racismo

Supermercado de SP paga R$ 260 mil a criança que teria sofrido racismo

cupom-fiscal

Cupom fiscal que consta em inquérito da polícia sobre o caso (Foto: Reprodução/TV Globo)

O garoto de 10 anos que acusa seguranças do hipermercado Extra da Penha, na Zona Leste de São Paulo, de tê-lo chamado de “negrinho sujo e fedido” e de ter sido obrigado a tirar a roupa, foi indenizado em R$ 260 mil pela empresa. Os seguranças suspeitavam de furto. A criança não havia levado nada. O caso ocorreu em 13 de janeiro.

Segundo depoimento da criança no 10º Distrito Policial, na Penha, ele foi abordado por três seguranças e levado para uma “sala reservada” com outros dois garotos, de 12 e 13 anos. Após as ofensas raciais, ainda segundo a criança, um segurança “japonês” (com feições orientais) o ameaçou com uma “faquinha de cabo azul”, com um tubo de papelão – dizia que “era bom para bater” – e afirmou que ia “pegar um chicote”.

O garoto foi obrigado a tirar a roupa e, só depois, os seguranças verificaram que ele levava nota fiscal de R$ 14,65, que comprovava a compra de dois pacotes de biscoito, dois pacotes de salgadinhos e um refrigerante. O documento foi anexado ao inquérito e é uma das principais provas contra os seguranças.

Apesar da indenização, o Grupo Pão de Açúcar afirma “não reconhecer” as alegações. Segundo o texto do acordo, a indenização foi concedida “por mera liberalidade e sem qualquer assunção de culpa nas esferas cível ou criminal”. Os seguranças envolvidos, segundo a empresa, foram demitidos. O Grupo Pão de Açúcar ainda afirmou que “repudia qualquer ato discriminatório, pauta suas ações no respeito aos direitos humanos e esclarece que o assunto foi resolvido entre as partes”.

“A investigação criminal não pode parar. Nesse tipo de caso, as punições têm de ser exemplares. São crimes muito graves, que podem marcar a pessoa para a vida toda. Especialmente quando a vítima é uma criança”, disse o presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Ivan Seixas, que acompanhou o caso.

Fonte: G1

Após declarações polêmicas, Bolsonaro não muda de posição: “Preta Gil é promíscua”

1837131-5211-atm14O deputado federal do PP carioca Jair Bolsonaro concedeu entrevista ao programa Polêmica da Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira. Ele falou sobre suas declarações divulgadas no início dessa semana e que teriam teor homofóbico e racista.

– Não vou me escorar em liberdade de expressão para me defender do que aconteceu – afirmou.

Para justificar sua fala no programa CQC da Rede Bandeirantes de Televisão, o deputado argumentou que não foi entrevistado por ninguém da produção do programa. Segundo ele, foi combinado que a perguntas seriam feitas por populares em um laptop e, em seguida, ele as responderia. A pergunta da cantora Preta Gil foi a última a ser feita.

– Eu detesto a Preta Gil. Não suporto ela – afirmou, justificando sua resposta.

– A Preta Gil é promíscua – acusou, dizendo que a cantora faria sexo com mulheres e participaria de orgias.

Bolsonaro argumento que se equivocou ao ouvir a pergunta de Preta e que teria ouvido que ela teria perguntado qual seria sua reação se um de se seus filhos namorasse um gay e não uma negra, como ela realmente falou.

Ela falou “negra”, eu entendi “gay” – ressaltou.

– Estão me acusando de homofóbico, coisa que não sou. Estou batendo é no “kit gay” que querem distribuir nas escolas públicas – afirmou em relação a uma ação do governo federal contra o bullying contra gays em escolas do país.

Fonte: Rádio Gaúcha

Filho de Bolsonaro: “falar contra negro é cavar própria cova

Apresentado ao público como um filho bem criado, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro endossou nesta quinta-feira as declarações contra homossexuais feitas ao longo da semana por seu pai, o deputado federal Jair Bolsonaro. Em entrevista ao site da revista ALFA, Carlos, de 28 anos, condenou as iniciativas de educação sexual de crianças e adolescentes. “Com apoio do governo federal, eles querem entrar nas escolas de primeiro grau para dizer que é correto ser homossexual”, disse. “Que pai tem orgulho de ter um filho gay? Nenhum.”

Para o vereador, seu pai foi vítima da edição do programa CQC, da TV Bandeirantes, onde, respondendo a uma pergunta da cantora Preta Gil, associou o namoro entre um branco e uma negra como promiscuidade. “Não há relação entre pergunta e resposta. É uma injustiça acusá-lo de racista diante de uma sociedade totalmente tolerável”, argumentou Carlos Bolsonaro. “Nunca tivemos problemas com cores, qualquer que seja. Ir até a televisão e dizer que tem problema com negro é cavar o próprio cemitério.”

Carlos disse desaprovar a vida de Preta Gil por outros motivos, que não a cor de pele da cantora. “Meu pai não gostaria que eu namorasse alguém como ela. Tive uma boa criação”, disse o vereador. “Preta Gil lança CDs onde aparece nua, envolta por fitinhas do senhor do Bonfim. Ela explora um tipo de música que faz menções à pedofilia.”

Na defesa dos ideários de sua família, Carlos Bolsonaro negou a existência da ditadura militar no Brasil. “A ditadura tem paredão. No Brasil não houve isso”, explicou o vereador. “Isso não é ditadura. É uma transição do regime democrático.”

Fonte: Veja

Torcida e dirigentes da Escócia rebatem acusações de racismo contra Neymar

neymar-thesunA casca de banana atirada em Neymar durante o amistoso do Brasil contra a Escócia, no último domingo, em Londres, continua dando o que falar. Dirigentes e torcedores da seleção britânica negaram que a atitude racista tenha partido deles.

-Não teve nenhum incidente dessa natureza comunicado à polícia ou aos seguranças do estádio. Na verdade, os milhares fãs escoceses que foram ao Emirates condenam esse tipo de comportamento. Eles são conhecidos no mundo pela educação impecável. Ele ajudaram a criar um maravilhoso espetáculo – disse um porta-voz da Federação Escocesa de Futebol (SFA, em inglês).

Hamish Husband, presidente de uma associação de torcedores da Escócia (Tartan Army Clubs), também negou insultos racistas.

– Neymar foi apenas vaiado porque pensamos que ele estava fingindo uma lesão durante a partida. Racismo não tem lugar na Tartan Army – afirmou Husband, ressaltando que a casca de banana pode ter sido atirada em um ato isolado e inconsequente de alguém sem ligação nenhuma com a Escócia.

A Polícia Metropolitana de Londres ratificou as palavras do porta-voz.

– O comportamento dos torcedores escoceses foi de primeira classe. Não houve nenhum caso (de racismo) dentro do estádio – garantiu Mark Sheeran, porta-voz da Polícia Metropolitana.

O diário inglês “The Sun” também questionou se a banana foi realmente atirada por escoceses. De acordo com a publicação, a maior parte dos torcedores que estavam próximos do incidente eram do Brasil. O site oficial do jornal, inclusive, publica um vídeo filmado da torcida que estava atrás do gol onde foi jogada a fruta. Nele, é possível comprovar que os fãs canarinhos eram maioria.

O técnico da Escócia, Craig Levein, disse que não viu o incidente, enquanto Mano Menezes classificou o episódio como lamentável.

A casca de banana supostamente atirada em Neymar foi o terceiro episódio de racismo em pouco mais de uma semana no futebol europeu envolvendo brasileiros. Recentemente, os laterais Roberto Carlos, do Anzhi, da Rússia, e Marcelo, do Real Madrid, foram hostilizados por torcedores do Zenit e do Atlético de Madri, respectivamente, com atos discriminatórios.

Fonte: Globoesporte.com