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Obama pede que Gaddafi ‘faça mais e fale menos’ após carta de líder líbio

obamisO governo dos Estados Unidos afirmou nesta quarta-feira (6) que o ditador líbio Muammar Gaddafi será julgado não por suas palavras e sim por seus atos, em particular se cessar a violência contra os civis. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, fez o pronunciamento depois de os EUA receber uma carta do coronel líbio.

– Podemos confirmar que existe uma carta, obviamente não é a primeira.

Carney falou aos jornalistas da agência France Presse que estavam a bordo do avião presidencial Air Force One, que levava o presidente Barack Obama para um evento na Filadélfia.

Obama deixou claro há várias semanas que um cessar-fogo na Líbia dependerá de “atos e não palavras” e do “cessar da violência”, enfatizou Carney.

– Falar é diferente de atuar.

Gaddafi enviou hoje uma mensagem ao presidente americano, dois dias depois de Washington ter retirado os aviões de combate da campanha internacional na Líbia, informou a agência de notícias oficial do regime líbio, Jana. A agência não revelou maiores detalhes da carta.

Segundo a agência Associated Press, que teria obtido uma cópia do documento, na carta de três páginas Gaddafi implora a Obama para que peça à Otan (a aliança militar dos países do Ocidente) para interromper as ações militares contra alvos do Exército líbio, no que chamou de uma “guerra injusta contra um país subdesenvolvido”.

A agência acrescenta que o ditador diz que o país foi ferido “mais psicologicamente do que fisicamente” e que “uma sociedade democrática não se constrói com mísseis e aviões militares”. Ele também reafirmou que seus opositores são membros da organização terrorista Al Qaeda.

No documento Gaddafi se refere a Obama como “meu filho” e o deseja boa sorte nas eleições de 2012, dizendo que ele vai se reeleger.

O Exército americano retirou na segunda-feira (4) os aviões de combate mobilizados na campanha internacional na Líbia. O país pretende fornecer apenas aviões de abastecimento e efetuar missões de interceptação e vigilância.

Fonte: R7