Poemas e Poesias

Poemas & Poesias: Mães

Começar falando do M
De maio, mãe e mulher
Mês que o ser humano
Rega as flores pra colher
Por ser dedicado a elas
Que fazem por merecer.

A mãe não escolhe a semente
Dos frutos que devem nascer
São carne da mesma carne
E ela não acha justo escolher
A natureza separa a semente
E só a mãe o espera florescer.

Por Deus ela foi escolhida
Pra vida proteger e gerar
Aconchegar bem no ventre
E em nove meses mostrar
A criação que a natureza
Com perfeição desabrochar

Mulheres que acariciam
Às vezes ficam perdidas
Ficam até desorientadas
Logo depois de paridas
Mas amor de mãe é forte
E voltam a proteger a vida.

E o orgulho que sentem
Tirando do peito o leite
E uma vida que alimenta
Só ela que sabe o deleite
Do ser que ela amamenta
E exigir que se respeite.

Mãe não é só aquela
Que põe filho no mundo
Mãe é aquela que cria
Que adota e vai fundo
E fica a noite acordada
Sem cochilar um segundo.

Mulheres maravilhosas
Um dia já foram filhas
E um dia serão as avós
Das filhas de suas filhas
E uma mulher não pode
Viver igual a uma ilha.

A mulher tem a beleza
Que foi dada por Deus
Vive a proteger suas crias
E defendendo os seus
Pior é a tristeza do pranto
Na perda de um filho seu.

Poeta Chico Rubião – Salgueiro, 12/05/2024

Poemas & Poesias: Homenagem às mães

* Por Zélio Sobrinho

Quero homenagear
aquela que cumpre a sua sina
Mãe, guerreira, mulher
trabalha, educa e ensina
Mãe leoa, protetora
não se acha em toda esquina

Se o filho adoece
ela reza e logo abraça
Já vem logo dando um chá
quente, saindo fumaça
Na agonia de mãe
pra ver se a febre passa

Eu duvido de uma mãe
ir dormir sem dar um cheiro.
Ver se sua cria está bem,
seu primogênito, herdeiro
Mãe só se alimenta
quando o filho come primeiro

A vida passa ligeira
toda mãe quer preparar
Colocar numa boa escola,
nada pode faltar
Ela sabe que a educação
prepara o filho pra voar

Quando a mulher está grávida
já quer contar para os seus
O barrigão aparecendo
ela diz: “è todo meu!”
Uma mãe realizada
agradece e diz: “É presente de Deus!”

O valor de uma mãe
é um incalculável tesouro
Força que não se mede
maior que a de um touro
Se mexer com suas crias
vai ouvir um desaforo

À todas mamães desse mundo
Deixo aqui minha mensagem
200 anos de vida!
Tamo aqui só de passagem
Nos versos que recitei,
recebam minha homenagem!

* Zélio Sobrinho, 40 anos, é filho de agricultura e natural de Grossos, povoado de Verdejante, no Sertão pernambucano, onde passou sua infância. De tanto observar a natureza, começou a escrever os seus primeiros versos, a partir dos 12 anos. Tem sua formação em técnico em Zootecnia pelo IFSertãoPE, é cozinheiro de comida nordestina raiz e somente aos 40 anos de idade resolveu publicar o seu primeiro poema e os demais que virão no decorrer de sua história poética.

Poemas & Poesias: Sexta-Feira Santa

A Sexta Santa chegou
E a igreja nos conduz
A lembrar o sofrimento
Sentir o peso da Cruz
E nós cristãos relembrar
O quanto sofreu Jesus.

O Filho do Carpinteiro
E de sua mãe Maria
Veio pagar os pecados
Dessa gente que sofria
E pra salvar esse mundo
Não demonstrou covardia.

Quando Caifaz acusou
O Filho do Deus da Luz
Pilatos lavou as mãos
O julgamento não fez jus
Ao libertar Barrabás
Pra crucificar Jesus.

Salgueiro, 29/03/2024
Poeta Chico Rubião

Poemas & Poesias: Quem tem fartura na mesa

Quem tem grana a todo instante
Só tem olhos para o luxo
Esquece de olhar o bucho
Vazio do semelhante
Tem ouro, prata e brilhante
Pra bancar a mordomia
É essa a filosofia
De quem vive na nobreza
“Quem tem fartura na mesa
Não lembra a que está vazia.”

Essa fartura sobrando
Falta na mesa de alguém
Aquele que muito tem
Passou a vida negando
Quem tem não está lembrando
De ajudar ao boia-fria
Sua mesa é de alegria
E a do pobre é de tristeza
“Quem tem fartura na mesa
Não lembra a que está vazia.”

Tem tanta mão estirada
Solicitando um pouquinho
Porém o rico é mesquinho
Tem tanto e não doa nada
Pra quem tem a mão fechada
Caridade é fantasia
Tem tudo pra boemia
Nada tem para pobreza
“Quem tem fartura na mesa
Não lembra a que está vazia.”

Quem saboreia um filé
Esquece quem come um ovo
Quem anda de carro novo
Esquece quem segue a pé
Na sua mesquinhez é
Um sovina em demasia
Que nega até um bom dia
Para acumular riqueza
“Quem tem fartura na mesa
Não lembra a que está vazia.”

Versos – Poeta Jatobá

Mote – Poeta Adalberto de Vital ( Pai Beto)

Poemas & Poesias: Saudade tem nome – Segundo!

Hoje minha poesia
Tem um tom bem diferente
Costumava ser de alegria
Mas hoje ela não tá presente
Porque vou falar de Segundo*
Que partiu, deixando a gente.

A vontade, eu sei, foi de Deus
Por ele partir sem medo
Não sei se ele esperava a morte
Que pra ele veio tão cedo
Mas sei que o meu Segundinho
Viveu cada minutinho
Como se soubesse o segredo

Para ele nunca faltava
Motivos para sorrir
Fosse de dia ou de noite
Fosse aqui ou ali
Ele era a pura alegria
Eita, meu Deus, que agonia
Ele agora não tá aqui

Queria entender o porquê
Mas a Deus não vou indagar
Ele sabe de tudo
Não sou eu que vou julgar
Mas se puder, oh meu Deus
Tira do peito meu
Essa saudade de matar

Olho para todo lado
Em tudo vejo meu Gundo
Ele era muito gaiato
Brincava com todo mundo
Agora olho e não vejo,
Quisera eu dar um beijo
No meu sobrinho Segundo

Queria que Deus dissesse
“Foi engano, ele voltou
Levei o menino errado
Segundo ressuscitou”!
Eita meu Deus, está difícil
Por que a Segundo levou?

Se puder mande de volta
Ou melhor, não mande não
Mas alivia em nosso peito
A dor da separação
Conceda o descanso eterno
Pro meu filho do coração.

Por Solange Maristella

* Segundo era um cantor de Mirandiba, que faleceu recentemente.