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Prefeitos na cadeia

Aperto na fiscalização das licitações, cruzamento de dados dos contratos e maior transparência no repasse de verbas levam pelo menos 17 prefeitos para trás das grades

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Com a prisão prestes a ser decretada, o prefeito Antônio Teixeira de Oliveira (PT), da cidade de Senador Pompeu, no sertão cearense, embarcou em um ônibus fretado junto com outros 35 acusados de participar de um esquema de corrupção no município. Depois de passar dez dias foragido e ter o pedido de habeas-corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça, o prefeito acabou se entregando à polícia na quinta-feira 30. Embora a tentativa de escapar da cadeia escolhida por Oliveira tenha sido inusitada, cenas de prefeitos algemados sendo conduzidos por policiais estão se tornando cada vez mais comuns no País. Apenas este ano, pelo menos 17 prefeitos foram presos, acusados de fraudar licitações e desviar recursos públicos. “Eu ainda acho pouco”, afirma Jorge Hage, ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), o órgão encarregado de fiscalizar a aplicação de recursos federais nos municípios. Com o aprimoramento do controle, o cruzamento de dados entre diferentes instituições do governo e a maior transparência do repasse de recursos públicos, os desvios ficaram mais evidentes.

O repasse de recursos da União para os municípios segue o modelo de transferências obrigatórias, previstas na Constituição – principalmente para a saúde e a educação -, e voluntárias, definidas livremente pelo governo federal. Num país com as dimensões territoriais do Brasil, o sistema tem o objetivo de democratizar as verbas públicas, mas enfrenta dificuldades. Mesmo assim, só neste ano a Polícia Federal deflagrou sete operações envolvendo prefeitos. A estimativa de valores desviados ficou em R$ 279 milhões. Em boa parte dos casos, os policiais federais trabalharam a partir de irregularidades levantadas pela CGU, cujo Programa de Fiscalização por Sorteios, criado em 2003, já fiscalizou quase 33% dos 5.564 municípios brasileiros. “Quanto mais se afasta da origem dos recursos e mais se aproxima dos municípios, mais difícil é o controle”, avalia o delegado da Polícia Federal Josélio de Souza, que coordena as operações que investigam desvios de recursos públicos em todo o País.

A forma de atuação das quadrilhas é conhecida pela Polícia Federal. Tudo passa por fraudes nas licitações e por superfaturamento nos contratos. Num dos modos de saquear os cofres públicos, a iniciativa parte do fornecedor de produtos e serviços, que faz a cooptação com o prefeito e depois divide o dinheiro desviado. No outro modelo criminoso, o próprio prefeito exige que o prestador de serviço fixe um sobrepreço. Na fraude à concorrência pública, o mais comum é o conluio entre empresas, para obrigar a prefeitura a comprar o produto por um preço acima do mercado. Há também situações de acordo entre todas as partes envolvidas.

Com a descentralização das verbas, os órgãos de controle público esperavam que houvesse um maior controle dos recursos por parte da própria sociedade. A ideia era que, reunidos em conselhos, pais de alunos, por exemplo, denunciassem a falta de merenda escolar e a baixa qualidade de carteiras e de material didático. “A expectativa otimista, e até romântica, de que os conselhos locais dessem conta de evitar os desvios se mostrou um equívoco”, afirma o ministro-chefe da CGU. Na prática, a maior transparência na distribuição dos recursos dificulta a vida dos prefeitos corruptos, mas não impede os desvios.

Para aprimorar as ferramentas de controle e investigação, a própria Polícia Federal precisaria criar uma unidade especializada apenas nesse tipo de crime. Atualmente, as fraudes contra a administração pública são investigadas pela Coordenação-Geral de Polícia Fazendária, que apura muitos outros crimes, como contrabando e sonegação fiscal. Outro entrave no combate aos desvios é o fato de os processos não culminarem na devolução do dinheiro desviado. “Como prevalece a presunção da inocência, os réus têm tantas possibilidades de recursos que os processos não caminham para a condenação final”, reclama o ministro-chefe da CGU. O delegado Souza concorda: “Se não há punição, outras pessoas se sentem encorajadas a praticar o mesmo crime. Há a percepção de que o Estado não está presente.”

A boa notícia é que, na terça-feira 28, a presidente Dilma Rousseff assinou um decreto essencial para a fiscalização. Agora, todas as transferências obrigatórias por lei – caso do SUS e da merenda escolar – só poderão ser movimentadas em contas específicas, por meio eletrônico, mediante crédito na conta do fornecer ou prestador de serviço. “Acabou o saque na boca do caixa”, comemora o ministro-chefe da CGU. Ao mesmo tempo, a presidente prorrogou por 90 dias o decreto de liberação dos restos a pagar de 2009. São recursos de obras que já estavam contratadas, mas havia faltado dinheiro para a execução. Com a medida, os prefeitos ganham mais R$ 3 bilhões para fazer pequenas obras nos municípios. E os auditores e policiais, mais objetos de investigação.

Fonte: Isto É Independente

CNM admite que Dilma deve manter decreto dos ‘restos a pagar’

cnmO presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios), Paulo Ziulkoski, admitiu hoje que é “muito difícil” que a presidente Dilma Rousseff flexibilize o decreto assinado por ela no fim de abril que estabeleceu regras para a liberação, para prefeituras, de recursos referentes a orçamentos dos anos de 2007, 2008 e 2009.

No entanto, o pedido de que todos os recursos já empenhados (reservados no Orçamento) nesses anos anteriores possam ser usados pelas prefeituras será feito pela entidade à presidente Dilma, em encontro previsto para amanhã.

Segundo Ziulkoski, apesar do discurso pessimista, o pedido será uma forma de dar uma satisfação à demanda geral de cerca de 4.000 prefeitos que deverão estar em Brasília entre amanhã e quinta-feira, para a 14ª Marcha Nacional de Prefeitos, organizada pela entidade.

“Sinceramente, acho que não. Acho muito difícil”, disse o presidente da CNM, após questionado, em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados, se acreditava existir chance de a presidente rever o decreto assinado por ela mesma no último dia 28.

“A questão dos restos a pagar é pequena, foi uma demanda colocada de última hora pelos prefeitos”, disse Ziulkoski.

O que ele defende mais determinadamente é uma mudança no trâmite das execuções de despesas, de forma que as obras tocadas pelos municípios possam ser iniciadas a tempo, evitando cancelamentos de recursos.

Fonte: Folha.com

Carta de Intenções assinada por prefeitos do Pajeú é entregue a Lula

totonho-e-lulaA primeira Carta de Intenções assinada por todos os prefeitos dos municípios do Sertão do Pajeú foi entregue a Lula das mãos do prefeito de Afogados da Ingazeira, Totonho Valadares (PSB), que também é coordenador do Consórcio de Integração dos Municípios do Pajeú (CimPajeú). O ato de entrega aconteceu quando o Presidente da República estava inaugurando 30 escolas federais de educação profissional e 25 campis universitários federais em Brasília.

No ensejo Valadares mostrou ao presidente Lula a primeira Carta de Intenções rubricada por todos os gestores municipais do Pajeú. Na correspondência os prefeitos solicitam do governo brasileiro uma manutenção no piso nacional da remuneração dos professores e expõem todas as dificuldades em administrar os municípios com as constantes quedas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A Carta tem como objetivo sensibilizar o presidente Lula e procurar providências para ajudar os municípios pajeuenses.

Totonho encontrou-se com Lula no Salão Nobre do Planalto. A solenidade de entrega da Carta teve as presenças do secretário de Governo de Afogados da Ingazeira, Daniel Valadares, reitor do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), Sérgio Gaudêncio, do Diretor Geral do campus do IFPE Afogados da Ingazeira, Marcos Marciel, ministro da Educação, Fernando Haddad, e do deputado federal Gonzaga patriota.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

Prefeitos de Araripina e Ouricuri conseguem R$ 60 milhões para saneamento

pacLula Sampaio (PTB), prefeito de Araripina, e o gestor municipal de Ouricuri, Ricardo Ramos (PSDB), conseguiram subsídio de R$ 60 milhões durante reunião em Brasília com o coordenador de engenharia da Codevasf de Petrolina, Ricardo Lisboa e com o atual deputado federal eleito senador no pleito deste ano, Armando Monteiro (PTB). A verba será utilizada pelas prefeituras para a área de saneamento dos municípios. Cada município receberá R$ 30 milhões.

De acordo com informações do blog de Elba Galindo, em Araripina o dinheiro será utilizado para despoluir completamente Riacho São Pedro, que corta o município. O dinheiro será proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Já foram aprovados os projetos técnicos e as licitações para o início das obras devendo acontecer nos primeiros meses de 2011. Não foi informado em que localidade os recursos serão usados em Ouricuri.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

Prefeito de Carnaíba diminui o próprio salário para cortar gastos

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Anchieta Patriota

As constantes quedas nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) estão afetando cada vez mais as prefeituras do Sertão do Pajeú. Depois do prefeito de Serra Talhada, Carlos Evandro (PR), demitir 100 servidores por falta de dinheiro em caixa, foi a vez do prefeito de Carnaíba, Anchieta Patriota, tomar uma atitude drástica para conter a crise ora enfrentada.

Conforme informa o blog de Aldo Vidal, Anchieta diminuiu o próprio salário e os salários de seus secretários para diminuir os gastos no período de crise defrontado pelas prefeituras da região. Os secretários que recebiam R$ 2 mil por mês passam a receber a partir de agora R$ 1.800 mensais. O prefeito reduziu em 10% todos os salários da prefeitura, inclusive o dele mesmo.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

Prefeitos reivindicam mais verba da União

20100518095958Cerca de 4.000 prefeitos reunidos em Brasília na Marcha Nacional em Defesa dos Municípios cobraram ontem que o governo federal anuncie até amanhã um novo auxílio financeiro para os municípios. Eles reclamam sobre a redução de repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Os prefeitos argumentam que, com as medidas de desoneração do governo para conter a crise econômica internacional, os municípios têm que conviver com “oscilações” nos repasses.

“O presidente Lula está conduzindo bem as soluções para a crise, mas isso não se refletiu no FPM. Espero que até quinta-feira o governo anuncie um novo auxílio financeiro para os municípios. Sei que a Fazenda [ministério] é um rochedo, mas eles vão perfurá-lo”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski.

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na marcha, disse, ao deixar o encontro, que o governo vai discutir a proposta. “O governo federal vem garantindo aumento do FPM, fizemos o maior aumento em 2008 e 2009. Subiu de R$ 22 bilhões para mais de R$ 50 bilhões ao longo do nosso governo”, disse.

Padilha afirmou que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados ( IPI ) foi “fundamental” para manter o crescimento econômico – mesmo com a redução no fundo. O ministro argumenta que, no ano passado, o governo liberou uma ajuda extra de R$ 2,3 bilhões que igualou o FPM ao liberado em 2008.

Os prefeitos reclamam, porém, que o valor teria que ser maior para repor as perdas inflacionárias do período.

Fonte: DCI

Dilma reúne 86 dos 92 prefeitos do Rio de Janeiro

dilma_2A pré- candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, reuniu 86 dos 92 prefeitos do estado do Rio de Janeiro em um encontro nesta segunda-feira (10) em Mesquita, na Baixada Fluminense. No encontro, ela falou sobre a necessidade de o país continuar com as políticas públicas implementadas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A ex-ministra também defendeu-se da acusação de não ter experiência eleitoral. “Eu, de fato, nunca disputei uma eleição. Mas tenho uma trajetória de serviço ao Brasil, uma longa trajetória. Comecei minha vida pública com os prefeitos. Fui secretária municipal da Fazenda de Porto Alegre”.

Em seguida, Dilma discursou como pré-candidata à Presidência. “Acho que todos nós aqui temos um compromisso. Temos um compromisso com a transformação e com a esperança, porque nós sabemos que só tem um jeito de continuar transformando: é não deixando a transformação parar”.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, aliado político de Dilma, comentou na saída do encontro que este “foi um ato de enorme expressão política. Um ato pré-eleitoral como nunca houve antes. Eu, pelo menos, nunca vi um ato dessa magnitude e dessa expressão”. 

Fonte: DCI

Justiça já cassou mandato de 100 prefeitos eleitos em 2008, diz TSE

justica-2Irregularidades de campanha já levaram a Justiça Eleitoral a cassar o mandato de pelo menos 100 prefeitos que conquistaram o comando do Executivo nas últimas eleições municipais de 2008. Levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que eleitores de 24 estados já trocaram ou ainda vão trocar os novos prefeitos até 13 de junho deste ano.

De acordo com a legislação eleitoral, quando o registro do candidato ao Executivo é cassado, os votos dados a ele são anulados. Dessa forma, se o candidato conseguiu mais de 50% dos votos válidos já no primeiro turno, o segundo colocado não pode assumir a vaga. A eleição é anulada e é marcado um novo pleito pelo Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado.

De todas as únidades da Federação que terão eleições, Minas Gerais já teve 21 prefeitos cassados e é o estado com maior número de eleições contestadas na Justiça. Segundo o TSE, os números de Minas se explicam porque o estado é a unidade da Federação que possui o maior número de municípios: 853. São Paulo tem 645 cidades, e já marcou novas eleições em cinco cidades.

Em 5 de outubro de 2008, foram eleitos os prefeitos de 5.563 cidades brasileiras. Das 100 cidades que tiveram o candidato eleito cassado, o levantamento do TSE mostra que nove ainda vão escolher o novo chefe do Executivo municipal. Nesses municípios que ainda aguardam a nova votação, cabe ao presidente da Câmara de Vereadores o papel de governar.

Fonte: G1

Prefeitos organizam protesto por regularização de repasse

fpm1Prefeitos de todo país estão se organizando para realizar um protesto, no início do mês de março, em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, para reivindicar a regularização do repasse dos recursos referentes ao Fundo de Participação dos Municípios. De acordo com o presidente da UBAM (União Brasileira de Municípios) Leonardo Santana, só em janeiro de 2010, os Municípios já perderam 19,4% no repasse do dia 10 e mais 21,32% no repasse do dia 20, em relação ao mesmo período de 2009.

Santana destaca a discrepância entre o aumento das responsabilidades, tais como o pagamento do piso da educação e a implantação do novo salário mínimo, a gestão plena da saúde e educação para a população, com a redução, em pelo menos 48% dos repasses do governo federal, só em 2008 e 2009.

Eles também cobram a compensação prometida pelo governo com relação às perdas com a crise econômica. O governo federal havia prometido que pagaria, no mínimo, o mesmo percentual do ano anterior.

Fonte: Bem Paraná

Ficou para fevereiro o julgamento de processos no TRE contra quatro prefeitos

justicaDevido à viagem do desembargador eleitoral Francisco de Queiroz Cavalcanti para Portugal, o TRE adiou para o próximo mês de fevereiro o julgamento de quatro ações de impugnação de mandato eletivo contra os prefeitos Yves Ribeiro (Paulista), Evandro Valadares (São José do Egito), Carlos Cecílio (Serrita) e Ozano Brito (Gravatá).

Segundo explicação do advogado Roberto Moraes, por se tratar de ação de impugnação de mandato eletivo, a composição do TRE tem que estar completa. Se faltar apenas um membro esse tipo de ação não pode ser apreciada.

Com isso, os quatro prefeitos terão pelo menos mais uma semana para preparar suas defesas que estão sob responsabilidade, respectivamente, dos advogados Antonio Campos, Roberto Moraes e Márcio Alves.

Fonte: Blog do Inaldo

Cerca de 2 mil prefeitos do Brasil inteiro reúnem-se em Brasília com o presidente Lula

lulaCalcula-se que estavam em Brasília, na tarde de ontem, cerca de 2 mil prefeitos dos 27 Estados para assistirem ao discurso do presidente Lula no lançamento do programa “Minha Casa, Minha Vida” destinado a municípios com menos de 50 mil habitantes.

A versão original deste programa contemplava apenas municípios com mais de 250 mil habitantes. A Oposição protestou no Congresso e o governo o flexibilizou.

Os prefeitos deram uma boa gargalhada quando o presidente da República saiu-se com esta:

– Estou tão convicto do que vai acontecer no país no processo eleitoral que nada, absolutamente nada, vai fazer com que eu perca um milímetro do meu bom senso e desviar este país do caminho em que estamos hoje. Como os meus adversários são todos muito letrados, vão querem fazer um debate de alto nível. O que eles não sabem é que eu sou capoeirista (risos). Não temo a campanha rasteira”.

Fonte: Blog do Inaldo