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Veto de Lóssio é derrubado na Casa Plínio Amorim, mas prefeito ainda sorri no final

O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), não conseguiu ver aprovado o veto nº 345/2011, de sua autoria, ao projeto que fixa receitas e despesas ao Orçamento Municipal para o exercício de 2012. Mas passou longe da Casa Plínio Amorim, na sessão extraordinária desta quarta-feira (11) que tratou do assunto, qualquer sentimento de derrota por parte de Lóssio.

Um dos principais articuladores do prefeito, o secretário de Governo, Kléber Araújo, chegou cedo mais uma vez à Câmara no intuito de convencer os vereadores de oposição a aprovar o veto.

Segundo ele, as emendas ao projeto do Orçamento para este ano – que totalizam R$ 6 milhões – comprometiam seriamente os avanços na execução do programa “Nova Semente”, devido a um prévio planejamento feito pela prefeitura.

Mas o vereador Alvorlande Cruz (PRTB) discordou. Primeiro porque as emendas são destinadas a melhorias em vários setores estruturais da cidade. Além disso, Alvorlande ressaltou que se Lóssio precisar de mais recursos para o Nova Semente – embora tenha direito a 20% dos R$ 454 milhões aprovados pela Casa para remanejar da forma que quiser – poderia enviar um projeto suplementar à Casa.

Foi exatamente isso que aconteceu. Nove dos 14 vereadores estavam presentes à sessão e votaram contra o veto. Somente com esse número de legisladores, que alcança a maioria absoluta na Casa, o veto poderia ser derrotado. Mas graças a um acordo entre as duas bancadas, capitaneado pelo líder do Governo, Dr.Pérsio Antunes, o prefeito ainda sorriu no final.

Pelo acordo, assinado em ata e divulgado pela imprensa , Dr.Pérsio conseguiu que os demais colegas se comprometessem a aprovar, na volta dos trabalhos legislativos, um aditivo suplementar a qualquer momento, que seria destinado a investimentos no programa de implementação de creches em Petrolina.

Questionada pelos repórteres ao final da sessão, a presidente da Mesa Diretora, Maria Elena (PSB) rebateu as críticas de que a Câmara Municipal estivesse sendo, mais uma vez, subserviente ao Executivo por conta do acordo para derrubar o veto do prefeito.

Fonte: Carlos Britto