Personagem – Professor Paulo Freire

Paulo Freire foi um educador e filósofo brasileiro, nascido em 1921 e falecido em 1997. Sua obra influenciou profundamente a pedagogia mundial, destacando-se por seu enfoque na educação como prática de liberdade e transformação social.

Nascido em Recife, Freire testemunhou a pobreza e a desigualdade social desde cedo, experiências que moldaram sua visão de mundo e sua abordagem educacional. Ele desenvolveu o método conhecido como “educação popular”, que buscava capacitar os oprimidos a compreender sua realidade e a agir para transformá-la.

Seu trabalho mais famoso, “Pedagogia do Oprimido”, publicado em 1968, argumenta que a educação deve ser um processo dialógico, no qual educadores e educandos aprendem juntos, questionando e reconstruindo o conhecimento de forma crítica. Freire acreditava que a educação libertadora era essencial para a criação de uma sociedade mais justa e democrática.

Devido às suas ideias consideradas subversivas, Freire foi perseguido e exilado durante parte de sua vida, principalmente durante a ditadura militar no Brasil. No entanto, sua influência continuou a crescer internacionalmente, e suas ideias foram adotadas por educadores em todo o mundo.

Além de sua contribuição para a pedagogia, Freire também foi ativo em questões sociais e políticas, defendendo os direitos dos marginalizados e lutando pela justiça social. Sua obra continua a ser estudada e sua influência perdura como um dos pensadores mais importantes no campo da educação e da luta por uma sociedade mais igualitária.

Ela perdeu o pai para a covid, entrou em Harvard e descobriu mecanismo importante por trás da doença

Quando se despediu do pai para realizar o sonho de finalizar o doutorado na prestigiada Harvard Medical School, nos Estados Unidos, no final de janeiro de 2020, a cientista brasileira Marcella Cardoso, de Campinas, não imaginou que essa seria a última vez que o veria vivo. A filha lembra de Luiz Carlos Cardoso, em seu 1,96 metro, como um homem saudável e forte “em todos os sentidos”. “Nunca vi ele sucumbir nem a uma febre.” No entanto, em 2021, em uma das piores ondas da pandemia da covid-19 no Brasil, ele, aos 67 anos, adoeceu, evoluiu para o quadro grave da doença e não resistiu.

A morte dele foi um choque, não só para Marcella, mas até para a equipe que cuidava dele. Uma pergunta ficou ecoando na cabeça dela: por que uma pessoa saudável e forte como o pai dela sucumbiu à covid?

Agora, cerca de três anos após a morte do pai, ela ajuda a trazer uma possível resposta em um estudo publicado na segunda-feira, 22, na renomada revista científica Cell. Ela e a equipe que liderou descobriram qual proteína – a ORF6 – ajuda o vírus causador da covid a “enganar” nosso sistema imunológico e a passar despercebido pelas células de defesa, em um processo chamado de imunoevasão.

Além disso, encontraram um potencial tratamento para atacar esse novo alvo. O artigo é resultado do pós-doutorado de Marcella, que começou poucos meses após o falecimento do progenitor no Ragon Institute, instituição americana vinculada ao Massachussets General Hospital, ao Massachussets Institute of Technology (MIT) e à Universidade Harvard, e que tem como foco apoiar pesquisas que estudam de que forma o sistema imunológico pode combater doenças.

Enquanto para muitos, esse resultado vai ser uma importante nova evidência científica, para Marcela, o artigo é também uma carta de amor ao pai. “As pessoas vinham me falar: ‘Você é louca! Mal viveu o tempo do luto do seu pai e está trabalhando justamente com a doença que matou ele’. Mas acho que isso foi uma cura para mim também”, disse ela ao Estadão.

“A cura (para o luto) nunca vai existir. Mas acho que esse processo foi bom nesse sentido, consegui manter meu pai sempre vivo dentro de mim. Uma das coisas que eu aprendi na minha vida inteira é fazer do caos carona para me transformar e revolucionar de alguma maneira”, afirmou Marcella, que procurou o Estadão para contar sua história e os resultados de sua pesquisa pelo fato de o pai ser um leitor assíduo do jornal. “Acordava e ele estava lendo o Estadão.”

Fonte: Estadão

Mulher é presa suspeita de espancar e quebrar braço de filha de 11 anos em Pernambuco

Uma mulher foi presa nessa sexta-feira (26) suspeita de espancar a própria filha de 11 anos no município de Vitória de Santo Antão, a 46 km da capital Recife, em Pernambuco. Ela foi detida enquanto acompanhava vizinhos que acudiram a menina e a levavam para ser atendida em um hospital da região. Enquanto a algemava, uma policial militar deu um tapa no rosto da mãe da criança. A corporação informou que fará uma investigação para avaliar a conduta da agente.

Segundo relatos de testemunhas, a mãe teria espancado a filha após ser acordada por uma briga entre a menina e outros filhos. A menina, que estava em silêncio, foi socorrida por vizinhos que perceberam as agressões, entraram na casa. Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver a mulher discutindo com pessoas que tiraram a criança de casa enquanto a criança, cheia de manchas roxas e hematomas pelo corpo, bebe água.

Após a confusão, a menina foi levada ao Hospital João Murilo de Oliveira, que fica próximo ao local. Quando as pessoas desembarcam no carro em frente à unidade de saúde, uma policial feminina aborda a mulher e, em seguida, desfere um tapa no rosto da suspeita.

Em outro vídeo, é possível ver a PM falando: “Foi tu que fizesse isso? Foi tu que fizesse isso com ela, não foi? Pronto, você não gosta de bater, né? Você não gosta de bater? Você não gosta?”. Logo após, um outro agente algema a mulher.

Em nota, a corporação afirmou que uma equipe foi acionada para averiguar um caso de agressão de uma mãe à filha de 11 anos. Enquanto se deslocavam, os agentes foram informados que vizinhos teriam socorrido a criança e a levavam ao hospital.

No entanto, ao chegarem à unidade, perceberam que ela impedia a menina de sair do veículo. Nesse momento, os policiais efetuaram a prisão da mulher, que foi conduzida para a delegacia da região.

Sobre a conduta da agente, a PM informou que “o comandante do batalhão abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da abordagem policial e tomar as providências necessárias”.

Fonte: O Dia

Iraque criminaliza relações entre pessoas do mesmo sexo

O Parlamento iraquiano aprovou nesse sábado (27) uma lei que criminaliza as relações entre pessoas do mesmo sexo com uma pena máxima de 15 anos de prisão, em uma medida que, segundo o Parlamento, visa defender os valores religiosos, mas que foi condenada por defensores dos direitos humanos como o mais recente ataque à comunidade LGBT no Iraque.

A lei visa “proteger a sociedade iraquiana da depravação moral e dos apelos à homossexualidade que tomaram conta do mundo”, de acordo com uma cópia da lei vista pela Reuters.

Ela foi apoiada principalmente por partidos muçulmanos xiitas conservadores, que formam a maior coalizão no Parlamento iraquiano, de maioria muçulmana.

A Lei de Combate à Prostituição e à Homossexualidade proíbe as relações entre pessoas do mesmo sexo, com pena mínima de 10 anos e máxima de 15 anos de prisão, e determina pelo menos sete anos de prisão para qualquer pessoa que promova a homossexualidade ou a prostituição.

Também impõe de um a três anos de prisão para quem mudar seu “gênero biológico” ou se vestir intencionalmente de forma afeminada.

Inicialmente, o projeto de lei incluía a pena de morte para atos entre pessoas do mesmo sexo, mas foi alterado antes de ser aprovado após forte oposição dos Estados Unidos e de países europeus.

Até sábado, o Iraque não criminalizava explicitamente o sexo gay, embora cláusulas de moralidade vagamente definidas em seu código penal tenham sido usadas para atingir pessoas LGBT, e membros da comunidade também foram mortos por grupos armados e indivíduos.

“A aprovação da lei anti-LGBT pelo Parlamento iraquiano carimba o terrível histórico iraquiano de violações de direitos contra pessoas LGBT e é um sério golpe contra os direitos humanos fundamentais”, disse Rasha Younes, vice-diretora do programa de direitos LGBT da Human Rights Watch, à Reuters.

As autoridades iraquianas que supervisionam os direitos humanos não puderam ser contatadas imediatamente para comentar o assunto.

Mais de 60 países criminalizam o sexo gay, enquanto os atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo são legais em mais de 130 países, de acordo com Our World in Data.

Fonte: Reuters

Relógio de John Astor do Titanic é vendido por R$ 5,7 milhões em leilão

Uma peça histórica ligada ao trágico naufrágio do Titanic foi arrematada por um valor impressionante em um leilão na Inglaterra. O objeto em questão, um relógio de bolso de ouro, pertencia a John Jacob Astor, conhecido por ser o passageiro mais rico do famoso navio.

O evento ocorreu na cidade de Devizes, onde a casa de leilões Henry Aldridge & Son teve a honra de organizar a venda. O relógio foi vendido por 900 mil libras, o que equivale a aproximadamente 5,7 milhões de reais.

Incluindo impostos e taxas, o custo final ao comprador alcançou 1,175 milhão de libras. Andrew Aldridge, o leiloeiro, destacou o evento como um recorde mundial para a venda de itens do Titanic.

Por que John Jacob Astor é uma figura tão lembrada do Titanic?

John Jacob Astor não era apenas um dos passageiros mais ricos a bordo; ele era um dos homens mais ricos do mundo na época, com um patrimônio estimado em cerca de 87 milhões de dólares – uma fortuna que equivaleria a bilhões nos dias de hoje.

– Astor era descendente de uma família que enriqueceu com o comércio de peles no século 19.

– Na noite do trágico acidente do Titanic, mesmo após o choque do navio com o iceberg, Astor inicialmente não percebeu a gravidade da situação.

Quando a gravidade da situação se tornou aparente, Astor agiu para garantir que sua esposa grávida e outros passageiros entrassem nos botes salva-vidas. Ele foi visto pela última vez fumando e conversando com outro passageiro, demonstrando uma calma lendária em seus últimos momentos.

Qual o destino do relógio após o desastre?

Originalmente encontrado no corpo de Astor após o naufrágio, o relógio foi herdado por seu filho Vincent. Mais tarde, foi dado como presente para William Dobbyn, um secretário que trabalhou com Astor. Décadas mais tarde, esse relógio de extraordinário valor histórico é um item de colecionador restaurado e cuidado com grande reverência.

Fonte: O Antagonista