Hoje todos os aplausos e reverencias vão para a nossa querida Juazeiro-BA, que celebrou nesse 15 de julho seus 144 anos de progresso e história. Viva Juazeiro! Terra das Carrancas, das boas energias, palco e berço de ilustres talentos, polo da fruticultura, seu nome se origina da árvore do juazeiro, endêmica do sertão nordestino. O município de Juazeiro situa-se no ponto exato onde ocorria o cruzamento de duas importantes e estratégicas estradas interiores do Brasil. Estradas que levaram progresso, sobretudo para essa terra sanfranciscana.
Somente do século XVII, à sombra protetora da árvore, mãe do sertão, o juazeiro, começa a surgir o que hoje se constitui num dos mais importantes núcleos urbanos do Sertão Nordestino. Foi criado em 1833, sendo que desde 1596 seu território já era percorrido pelo bandeirante Belquior Dias Moreira. Em 1706, chegava à região uma missão franciscana para catequizar os índios da região. Ergueram um convento e capela com uma imagem da Virgem que, de acordo com a lenda local, fora encontrada em grutas das imediações, por um indígena. Deuse ao local o nome de Nossa Senhora das Grotas do Juazeiro, que deu origem à atual sede do município.
Juazeiro, sucessivamente, elevada à categoria de vila, posteriormente, comarca, e transforma-se pela Lei n.º 1.814 de 15 de julho de 1878, em cidade. Era do porto de Juazeiro que partiam as embarcações conhecidas como vapor (existe uma relíquia deste, que funciona como restaurante no centro da cidade). O porto mais importante do São Francisco se comunicava com outros municípios ribeirinhos baianos e diretamente com Minas Gerais através deste meio de transporte, e daí para a antiga capital do país, o Rio de Janeiro. A via férrea funcionava a partir de Juazeiro rumo a Salvador desde o início do século passado. Juazeiro da “lordeza” como sempre costumava chamar nossa ilustre juazeirense Maria Izabel Figueiredo (Bebela) que durante toda sua vida se educa a estudar, escrever sua história com o objetivo de guardar viva a memória de um povo que só tem alegria e hospitalidade para receber todos que chegam e contribuem para seu progresso e desenvolvimento.
Essa terra ribeirinha, abençoada pelas águas do Velho Chico é feita de história, de mitos e lendas, e é feita também de um povo trabalhador, acolhedor, que não esmorece. Juazeiro que pulsa a cultura em cada esquina, que reverbera seus talentos no mundo inteiro, e que não para de crescer, de se alegrar e de se encantar com a sua história e o seu povo.
Fonte: Diário da Região