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Filho de Gaddafi morre em ataque da Otan; ditador líbio sai ileso

30_mhb_libia_kadafi_filhoO filho mais novo do ditador líbio, Muammar Gaddafi, Saif al Arab Gaddafi, 29, foi morto neste sábado durante um ataque aéreo da Otan, anunciou um porta-voz do regime, Moussa Ibrahim, em Trípoli.

De acordo com o porta-voz, o ditador líbio, Muammar Gaddafi, estava junto com o filho mas saiu ileso do bombardeio, que também matou três netos e feriu outros parentes e amigos.

Gaddafi e sua mulher estavam na casa do filho em Trípoli quando ao menos um míssil da Otan atingiu o local. “A casa de Saif al Arab Muamar Gaddafi (…) foi atacada com meios potentes. O líder [Muammar Gaddafi] está bem”, disse Ibrahim. “Ele não foi ferido. Sua mulher também passa bem”.

A casa do filho do ditador, que fica em uma área residencial de Trípoli, ficou amplamente danificada. Saif al Arab Gadhafi era o sexto filho do ditador e passava grande parte do tempo na Alemanha nos últimos anos.

Fonte: Folha.com

Líbia quer reunião na ONU sobre ataques a Kadafi, diz canal estatal

ataque2O governo da Líbia pediu à Rússia nesta terça-feira, 26, que convoque uma reunião urgente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre “a tentativa de ataque” ao líder Muamar Kadafi e o bombardeio a “locais civis”, informou a televisão estatal.

“A Líbia pediu oficialmente à Rússia que solicite a convocação de uma reunião urgente do Conselho de Segurança para discutir a persistente cruzada colonialista agressiva contra instalações líbias civis e a tentativa de atacar o líder, Muamar Kadafi”, disse a emissora.

Segundo o canal, os bombardeios são contrários às resoluções 1970 e 1973 do Conselho de Segurança da ONU e “são uma violação à lei e às convenções internacionais”. O governo de Trípoli disse que o ataque que destruiu o escritório de Kadafi na noite de domingo foi uma “tentativa de assassinato” do líder líbio.

Nas últimas semanas Moscou tem criticado a coalizão internacional por causa dos ataques aéreos contra a Líbia, afirmando que eles vão além do mandato concedido pela ONU. “Estamos falando de uma zona de exclusão aérea. Tudo bem. Mas onde é a zona de exclusão aérea se a cada noite eles estão bombardeando os palácios onde Kadafi mora?”, questionou o primeiro-ministro da Rússia Vladimir Putin, durante uma visita à Dinamarca. “Eles dizem ”não, nós não queremos destruí-lo”. Então por que bombardear os palácios? É assim que eles expulsam os ratos?”.

A Rússia, membro com direto a veto do Conselho de Segurança, se absteve de votar a resolução 1973, que permitiu o início da campanha de ataques aéreos no território líbio. A resolução não permite que a coalizão envie tropas por terra para a Líbia.

O comandante da operação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o tenente-general Charles Bouchard, disse nesta terça que o ataque ao complexo presidencial em Trípoli tinha como alvo um centro de comando militar e negou que tenha sido uma tentativa de matar Kadafi.

Putin acusou os países que fazem parte da operação da Otan de se desviarem do mandato concedido pela ONU para estabelecer uma zona de exclusão aérea e proteger civis. “Agora, vários oficiais estão dizendo ”sim, estamos tentando destruir Kadafi”. Mas quem deu permissão para isso? Houve um julgamento? Quem deu o direito de sentenciar alguém à morte, independentemente do tipo de pessoa que ele é?”, questionou o primeiro-ministro da Rússia. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado

Rebeldes anunciam “libertação” de Misrata após 2 meses de confrontos

e5b6c828c2715354bb812773bbd934Os insurgentes líbios anunciaram a “libertação” da cidade de Misrata, palco de confrontos entre os rebeldes e tropas que apoiam o regime de Muammar Kadafi, segundo a rede de televisão “Al Jazeera”.

As fontes ouvidas pela emissora disseram que os revolucionários constataram que as forças pró-Kadafi foram derrotadas, e com isso o controle da cidade está em seu poder. A “Al Jazeera” divulgou ainda imagens que mostram dezenas de rebeldes fortemente armados circulando pelas ruas da cidade.

Também puderam ser vistos os grandes estragos causados pelos bombardeios e os combates das últimas semanas, veículos civis e militares carbonizados nas calçadas e muitos edifícios parcialmente destruídos pelos mísseis. Outras imagens exibiam diversos membros das tropas pró-Kadafi feridos sendo transportados em caminhonetes.

As forças revolucionárias instalaram em diferentes pontos da cidade postos de vigilância, e cada veículo é sistematicamente vigiado.

Por sua vez, o governo líbio anunciou a retirada de suas forças da cidade de Misrata.

O vice-ministro de Relações Exteriores, Khaled Kaim, afirmou que a partir de agora Misrata está nas mãos das tribos locais e dos habitantes da cidade, que deverão resolver seus problemas com os rebeldes “pelo diálogo ou pela força”.

“A situação melhora em Misrata, nota-se uma grande e rápida mudança” declarou o diplomata, segundo a “Al Jazeera”.

Já Abdelbasset Aboumzirik, um dos porta-vozes dos revolucionários, declarou à rede de televisão que 15 rebeldes perderam a vida e outros 31 ficaram feridos, hoje, nos combates com as forças leais a Kadafi que se retiravam da cidade.

Misrata esteve sob controle das tropas governamentais desde o começo da revolução, em 17 de fevereiro, e segundo fontes médicas mais de mil pessoas, em sua maioria civis morreram e outras três mil ficaram feridas.

A cidade e seus arredores foram intensamente bombardeados ao longo destas últimas oito semanas. As forças pró-Kadafi foram acusadas de utilizar bombas de fragmentação, proibidas pela comunidade internacional, em seus ataques a Misrata, o que foi desmentido pelo governo de Trípoli.

Além dos bombardeios, várias pessoas morreram atingidas por disparos dos franco-atiradores que se posicionaram nos telhados de edifícios, sobretudo na avenida Trípoli, a principal via da cidade.

Navios fretados por diferentes países e organizações internacionais conseguiram retirar da Líbia milhares de pessoas, muitas delas estrangeiras.

No plano humanitário, a cidade viveu um verdadeiro drama durante os últimos dois meses, em razão dos cortes de eletricidade, de água e pela dificuldade de encontrar alimentos. 

onte: EFE

Jornalistas premiados morrem na Líbia

hetherington_reuters292O fotógrafo e documentarista britânico Tim Hetherington, indicado para o Oscar deste ano de melhor documentário pelo filme Restrepo, morreu ontem nos bombardeios de forças pró-Kadafi em Misrata, a 250 quilômetros de Trípoli. Outro jornalista premiado, o americano Chris Hondros, fotógrafo da agência Getty Images e vencedor do Prêmio Pulitzer de Jornalismo, também morreu. O britânico Guy Martin, fotógrafo da agência Panos, ficou gravemente ferido.

Segundo relatos de jornalistas que presenciaram o confronto, Hetherington, Hondros e Martin foram atingidos enquanto trabalhavam na linha de frente do conflito entre forças pró-Kadafi e rebeldes. Com o início dos disparos, o grupo de uma dezena de jornalistas que cobria a cena se dividiu. Hetherington refugiou-se atrás de um muro, que seria atingido pela queda de uma granada de morteiro. O fotógrafo Guillermo Cervera relatou a cena: “Tudo estava calmo e nós tentávamos nos retirar, quando caiu um obus de morteiro. Ouvimos as explosões”, contou.

Na terça-feira, Hetherington havia advertido, em seu Twitter, que o ataque à cidade era pesado e as forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não estavam intervindo. “Na cidade sitiada de Misrata, na Líbia. Bombardeio indiscriminado por forças de Kadafi. Nenhum sinal da Otan”, escreveu.

Aos 41 anos, Hetherington, natural de Liverpool, havia recebido diversos prêmios, entre os quais o World Press Photo 2007, pela carreira de dez anos cobrindo conflitos armados pelo mundo. Em 2010, ele dividiu com o diretor de cinema Sebastian Junger o prêmio do Festival de Sundance por seu documentário Restrepo, pelo qual também foi indicado para o Oscar 2011. Hetherington acabara de publicar o livro Infiel, sobre a vida dos soldados no Afeganistão.

Hondros sofreu ferimentos graves na cabeça. Chegou a ser reanimado pelos médicos, mas não resistiu. Com ferimentos graves, Martin passou por uma cirurgia. O fotógrafo Michael Christopher Brown também foi ferido, mas está fora de perigo

Misrata. Sitiada há 40 dias, Misrata é uma das cidades sob controle do movimento rebelde mais próximas de Trípoli. Além dela, outros dois importantes centros urbanos situados no oeste do país, Zintan e Nalut, estão sob cerco de tropas pró-Kadafi. A estratégia das tropas é manter bombardeio contínuo, além de impedir o ingresso de ajuda humanitária e restringir o acesso da população a médicos e alimentos.

Ontem à noite, a Otan distribuiu uma nota à imprensa na qual informava que aumentará a intensidade das operações em Misrata e pedia à população que se mantenha distante das tropas de Kadafi, para reduzir o risco de mortes acidentais entre os civis. A agência oficial denunciou que um bombardeio da Otan ao sul de Trípoli deixou 7 mortos ontem.

Fonte: Estadão

Itália vai enviar dez instrutores militares para treinar rebeldes da Líbia

1_______A Itália vai colocar dez instrutores militares à disposição do Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão dirigente da rebelião líbia, anunciou nesta quarta-feira (20) o ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa.

A decisão foi tomada após uma conversa telefônica entre o chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

“Itália e Inglaterra têm consciência de que é preciso treinar os rebeldes, que são jovens com vontade de combater pela causa, mas sem capacidade de fazê-lo”, explicou La Russa.

“Vamos oferecer a eles nossos conhecimentos para que possam combater em um exército, que ao contrário do que fazem hoje é profissional”, acrescentou.

A França também enviará um “pequeno número” de oficiais para assessorar os rebeldes líbios do Conselho Nacional de Transição, indicou nesta quarta-feira o governo francês.

Fonte: G1

Bombardeios das forças de Gadafi deixam pelo menos seis mortos em Misrata

ataquenalibiaBombardeios realizados pelas forças leais ao líder líbio Muammar Gadafi contra a cidade de Misrata deixaram pelo menos seis mortos nas últimas horas, conforme informou, neste domingo, a rede de televisão “Al Jazeera”.

A emissora destacou que as forças de Gadafi utilizaram artilharia pesada e lançaram mísseis Grad, gerando enormes estragos em áreas residenciais e industriais da cidade de Misrata, que é palco de um intenso bombardeio há três dias. Dezenas de pessoas já morreram neste período.

Moradores da cidade disseram que as forças do ditador costumam atacar no início da manhã e no início da noite, na tentativa de evitar as bombas dos aviões da Otan.

A comunidade foi alertada pelos líderes da revolução que o local será palco de “verdadeiro massacre” se as forças da Otan não atuarem com mais intensidade.

Fonte: SRZD

Obama pede que Gaddafi ‘faça mais e fale menos’ após carta de líder líbio

obamisO governo dos Estados Unidos afirmou nesta quarta-feira (6) que o ditador líbio Muammar Gaddafi será julgado não por suas palavras e sim por seus atos, em particular se cessar a violência contra os civis. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, fez o pronunciamento depois de os EUA receber uma carta do coronel líbio.

– Podemos confirmar que existe uma carta, obviamente não é a primeira.

Carney falou aos jornalistas da agência France Presse que estavam a bordo do avião presidencial Air Force One, que levava o presidente Barack Obama para um evento na Filadélfia.

Obama deixou claro há várias semanas que um cessar-fogo na Líbia dependerá de “atos e não palavras” e do “cessar da violência”, enfatizou Carney.

– Falar é diferente de atuar.

Gaddafi enviou hoje uma mensagem ao presidente americano, dois dias depois de Washington ter retirado os aviões de combate da campanha internacional na Líbia, informou a agência de notícias oficial do regime líbio, Jana. A agência não revelou maiores detalhes da carta.

Segundo a agência Associated Press, que teria obtido uma cópia do documento, na carta de três páginas Gaddafi implora a Obama para que peça à Otan (a aliança militar dos países do Ocidente) para interromper as ações militares contra alvos do Exército líbio, no que chamou de uma “guerra injusta contra um país subdesenvolvido”.

A agência acrescenta que o ditador diz que o país foi ferido “mais psicologicamente do que fisicamente” e que “uma sociedade democrática não se constrói com mísseis e aviões militares”. Ele também reafirmou que seus opositores são membros da organização terrorista Al Qaeda.

No documento Gaddafi se refere a Obama como “meu filho” e o deseja boa sorte nas eleições de 2012, dizendo que ele vai se reeleger.

O Exército americano retirou na segunda-feira (4) os aviões de combate mobilizados na campanha internacional na Líbia. O país pretende fornecer apenas aviões de abastecimento e efetuar missões de interceptação e vigilância.

Fonte: R7

Ataque aéreo da Otan mata rebeldes e civis na Líbia

4z1zm6bof8lnbr3iwe7vq7e5hUm ataque aéreo das forças aliadas matou um grupo de rebeldes e alguns civis na Líbia, onde neste sábado continuaram os enfrentamentos em diferentes pontos do país, sobretudo na cidade de Brega, que é disputada por forças leais e opositoras ao líder líbio, Muammar Kadafi.

A emissora “Al Jazeera” informou que aviões de combate da Organização do Tratado do Atlântico Norte realizaram bombardeios de madrugada, que teriam causado a morte de 30 rebeldes líbios em Ajdabiya e Brega.

Esta última cidade foi parcialmente retomada pelas forças rebeldes, que dizem controlar o porto petrolífero, assim como a parte leste da cidade, enquanto os seguidores de Kadafi se concentraram na parte oeste.

Pelo menos 17 rebeldes morreram nos bombardeios em Brega, ao leste de Trípoli, segundo o relato do correspondente da emissora, que afirmou ter visto os corpos.

Segundo ele, os mortos estavam em veículos quando foram surpreendidos, por engano, por aviões da Otan que bombardeavam posições das forças leais a Kadafi na região de Brega.

De acordo com as versões de alguns rebeldes recolhidas por diferentes meios de comunicação, manifestações de alegria de alguns insurgentes de uma bateria antiaérea teriam confundido os pilotos.

Além dos rebeldes, nos bombardeios morreram dezenas de partidários de Kadafi, cujos corpos se encontravam espalhados pelas ruas dessa cidade, especialmente nas proximidades do hospital, segundo as mesmas fontes.

A emissora tinha informado previamente que os bombardeios aliados tinham causado a morte de 13 rebeldes em Ajdabiya, além de ter deixado sete feridos, que foram atingidos em seus veículos.

A Otan disse de Bruxelas que estava comprovando essas informações: “Sempre nos preocupam as informações sobre as baixas de civis. A missão da Otan é para proteger civis da ameaça de um ataque”, explicou a porta-voz da organização, Oana Lungescu.

A Otan não tem soldados no terreno, por isso que a maneira de verificar a possível responsabilidade dos aviões aliados é examinar a localização dos mesmos e se lançaram algum míssil no momento em que se produziram as supostas vítimas.

Além disso, dois navios foram detidos para que informassem sobre seu destino e carga, dentro das operações navais de controle do embargo de armas e mercenários, embora não tenha sido necessário realizar abordagens, acrescentou a Otan em comunicado.

As operações militares ao amparo da resolução 1973 das Nações Unidas correm paralelas às gestões e ações diplomáticas na busca de uma saída ao conflito.

Enquanto aumentam os rumores sobre as deserções do regime líbio, meios de comunicação britânicos informavam neste sábado sobre a existência de uma oferta por parte de emissários líbios para que o filho de Kadafi Saif al Islam pudesse em um determinado momento substituir seu pai.

No entanto, Kadafi mantém suas posições inalteradas e na sexta-feira rejeitou de forma taxativa as condições dos rebeldes para um eventual cessar-fogo.

Fonte: EFE

Rebeldes retomam 2 cidades; França derruba 7 aviões de Gaddafi

ssApós retomarem o controle de Ajdabiyah, no leste da Líbia, os rebeldes afirmam ter expulsado as forças leais ao ditador Muammar Gaddafi também da estratégica cidade portuária de Brega. Enquanto isso, a coalizão internacional intensificou os bombardeios sobre Misrata, onde a França derrubou cinco jatos e dois helicópteros das forças líbias.

Com a retomada de duas importantes cidades no leste do país, onde os bombardeios têm demonstrado eficiência ao deter o avanço das tropas de Gaddafi, a coalizão internacional aumentou suas ofensivas em Misrata, cidade situada no oeste, entre a capital Trípoli e Sirte, que é mantida cercada pelo Exército líbio há mais de uma semana.

Os moradores, em suas raras comunicações com o exterior, asseguraram às emissoras por satélite árabes que a situação é desesperada pela falta de remédios, sangue e demais elementos essenciais para atender à grande quantidade de feridos, que chegam a dezenas.

Os rebeldes denunciam que as tropas do governo têm como estratégia cortar as ligações de água, luz elétrica e telefones para isolar a cidade enquanto a atacam. Mais de 10 mil estão sem eletricidade desde o início dos fortes confrontos na cidade.

Ainda nesta semana, o governo negou o isolamento. “Ouvimos rumores de que o governo cortou de forma intencional o fornecimento [de água, luz elétrica e telecomunicações]. Mas é apenas um problema técnico causado pelos danos e saques”, disse o vice-chanceler líbio Khaled Khaim.

Fonte: Folha.com

Divulgada imagens do lançamento de mísseis contra Líbia

ng1479600Foi divulgada neste sábado a primeira imagem do lançamento de mísseis a partir de navios americanos e britânicos. Segundo o exército dos Estados Unidos, mais de vinte instalações das forças de defesa líbias já foram atingidas. O ditador Muammar Kadhafi telefonou para a tevê estatal e ameaçou atacar alvos no mediterrâneo em resposta a ação internacional. Ele pediu para árabes, africanos, latino-americanos e asiáticos ficarem do lado da líbia.

Cinco países participam da ação militar, que acontece dois dias depois da ONU ter dado sinal verde para a operação. São eles: França, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canadá e Itália. Caças, navios e submarinos participam dos ataques contra as tropas do ditador Muammar Kadhafi. Por telefone, ele falou na tevê estatal do país e disse que os bombardeios vão provocar uma nova cruzada e que a região do mediterrâneo e do norte da África se tornou uma zona de guerra. Khadafi ameaçou abrir os depósitos de armas do exército líbio para a população lutar.

A Casa Branca informou que a ação de ontem é apenas o começo da operação. Segundo o Pentágono, a princípio o alvo são instalações militares em torno da capital, Trípoli, e da cidade de Misrata. O premiê britânico, David Cameron, defendeu o ataque como necessário e justo.

Os primeiros bombardeios foram realizados por caças da força aérea francesa, que destruíram tanques e veículos de guerra líbios. O chanceler da França informou que a ação internacional deve durar vários dias.

O governo da Alemanha reconheceu que a violência na Líbia precisa acabar, mas anunciou que não vai participar da força aliada. A Rússia lamentou a intervenção armada estrangeira no território líbio.

Fonte: eBand

Líbia pede reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU

A Líbia pediu neste sábado, 19, uma reunião urgente com o Conselho de Segurança da ONU após o início da operação militar internacional contra o regime do ditador Muamar Kadafi. A informação consta em nota do Ministério das Relações Exteriores do país, divulgada pela agência oficial Jana.

“A Libia, como um Estado independente e membro das Nações Unidas, pediu a celebração de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU após o ataque da França, Grã-Bretanha e Estados Unidos”, afirma o comunicado.

A nota considera ainda que “se trata de uma agressão que ameaça a paz e a segurança internacionais” e assegura que foram registradas vítimas civis e danos em hospitais e aeroportos.

Fonte: Estadão

Líbia anuncia cessar-fogo após ONU autorizar ação militar

10584468O chanceler da Líbia, Moussa Koussa, anunciou que o país declarou cessar-fogo e paralisará todas as operações militares. A decisão foi anunciada depois de o Conselho de Segurança da ONU ter autorizado a imposição de uma zona de exclusão aérea e “todas as medidas necessárias” para proteger a população do país, incluindo bombardeios.

Koussa disse que o cessar-fogo “fará o país voltar à segurança” e protegerá todos os líbios. Ao mesmo tempo, porém, ele criticou a autorização a uma ação militar internacional no país, classificando-a como violação à soberania líbia.

A medida foi tomada pela Líbia depois de a França anunciar que a ação militar ocidental contra a Líbia começará nas próximas horas. Perante a Câmara dos Comuns, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou que os preparativos para desdobrar no Mediterrâneo os aviões que participarão da imposição da zona de exclusão aérea já começaram.

Nas próximas horas, os aviões estarão operacionais nas bases das quais poderão voar para aplicar a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU, que deu sinal verde ao uso da força para proteger a população civil líbia dos ataques das forças do coronel Muamar Kadafi. Cameron explicou que os aviões da RAF (a Força Aérea Real do Reino Unido) que participarão da operação serão caças-bombardeiros Tornado e Typhoon.

A Organização do Atlântico Norte (Otan) também iniciou os preparativos para a ação. Representantes dos 28 países da Aliança se reunirão nesta sexta-feira em Bruxelas para analisar a nova situação na Líbia. Segundo a Eurocontrol, depois da aprovação da resolução, a Líbia fechou seu espaço aéreo.

O porta-voz francês e ministro do Orçamento, Francois Baroin, disse à rádio RTL que a ação militar ocorrerá “rapidamente… nas próximas horas”. Ele afirmou que isso não se trata de uma ocupação, mas sim de uma ajuda às forças de oposição ao regime do líder líbio, coronel Muamar Kadafi.

Por outro lado a Itália excluiu por enquanto a possibilidade de que seus aviões participem das operações, embora está disposta a ceder três de suas bases para a operação.

Os anúncios ocorreram depois que o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução que também autoriza “todas as medidas necessárias” para proteger civis de ataques das forças de Kadafi. A resolução recebeu dez votos a favor e nenhum contra, mas cinco países – incluindo China e Rússia, membros permanentes do Conselho, e o Brasil – se abstiveram.

Segundo o correspondente da BBC em Paris Christian Fraser, a França pode enviar à Líbia jatos Mirage que estão posicionados em bases militares na ilha da Córsega. Fraser diz ainda que outros aviões franceses posicionados na costa do Mediterrâneo, com ajuda de sistemas aéreos de alerta e controle, têm sido enviados a missões específicas 24 horas por dia desde quinta-feira da semana passada.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, já defendia ataques “cirúrgicos” nos bunkers de controle e nos sistemas de radar de Kadafi. No entanto, segundo Fraser, a França não descarta realizar bombardeios contra forças líbias em terra.

O correspondente da BBC afirma que a participação da França nessas ações é uma grande vitória polícia de Sarkozy, cujo governo havia sido criticado por não apoiar o levante popular na Tunísia.

O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, disse que a resolução do Conselho de Segurança constitui uma “resposta positiva à reivindicação da Liga Árabe” a favor de medidas para proteger os civis líbios, indo ao encontro dos esforços da França, Reino Unido, Líbano e EUA. “É necessário tomar essas medidas para evitar um maior derramamento de sangue”, disse Hague.

Após a votação da ONU, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, um dos maiores defensores da intervenção militar contra Kadafi, falou por telefone por cerca de meia hora com o presidente dos EUA, Barack Obama.

Fonte: IG

França acelera esforços por zona de exclusão aérea na Líbia

rebeldesA França intensificou nesta segunda-feira seus esforços para convencer as potências mundiais a imporem uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, enquanto as tropas de Muammar Gaddafi continuam combatendo os rebeldes pelo controle da estratégica cidade petrolífera de Brega.

A França, que recebe na segunda-feira uma reunião de ministros do Exterior do G8, disse estar em consultas com outras potências para tentar criar uma zona de exclusão aérea que impeça Gaddafi de usar sua aviação contra rebeldes e civis, “diante da terrível violência sofrida pela população da Líbia”.

No fim de semana, a Liga Árabe se juntou aos apelos pela imposição da zona de exclusão aérea, o que parece satisfazer uma das três condições estabelecidas pela Otan – o apoio regional – para que a aliança militar ocidental policie o espaço aéreo líbio. Os outros dois são a prova de que sua ajuda é necessária, e uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.

As notícias sobre atrocidades ou sofrimentos humanitários poderiam persuadir mais potências de que a ajuda é necessária, além de também estimular o Conselho de Segurança a agir. Mas, embora a entidade Human Rights Watch tenha relatado uma onda de prisões arbitrárias e desaparecimentos em Trípoli, até agora não há provas concretas.

“Todo mundo aqui está confuso quanto ao número de vítimas que a comunidade internacional julga suficiente para que haja ajuda. Talvez devêssemos começar a cometer suicídio para atingir o número necessário”, disse o porta-voz rebelde Essam Gheriani em Benghazi.

Na segunda-feira, aviões líbios bombardearam Ajdabiyah, única cidade de porte considerável entre a linha de frente, nos arredores de Brega, e do reduto rebelde de Benghazi. De Ajdabiyah há estradas para Benghazi e também para Tobruk, o que poderia permitir que as tropas de Gaddafi cerquem a “capital” dos rebeldes.

Os rebeldes, mal armados e mal preparados, não são páreo para os tanques e aviões do governo, especialmente no terreno desértico que separa as grandes cidades.

No domingo, as forças do governo dominaram a localidade petrolífera de Brega, e pareciam cada vez mais confiantes para recuperar Benghazi. Na noite de domingo, no entanto, os rebeldes disseram ter retomado o controle de Brega. Não foi possível verificar esses relatos de modo independente.

Fora do leste da líbia, os rebeldes só controlam a cidade de Misurata, a terceira maior do país, 200 quilômetros a leste da capital. Rebeldes e moradores relataram que há um motim entre as forças governamentais que cercam a cidade.

“A luta agora parou. Ainda não segunda-feira ouvimos cinco mísseis depois de uma intensa noite de combates, e agora parou”, contou à Reuters por telefone o morador Mohammed. “Talvez eles tenham se cansado, ou um grupo tenha vencido o outro. As coisas não estão claras.”

Fonte: Reuters

A Liga Árabe apoia a área de exclusão aérea na Líbia

Na reunião de emergência convocada na capital do Egito, pela Liga Árabe, os embaixadores desses países decidiram confrontar com o decidido pela União Africana dias atrás e solicitar ao Conselho de Segurança da ONU que intervenha no conflito líbio, impondo uma área de exclusão aérea com o objetivo de proteger o povo desse país. À decisão se opuseram a Síria e a Argélia que foram acusados de apoiar o regime do Muammar Khadafi.

Yusef Ahmed, delegado sírio que participou da reunião justificou a posição do seu país dizendo que “qualquer decisão que tome a Liga deve levar em conta o absoluto rechaço árabe a qualquer intervenção militar estrangeira na Líbia, pois viola a soberania e independência do país”.

Por outro lado, a União Europeia recebeu com beneplácito a decisão dos países árabes. A Europa considera fundamental contar com o apoio desses países para que uma eventual operação militar na Líbia não seja vista como uma intervenção ocidental como aconteceu na Guerra do Golfo. Os europeus já anunciaram o corte das relações diplomáticas com o governo de Trípoli e reconhecima o Conselho Nacional, localizado na cidade de Benghazi como único representante para as negociações.

Fonte: O Repórter

Repórter brasileiro preso na Líbia é libertado

110310142018_andrei_netto_226x170_estado_nocreditO jornal O Estado de S. Paulo anunciou que o repórter Andrei Netto, enviado pelo veículo à Líbia e desaparecido desde o domingo, foi libertado nesta quinta-feira. Segundo o jornal, Netto passa bem e deve deixar a Líbia na sexta-feira.

A publicação disse que ele ficou preso por oito dias na cidade de Sabrata, a cerca de 60 km a oeste da capital, Trípoli, após ter sido capturado por forças de segurança do governo líbio.

Vinicius Netto, irmão do jornalista, disse à BBC Brasil que Netto se encontra na casa do embaixador do Brasil em Trípoli, George Ney Fernandes.

Vinicius também afirmou que o repórter está bem de saúde, embora tenha recebido uma coronhada nos primeiros dias em que esteve detido.

Enquanto permaneceu preso, o jornalista ficou sem contato com o exterior. No domingo, diz o jornal, a prisão em que ele estava foi alvo de ataques.

Para que Netto fosse solto, o jornal afirma ter contatado o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), a ONU, a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o governo brasileiro, entre outros órgãos.

‘Providências urgentes’

Nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff havia determinado ao ministro interino de Relações Exteriores, Ruy Nogueira, “providências urgentes” para garantir a “integridade física e a libertação” de Netto.

Segundo nota oficial do Planalto, Dilma estava “acompanhando com atenção a situação do jornalista”.

De acordo com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o embaixador da Líbia no Brasil, Salem Omar Abdullah Al-Zubaidi, disse que Andrei Netto foi preso por ter entrado na Líbia sem visto.

O senador disse ainda que, segundo Al-Zubaidi, Netto estava acompanhado, no dia de sua prisão, do jornalista Ghaith Abdul-Ahad, do diário inglês The Guardian, que permanece desaparecido.

A publicação inglesa afirma que Abdul-Ahad fez seu último contato no último domingo, por meio de uma terceira pessoa, e que “esforços urgentes” estão sendo tomados para confirmar o seu paradeiro.

Fonte: BBC Brasil