine a sua geração
Lucianna, Sérgio, Anna Paula
Socorro e os netos que virão.
Por Anibal Alves Nunes