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Grupo de Contato estuda desbloqueio de fundos para rebeldes na Líbia

1851142-1871-atm14Após se reunir em Doha, o Grupo de Contato sobre a Líbia, que engloba os países aliados na luta contra o regime do ditador Muamar Gadafi, decidiu estudar a criação de um “mecanismo de financiamento temporário” para ajudar o Conselho Nacional de Transição, organismo que representa os rebeldes no país.

Tal apoio seria realizado por meio do desbloqueio de fundos líbios em diferentes países do mundo. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Thomas Maiziere, entretanto, demonstrou cautela em relação à medida. “Antes devemos saber quem são os proprietários do dinheiro”, comentou.

O objetivo da medida, de acordo com o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, é garantir os serviços básicos na região. Não foi descartada, porém, a possibilidade de se armar os rebeldes. A proposta foi defendida pela Itália, mas encontrou resistência por parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Segundo o porta-voz do Conselho Nacional de Transição, Mahmud Awad Shamman, o Grupo de Contato pedirá aos governos ocidentais a liberação de US$ 1,5 bilhão para cobrir as necessidades dos civis e tentará alcançar um acordo para envio de ajuda humanitária em troca de petróleo.

Pelas estimativas do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, cerca de 3,6 milhões de pessoas podem estar precisando de ajuda. Ele aproveitou para destacar a campanha que busca arrecadar US$ 310 milhões para ajudar o povo líbio. Até agora, somente 39% desse valor foi obtido.

O grupo, estabelecido em Londres em março, envolve vários países e organismos como ONU, Otan, Liga Árabe e União Africana, entre outros.

Fonte: O Globo

Comandante britânico diz que força aérea de Kadafi está destruída

forcaA aviação líbia já não existe como força de combate depois dos bombardeios da coalizão Ocidental, declarou nesta quarta-feira o alto oficial da Força Aérea Real (RAF) britânica, Greg Bagwell. “De fato destruímos a maior parte da força aérea (do ditador Muamar Kadafi) “, afirmou o general durante uma visita à base aérea de Gioia del Colle, sul da Itália, onde opera uma parte dos aviões da RAF que participam nas operações da coalizão na Líbia.

“Seu sistema de defesa antiaérea e suas redes de comando e controle estão severamente danificados a ponto que podemos operar quase que livremente em toda a Líbia”, disse o comandante britânico. Ele acrescentou que nenhum avião da RAF foi atacado no decorrer da operação amparada pela resolução 1973 da ONU, que autorizou a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia com o objetivo de proteger os civis dos ataques do exército leal a Kadafi.

Segundo Bagwell, as forças aliadas haviam tirado “os olhos e os ouvidos” do ditador líbio ao destruir sua capacidade aérea com bombas e mísseis. Desde que começou a operação aliada há quatro dias, as forças internacionais passaram de ataques a alvos militares à plena imposição de uma zona de exclusão aérea. “Temos as forças de terra líbias sob vigilância constante e as atacamos quando ameaçam ou atacam civis”, disse Bagwell. Perguntado sobre quanto tempo os soldados britânicos ficariam no país norte-africano, o comandante respondeu que a permanência depende da resistência de Kadafi em continuar com o conflito.

Fonte: Veja

Rebeldes pedem bombardeio apoiado pela ONU contra mercenários usados por Kadafi na Líbia

02_mhb_mun_beghaziEnquanto Muamar Kadafi mobiliza nesta quarta-feira suas forças na tentativa de retomar cidades dominadas por oposicionistas no leste do país , o Conselho Nacional da Líbia, organizado pelos rebeldes, faz um apelo por um bombardeio com apoio da ONU contra os mercenários africanos usados pelo ditador líbio. Ainda segundo o porta-voz do grupo Hafiz Ghoga, os governos de Níger, Mali e Quênia estariam mandando tropas para ajudar Kadafi na repressão aos oposicionistas.

– Nós pedimos ataques específicos contra as fortalezas dos mercenários – disse o porta-voz do Conselho Nacional da Líbia, ressaltando que o grupo é contra uma invasão. – A presença de qualquer força estrangeira no território líbio é rejeitada. Há uma grande diferença entre isso e ataques aéreos específicos.

Numa possível resposta aos sinais dados por potências ocidentais de que os opositores líbios precisam se unificar para facilitar os contatos com estrangeiros, Ghoga disse ainda que o ex-ministro da Justiça da Líbia Mustafa Abdel Jalil será o líder do Conselho. O grupo organizado pelos rebeldes terá 30 membros e ficará baseado em Benghazi – segunda maior cidade do país e epicentro da revolta – até ser transferido para a capital, Trípoli.

Os Estados Unidos posicionaram navios e aviões militares perto da costa Líbia e afirmam que não descartam nenhuma opção para responder à crise humanitária que se instalou no país do norte da África. Americanos e autoridades de outros países, como o Reino Unido, discutem também a possível imposição de uma zona de exclusão aérea para impedir as forças de Kadafi de bombardear rebeldes. A Rússia, no entanto, se opõe à medida.

Fonte: O Globo