O jornal O Estado de S. Paulo anunciou que o repórter Andrei Netto, enviado pelo veículo à Líbia e desaparecido desde o domingo, foi libertado nesta quinta-feira. Segundo o jornal, Netto passa bem e deve deixar a Líbia na sexta-feira.
A publicação disse que ele ficou preso por oito dias na cidade de Sabrata, a cerca de 60 km a oeste da capital, Trípoli, após ter sido capturado por forças de segurança do governo líbio.
Vinicius Netto, irmão do jornalista, disse à BBC Brasil que Netto se encontra na casa do embaixador do Brasil em Trípoli, George Ney Fernandes.
Vinicius também afirmou que o repórter está bem de saúde, embora tenha recebido uma coronhada nos primeiros dias em que esteve detido.
Enquanto permaneceu preso, o jornalista ficou sem contato com o exterior. No domingo, diz o jornal, a prisão em que ele estava foi alvo de ataques.
Para que Netto fosse solto, o jornal afirma ter contatado o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), a ONU, a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o governo brasileiro, entre outros órgãos.
‘Providências urgentes’
Nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff havia determinado ao ministro interino de Relações Exteriores, Ruy Nogueira, “providências urgentes” para garantir a “integridade física e a libertação” de Netto.
Segundo nota oficial do Planalto, Dilma estava “acompanhando com atenção a situação do jornalista”.
De acordo com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o embaixador da Líbia no Brasil, Salem Omar Abdullah Al-Zubaidi, disse que Andrei Netto foi preso por ter entrado na Líbia sem visto.
O senador disse ainda que, segundo Al-Zubaidi, Netto estava acompanhado, no dia de sua prisão, do jornalista Ghaith Abdul-Ahad, do diário inglês The Guardian, que permanece desaparecido.
A publicação inglesa afirma que Abdul-Ahad fez seu último contato no último domingo, por meio de uma terceira pessoa, e que “esforços urgentes” estão sendo tomados para confirmar o seu paradeiro.
Fonte: BBC Brasil