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Divulgada imagens do lançamento de mísseis contra Líbia

ng1479600Foi divulgada neste sábado a primeira imagem do lançamento de mísseis a partir de navios americanos e britânicos. Segundo o exército dos Estados Unidos, mais de vinte instalações das forças de defesa líbias já foram atingidas. O ditador Muammar Kadhafi telefonou para a tevê estatal e ameaçou atacar alvos no mediterrâneo em resposta a ação internacional. Ele pediu para árabes, africanos, latino-americanos e asiáticos ficarem do lado da líbia.

Cinco países participam da ação militar, que acontece dois dias depois da ONU ter dado sinal verde para a operação. São eles: França, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canadá e Itália. Caças, navios e submarinos participam dos ataques contra as tropas do ditador Muammar Kadhafi. Por telefone, ele falou na tevê estatal do país e disse que os bombardeios vão provocar uma nova cruzada e que a região do mediterrâneo e do norte da África se tornou uma zona de guerra. Khadafi ameaçou abrir os depósitos de armas do exército líbio para a população lutar.

A Casa Branca informou que a ação de ontem é apenas o começo da operação. Segundo o Pentágono, a princípio o alvo são instalações militares em torno da capital, Trípoli, e da cidade de Misrata. O premiê britânico, David Cameron, defendeu o ataque como necessário e justo.

Os primeiros bombardeios foram realizados por caças da força aérea francesa, que destruíram tanques e veículos de guerra líbios. O chanceler da França informou que a ação internacional deve durar vários dias.

O governo da Alemanha reconheceu que a violência na Líbia precisa acabar, mas anunciou que não vai participar da força aliada. A Rússia lamentou a intervenção armada estrangeira no território líbio.

Fonte: eBand

Brasil só apoia intervenção militar na Líbia, se houver definição do Conselho de Segurança da ONU

libia-protestos-hgA proposta de uma ação militar na Líbia, como defendem os Estados Unidos, a Inglaterra e a França, só será aceita pelo governo do Brasil, se houver autorização do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A informação é do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que leu uma comunicação informando sobre a posição brasileira. Porém, ele lembrou que o Brasil apoiou a suspensão dos líbios no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, na semana passada.

“Qualquer iniciativa militar, inclusive a de exclusão aérea, só pode ocorrer dentro do devido respeito ao rigor das Nações Unidas”, disse Patriota. Segundo ele, o esforço deve ser para a busca de diálogo que encerre o impasse entre as forças ligadas ao presidente da Líbia, Muammar Khadafi, e os oposicionistas.

Porém, o chanceler ressaltou que o país apoia manifestações em favor da democracia na Líbia, que ocorrem no país desde o último dia 15. “O Brasil é favorável à liberdade de expressão, da defesa da melhoria da dignidade humana e esperamos que o diálogo ocorra dentro de um ambiente pacífico e sem violações”, afirmou.

No entanto, Patriota disse que é necessário dar apoio a “eventuais ondas de migração” para a Europa e reforçar a “proposta de estabelecimento de zonas livres de armas nucleares em regiões com focos de tensão, como o Oriente Médio”. “É importante garantir a assistência humanitária”, afirmou ele, referindo-se aos imigrantes que tentam deixar o país e sofrem com a discriminação na Europa.

O chanceler lembrou que há a previsão de ocorrer ainda este ano as reuniões da Aliança dos Países da América do Sul e Árabes (Aspa), em Lima, no Peru. As reuniões estavam marcadas para fevereiro, mas foram adiadas provisoriamente para abril.

Por dois dias, Patriota ficou na China onde foi preparar a viagem da presidenta Dilma Rousseff, nos dias 13, 14 e 15 de abril ao país. Da China, o ministro segue viagem para a Índia, depois Sri Lanka e, por último para o Qatar.

Fonte: Agência Brasil

Operações no Rio são passo crucial para economia do país

venceuAs cenas de guerra urbana no Rio de Janeiro este fim de semana podem representar um passo crucial, e positivo, no desenvolvimento da economia brasileira, caso a polícia seja capaz de manter o controle das favelas anteriormente fora do domínio da lei.A operação que retomou o Complexo do Alemão, uma das favelas de pior reputação do Rio de Janeiro, representou mais do que apenas a repressão a quadrilhas de traficantes que atearam fogo a carros e ônibus durante uma onda de violência que deixou ao menos 46 mortos na semana passada – 45 suspeitos e uma jovem de 14 anos, vítima de bala perdida.

As operações conjuntas promovidas pela polícia e pelas Forças Armadas – que terminaram com soldados eufóricos hasteando bandeiras do Brasil e do Rio no topo do morro – foram um sinal de que o país finalmente pode estar reunindo a vontade política e os recursos para reduzir uma das taxas de criminalidade mais altas da região, que há muito tempo têm sido um fardo para a economia emergente do Brasil.

O status quo – facções criminosas controlando enormes porções do território na segunda maior cidade do país, a capital energética e centro financeiro emergente – é incompatível com o sonho do Brasil de se tornar um país de classe média dentro da próxima década. O Rio também está sob pressão para resolver suas questões antes da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, que será realizada na cidade.

Resta saber se a polícia brasileira, que tem histórico negativo no que tange aos direitos humanos e no seguimento de operações de combate com policiamento efetivo, será capaz de consolidar as vitórias e expandi-las para outras cidades problemáticas.

Por enquanto, os sinais são de que desta vez será diferente.

Primeiro de tudo, as forças de segurança prometeram trabalhar em conjunto para manter o território recuperado, em vez de apenas entrar, atirar, fazer prisões e sair, como ocorrido no passado.

Desde que a criminalidade começou a aumentar, nos anos 1980, os políticos brasileiros costumavam tratar o problema como uma doença sociológica de longo prazo, e não algo que poderia ser resolvido pela polícia.

Políticos em postos-chave, porém, agora parecem comprometidos com a aplicação severa da lei, partindo do prefeito do Rio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo a sucessora dele a partir de janeiro, Dilma Rousseff.

Os recursos financeiros para uma presença policial no longo prazo em áreas problemáticas também estão presentes pela primeira vez.

Empresas como Coca-Cola e o banco Bradesco doaram milhões de dólares este ano para ajudar a financiar as operações policiais, sentindo que este é o momento para combater um problema que custa ao Brasil até 100 bilhões de dólares por ano em gastos com segurança, perda de investimentos e de produtividade, de acordo com o Banco Mundial.

Ainda assim, o elemento mais importante que joga em favor do Brasil agora pode ser algo menos tangível: a crença entre muitos brasileiros de que a recente prosperidade do Brasil tornou qualquer coisa possível – até a paz no Rio.

“Hoje podemos ter a certeza de que, quando o Estado de fato quer algo, ele é capaz”, disse o coronel Mário Sérgio Duarte, comandante-geral da Polícia Militar do Rio, depois de concluída a operação no Alemão.

Fonte: Reuters

Só Polícia Civil já apreendeu 13 toneladas de maconha no Complexo do Alemão

3ff69054352889bc44f49c2be83deSó a Polícia Civil apreendeu neste domingo, no Complexo do Alemão, cerca de 13 toneladas de maconha, 200 quilos de cocaína, 10 quilos de crack e aproximadamente 500 frascos de lança-perfume, além de 10 mil munições de vários calibres, mais de 50 coletes à prova de balas, nove metralhadoras .30, mais de 10 balanças e uma prensa. As polícias militar e federal também fizeram grandes apreensões de drogas e armas ao longo do dia na comunidade. O balanço total das apreensões ainda não foi fechado.

Policiais federais que participam das operações de combate ao tráfico no Complexo do Alemão apreenderam na tarde deste domingo quatro fuzis de assalto, 20 pistolas 9mm, grande quantidade de maconha e cocaína. Os federais também localizaram numa casa usada pelos chefes do tráfico do Morro do Alemão, R$ 40 mil em dinheiro. A cúpula da segurança têm informações de que na fuga da Vila Cruzeiro para o Alemão, os bandidos transportaram uma quantia equivalente a R$ 2 milhões, em dólares e reais. O dinheiro foi levado em sacos dentro de uma caminhonete usada para transportar os bandidos da parte baixa da Vila Cruzeiro até o alto, numa região de mata.

Imagens dos bandidos fugindo no veículo foram registradas por um cinegrafista da TV Globo de dentro de um helicóptero da emissora na última quarta-feira, quando policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) – com ajuda de blindados da Marinha – tomaram a favela.

A informação de que o tráfico fugiu levando parte do dinheiro do movimento de venda de drogas dos últimos dias foi interceptada por militares e policiais que monitoram a comunicação dos criminosos. Os agentes de Inteligência estão trabalhando no núcleo central de operações, no prédio da Secretaria de Segurança. Além do dinheiro, os bandidos fugiram transportando armas, drogas e munição.

Fonte: O Globo

Moradores do Morro do Alemão gritam frases de apoio à Polícia durante invasão

guerraApós a passagem de um comboio de quatro caminhões do Batalhão de Operações Especiais (Bope) pela Estrada do Itararé, em Ramos, vários moradores do Complexo do Alemão vibraram e gritaram: “Agora, bicho vai pegar !”, trecho da música do filme Tropa de Elite. No caminhão, os policiais do Bope gritavam palavras de guerra, com o punho para cima, enquanto seguiam em direção à Favela da Grota.

Há dezenas de curiosos observando e filmando com câmeras de celulares a invasão das forças de segurança na comunidade . Algumas pessoas estão com medo de voltar para as casas e aguardam na entrada da favela um momento de mais tranquilidade para poder entrar.

Na sexta-feira, após o comandante da Polícia Militar dar um ultimato aos bandidos e confirmar a invasão da comunidade, dezenas de moradores abandonaram sábado suas casas com medo da guerra.

O promotor de eventos João Victor de Freitas, de 26 anos, conta que trabalha à noite e não conseguiu voltar para casa, localizada a poucos metros da Estrada do Itararé.

– Cheguei às 6h e não consegui subir. Estou preocupado com meus pais e minha filha de 7 anos que estão em casa, lá dentro. E minha família fica me ligando no celular, preocupada comigo aqui embaixo. De qualquer maneira, estou muito feliz pela ação eficaz da polícia e espero que nunca mais o Complexo do Alemão tenha problemas deste tipo – disse ele, que espera um momento mais tranquilo para entrar em casa.

Fonte: O Globo

Guerra urbana no Rio de Janeiro

25_mhb_rio_guerrracruzeiro02Cento e cinquenta policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), homens da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e 30 fuzileiros navais com rostos pintados entraram na Vila Cruzeiro, na Penha, no início da tarde desta quinta-feira. Seis carros blindados do tipo M113 do Corpo de Fuzileiros navais estão sendo usados para transporte de pessoal. O veículo foi usado na guerra do Iraque.

A operação tem apoio de fuzileiros navais porque são eles que estão conduzindo os veículos, onde seguem os homens do Bope. Esse tipo de carro nunca foi usado na cidade do Rio. Segundo a nota divulgada pela Marinha do Brasil, os efetivos são limitados às tripulações que conduzirão as viaturas. “Foram disponibilizados, inicialmente, para prestar apoio logístico de transporte ao Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da PMERJ, os seguintes meios do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil: viaturas blindadas sobre lagartas M-113, viaturas blindadas sobre rodas Piranha e carros Lagarta Anfíbios (CLAnf)”.

Um caminhão de uma loja de eletrodomésticos roubada recentemente, foi incendiado no morro pelos traficantes para dificultar o acesso dos policiais à comunidade. Retroescavadeiras blindadas do Bope estão à disposição para retirar as barreiras.

Um homem que estava em um moto foi baleado. Ele está sendo levado por policiais do Bope, para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

De acordo com o comandante do Estado Maior da PM, coronel Álvaro Garcia, essa operação enérgica está sendo necessária porque os bandidos que estão oferecendo ataque à sociedade se escondem neste local. Ele disse que a polícia não tem data para sair da Vila Cruzeiro e vai ocupar e permanecer no morro por tempo indeterminado, para mais tarde implantar uma UPP no local.

O coronel descartou o uso das metralhadoras .50, que têm capacidade de abater helicópteros e aviões. Esse armamento faz parte dos blindados M113 cedidos pelos fuzileiros navais:

A Polícia Militar chegou a fechar a Avenida Brás de Pina do parque Ary Barroso até a entrada da Igreja da Penha, mas liberou depois da entrada dos policiais na comunidade. Um trecho da avenida está sem luz. Há suspeita de que o incêndio do caminhão tenha atingido a rede elétrica. Na chegada do comboio, houve uma correria de moradores e de motoristas. As pessoas ficaram apavoradas.

Moradores da Avenida Brás de Pina e da Penha se dizem satisfeitos com a presença de tanques de guerra e de homens do Bope no meio da rua. Um morador, que é policial militar e está de férias, também de prontidão, disse que a situação estava insuportável e que apóia as medidas enérgicas tomadas pelo governo. Uma moradora chorando diz que vai sair da rua onde mora porque é uma situação de guerra civil.

A Secretaria estadual de Saúde divulgou o balanço de atendimentos desta quarta-feira, no Getúlio Vargas, devido aos confrontos na região. Ao todo, 21 pessoas deram entrada na unidade, quatro morreram e três continuam internadas. Para esta quinta-feira, a Secretaria reforçou o número de médicos na emergência. Médicos do Corpo de Bombeiros também estão no hospital. O secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, está na unidade supervisionando as equipes.

Principal reduto do tráfico no Rio, a Vila Cruzeiro, junto com o Complexo do Alemão, se transformou no maior bunker de traficantes cariocas, recebendo bandidos de comunidades ocupadas por Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Fonte: O Globo

Advogados britânicos exigem apuração de mortes civis no Iraque

ng1357317Um grupo de advogados britânicos pretende aproveitar o vazamento de documentos sobre a Guerra do Iraque através do site Wikileaks para forçar uma investigação pública no Reino Unido sobre o assassinato de civis durante a ocupação do país asiático. O advogado especializado em direitos humanos do grupo Public Interest Publics, Phil Shiner, disse ao jornal inglês The Guardian que também questionará o governo britânico por não por fim aos abusos e torturas de presos pelas forças iraquianas.

A anterior política da coalizão que invadiu o Iraque de não investigar tais acusações “não é tolerável”, disse o advogado britânico. Segundo os documentos publicados pela Wikileaks, entre 2004 e 2009 houve mais de 109 mil mortes violentas no Iraque, que incluem 66.081 civis, 23.984 classificados como “inimigos” e 15.196 membros das Forças de Segurança iraquianas. Completam o número 3.771 mortes de soldados americanos e de outros países da coalizão.

Os números divulgados pelos EUA a respeito da morte de civis não são confiáveis, afirma o jornal. Segundo a organização Iraq Body Count, que se dedica a contabilizar as mortes de civis através de informações jornalísticas e dados de necrotérios, o vazamento dos documentos traz à tona cerca de 15 mil baixas civis que não haviam sido divulgadas até então.

“É totalmente inadmissível que durante tantos anos o governo americano tenha escondido do público esses detalhes essenciais sobre as baixas civis no Iraque”, disse um porta-voz do Iraque Boty Count.

Entre os incidentes mais comprometedores para os EUA está o protagonizado pela tripulação de um helicóptero de ataque, que em fevereiro de 2007 atacou soldados iraquianos que pretendiam se render em uma base em Bagdá. Os relatórios revelam ainda que as autoridades americanas deixaram de investigar centenas de acusações de torturas, violações e assassinatos realizados por forças iraquianas.

Fonte: Terra