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Filho de Bolsonaro: “falar contra negro é cavar própria cova

Apresentado ao público como um filho bem criado, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro endossou nesta quinta-feira as declarações contra homossexuais feitas ao longo da semana por seu pai, o deputado federal Jair Bolsonaro. Em entrevista ao site da revista ALFA, Carlos, de 28 anos, condenou as iniciativas de educação sexual de crianças e adolescentes. “Com apoio do governo federal, eles querem entrar nas escolas de primeiro grau para dizer que é correto ser homossexual”, disse. “Que pai tem orgulho de ter um filho gay? Nenhum.”

Para o vereador, seu pai foi vítima da edição do programa CQC, da TV Bandeirantes, onde, respondendo a uma pergunta da cantora Preta Gil, associou o namoro entre um branco e uma negra como promiscuidade. “Não há relação entre pergunta e resposta. É uma injustiça acusá-lo de racista diante de uma sociedade totalmente tolerável”, argumentou Carlos Bolsonaro. “Nunca tivemos problemas com cores, qualquer que seja. Ir até a televisão e dizer que tem problema com negro é cavar o próprio cemitério.”

Carlos disse desaprovar a vida de Preta Gil por outros motivos, que não a cor de pele da cantora. “Meu pai não gostaria que eu namorasse alguém como ela. Tive uma boa criação”, disse o vereador. “Preta Gil lança CDs onde aparece nua, envolta por fitinhas do senhor do Bonfim. Ela explora um tipo de música que faz menções à pedofilia.”

Na defesa dos ideários de sua família, Carlos Bolsonaro negou a existência da ditadura militar no Brasil. “A ditadura tem paredão. No Brasil não houve isso”, explicou o vereador. “Isso não é ditadura. É uma transição do regime democrático.”

Fonte: Veja