O presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios), Paulo Ziulkoski, admitiu hoje que é “muito difícil” que a presidente Dilma Rousseff flexibilize o decreto assinado por ela no fim de abril que estabeleceu regras para a liberação, para prefeituras, de recursos referentes a orçamentos dos anos de 2007, 2008 e 2009.
No entanto, o pedido de que todos os recursos já empenhados (reservados no Orçamento) nesses anos anteriores possam ser usados pelas prefeituras será feito pela entidade à presidente Dilma, em encontro previsto para amanhã.
Segundo Ziulkoski, apesar do discurso pessimista, o pedido será uma forma de dar uma satisfação à demanda geral de cerca de 4.000 prefeitos que deverão estar em Brasília entre amanhã e quinta-feira, para a 14ª Marcha Nacional de Prefeitos, organizada pela entidade.
“Sinceramente, acho que não. Acho muito difícil”, disse o presidente da CNM, após questionado, em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados, se acreditava existir chance de a presidente rever o decreto assinado por ela mesma no último dia 28.
“A questão dos restos a pagar é pequena, foi uma demanda colocada de última hora pelos prefeitos”, disse Ziulkoski.
O que ele defende mais determinadamente é uma mudança no trâmite das execuções de despesas, de forma que as obras tocadas pelos municípios possam ser iniciadas a tempo, evitando cancelamentos de recursos.
Fonte: Folha.com