Embora ainda haja uma divisão no governo, entre as equipes política e econômica, crescem as negociações para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vete o fim do fator previdenciário, mas respeite a decisão dos parlamentares de reajustar em 7,7% as aposentadorias para quem ganha acima do salário mínimo, caso o índice aprovado pela Câmara seja mesmo chancelado pelo Senado.
O governo já analisa uma solução política, com Lula apontando cortes orçamentários que suprissem o custo adicional de cerca de R$ 1,6 bilhão – a diferença entre o reajuste original de 6,14% e o aprovado, de 7,7%.
A preocupação do governo é mostrar “responsabilidade fiscal” ao tomar a decisão. E, ao mesmo tempo, não ferir uma posição política tomada majoritariamente pelo Congresso. Mas o presidente, apesar de conselhos nesse sentido, ainda está muito irritado, ouvindo alertas sobre gastos, em especial da área econômica.