A estudante de direito e concessionária lotérica, Neide Barros, embora reconhecendo a importância das audiências públicas, criticou a demora em ser franqueada a palavra à assistência; às palavras do Delegado Regional de Polícia Civil, quando se referiu às infrações cometidas por adolescentes e, ainda pela ausência do Ministério Público e o Poder Judiciário.

O Delegado Dr. Marlon Frota, explicou a Neide Barros que ela como estudante de direito deve saber que às autoridades obedecem às leis e quando acontecem atos infracionais, que é o crime cometido por menores, caso não existam violência ou grave ameaça, a lei determina que seja instaurado um BOC – Boletim de Ocorrência Circunstanciado e o mesmo entregue aos pais, fato que vem ocorrendo e não poderia ser diferente.

Por sua vez a Presidenta da Câmara, Vereadora Raimunda Barros informou que todos foram convidados para a audiência pública, enquanto o Vereador Alvinho Patriota acrescentou que, por exemplo, o Poder Judiciário, no caso a pessoa do juiz ou juíza, num ato deste, poderia inclusive inviabilizar a própria aplicação da lei, reconhecendo que não cabe crítica a eventuais ausências dessas autoridades.

Uma senhora usou a palavra para pedir às autoridades que, se fosse possível, levassem ao Presídio um jovem para que, vendo a situação daqueles que estão detidos, especialmente a superlotação das celas, talvez essa pessoa mudasse de vida, ou seja, deixasse as drogas.

Esse jovem, conforme relatou àquela senhora, está tentando sair da situação e não consegue. Pesava 80 quilos, agora está praticamente com a metade. Informou inclusive o local de seu trabalho.

O Vereador Ednaldo Barros disse que vai entrar em contato com uma clínica especializada em desintoxicação para tratar do assunto. 

Depois dos pronunciamentos das autoridades policiais e dos vereadores, começou a participação popular, tendo um jovem dito que segurança deve ser vista do início, meio e fim, fato que não ocorre.

Citou que embora os números apresentados sejam satisfatórios, mostrando redução dos índices de violência, mas, como está sendo tratada a tropa? Pois muitos reclamam da forma como vem sendo tratados, com trabalhos exaustivos e baixa remuneração. Em resposta, o Senhor Comandante disse que a questão salarial deve ser levada em conta, pois até motiva, mas que não é tudo, eis que os policiais são escalados para 24 horas de serviços e desse trabalho, não abre mão.

Sobre o assunto, o Vereador fez sua intervenção, indagando sobre os horários de intervalos dos policiais, para alimentação, repouso intrajornada, etc., pois não há condição mínima de um ser humano trabalhar 24 horas ininterruptas, inclusive em atendimento às regras legais. O Senhor Comandante informou que a escala é elaborada de modo que o efetivo tenha dois intervalos para seus repousos e alimentação, de uma hora e trinta minutos, no turno.

Está acontecendo neste momento na Câmara Municipal de Vereadores de Salgueiro, uma audiência pública sobre Segurança. Compareceram ao ato, várias autoridades representando o Comando do 8º Batalhão; Delegacia da Polícia Civil; Direção do Presídio local; Vereadores; Sociedade civil organizada; Escolas, etc. 

Os trabalhos foram estabelecidos da seguinte forma: de início as autoridades fazem um relatório sobre segurança pública. Depois os parlamentares que quiserem farão os seus pronunciamentos. Em seguida haverá a participação da Comunidade. 

Há qualquer momento, mais notícias sobre o ato.