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Governo brasileiro dá permissão de residência a Cesare Battisti

22_06-battistiO Ministério do Trabalho do Brasil concedeu ao ex-ativista italiano Cesare Battisti uma autorização que permite a ele viver e trabalhar no país, depois que, no início de junho, o Supremo Tribunal Federal rejeitou extraditá-lo à Itália, informou nesta quarta-feira o organismo em seu site.

“O Conselho Nacional de Imigração (Cnig) concedeu nesta quarta-feira autorização para permanência de Cesare Battisti no Brasil por um prazo indeterminado”, confirmou a entidade em um comunicado oficial.

A decisão foi tomada com 14 votos a favor, dois contra, uma abstenção e três ausências. “O resultado será enviado ao Ministério da Justiça para executar a concessão de permanência”, acrescenta o texto.

Um porta-voz do Ministério da Justiça disse à AFP que o ministério ainda não “recebeu o expediente para que siga sua tramitação”, mas que a decisão do Cnig de autorizar a permanência “por tempo indeterminado” significa a emissão de um visto de residência permanente.

Com esse visto, Battisti passará a dispor de todos os direitos e deveres dos cidadãos brasileiros, já que em seu pedido ao Cnig mostrou que tem condições de se manter financeiramente com sua atividade de escritor e a cobrança de direitos autorais de seus livros já publicados.

Fonte: Terra

Por carta, presidente italiano apela para que Dilma extradite Battisti

cesare-battisti1O presidente da Itália Giorgio Napolitano apelou à presidente Dilma Rousseff para que ela reveja a decisão sobre a extradição do ex-ativista político Cesare Battisti, de 52 anos. Na correspondência, Napolitano reitera o pedido para a extradição de Battisti.

A carta foi enviada no último dia 14 – antes de o Senado italiano ratificar a moção em favor da extradição e do Parlamento Europeu reiterar a solicitação da Itália. As informações foram confirmadas pela Presidência da República.

Assessores de Dilma informaram que o caso de Battisti é interpretado pelo governo italiano como uma questão jurídica que não afeta as relações bilaterais. Segundo a assessoria da Presidência, as relações entre Brasil e Itália são amplas e históricas. A presidente ainda não respondeu à correspondência.

Na quinta-feira à tarde o Parlamento Europeu aprovou o pedido de extradição do governo da Itália referente ao ex-ativista político. A proposta solicita que o governo brasileiro reavalie o pedido da Itália no esforço de assegurar o tratado bilateral sobre a extradição.

A decisão do Parlamento Europeu será comunicada oficialmente à presidente e aos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), assim como ao presidente da Comissão Parlamentar do Mercosul, senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS). A aprovação do texto deve ser interpretada como recomendação em nome da parceria estratégica que há entre o Conselho da União Europeia e o Brasil.

Fonte: Zero Hora

Senado da Itália aprova moção de extradição de Battisti

cesare-battisti1O Senado da Itália aprovou hoje (18) por unanimidade a moção bipartidária – em nome dos deputados e senadores – sobre a extradição do ex-ativista político Cesare Battisti, que é mantido em prisão preventiva no Brasil. A iniciativa obriga o governo italiano a tomar providências, por meios das vias legais, inclusive no Tribunal Internacional de Justiça, para obter a extradição.

As informações são confirmadas pelo Conselho de Ministros do Governo da Itália. No último dia 31, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que Battisti será mantido no Brasil. A decisão foi baseada em parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), feito com base nos termos da Constituição brasileira, nas convenções internacionais sobre direitos humanos e do tratado de extradição entre o Brasil e a Itália.

O caso, porém, deverá ser julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro, quando a Corte retorna às atividades. A decisão do governo brasileiro gerou protestos na Itália e ameaças de estremecimentos nas relações entre os dois governos.

Ex-dirigente dos Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), grupo extremista que atuou na Itália nas décadas 60 e 70, Battisti, de 52 anos, é acusado de participação em uma série de crimes, inclusive assassinatos.

O ex-ativista foi condenado à prisão perpétua à revelia na Itália por quatro homicídios cometidos pelo PAC entre 1977 e 1979. Ele nega as acusações. Jamais cumpriu pena no país, deixando a Itália rumo à França e depois ao Brasil. Desde março de 2007, Battisti está preso preventivamente na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Fonte: Agência Brasil