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Telexfree tem 22 denunciados pelo MPF-ES por suspeita de pirâmide

O Ministério Público Federal do Espírito Santo (MPF/ES)  fez três denúncias envolvendo 22 pessoas ligadas à Telexfree no Brasil. Entre elas, os sócios Carlos Costa e Carlos Wanzeler, bem como a filha dele, Lyvia Mara Wanzeler, acusados de sonegar quase R$ 90 milhões.

Pelo crime de pirâmide financeira e de operação de instituição financeira clandestina, além dos três já mencionados, outras 19 pessoas são acusadas pelo MPF. São investidores, divulgadores e familiares dos sócios da empresa.

As acusações contra Carlos Costa, Carlos Wanzeler e a Lyvia Mara Wanzeler foram aceitas pela 1ª Vara Federal Criminal no dia 14 de fevereiro. O processo foi encaminhado para distribuição. As outras denúncias ainda estão sendo avaliadas pela Justiça Federal.

Procurada pelo G1, a Telexfree informou que que a defesa ainda não teve acesso formal às denúncias mencionadas pelo Ministério Público do Espírito Santo. No entanto, diante do que foi exposto, a empresa alega que elas são inconsistentes.

Denúncias

Segundo o MPF, as denúncias são os primeiros resultados de uma investigação conjunta com a Polícia Federal e a Receita Federal. Também houve compartilhamento de informações e de provas com as autoridades dos Estados Unidos, e com a Justiça e o Ministério Público do Acre.

O órgão explica que James Matthew Merril, sócio norte-americano da Telexfree, não está sendo denunciado no momento porque está negociando os termos de seu acordo de colaboração nos Estados Unidos e, posteriormente, os termos da internalização desse acordo pelas autoridades brasileiras.

O Ministério Público diz demonstrar, a partir das denúncias, que a Telexfree, além de ser um esquema híbrido de pirâmide e Ponzi, atuava como instituição financeira clandestina, porque captava, administrava e intermediava recursos de terceiros mediante processos fraudulentos.

Além da condenação dos acusados, o MPF/ES pede que a Justiça mantenha o arresto dos bens (dinheiro, carros, aeronave, imóveis, entre outros) obtido nas medidas cautelares e executado em julho de 2014, e, caso condenados, que determine a perda definitiva desses bens.

Fonte: G1