Apesar dos alertas, campanhas e ações dos órgãos públicos, até mesmo do Ministério Público de Pernambuco, a cidade de Salgueiro ainda concentra um grande número de foco do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. A informação foi divulgada nesta terça-feira (12) pelo diretor de Vigilância Epidemiológica de Salgueiro, Luciano Pereira, em entrevista concedida ao programa ‘Espaço Cidadão’, apresentado por Claudinei Santos na rádio Talismã FM. O bairro da Cohab, segundo Luciano, é responsável pelo maior número de pontos de proliferação do mosquito da dengue. Os dados foram coletados através do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRA).

“Salgueiro apresenta realmente muitos focos. O bairro da Cohab mostra a dois Liras consecutivos um perigo. No segundo Lira o bairro apresentou 14% de focos, já agora no terceiro Lira nós conseguimos detectar 7,5% de focos do mosquito. Houve uma redução? Houve. Mas não queremos dizer que o perigo acabou. É bom lembrar que o mosquito pode picar várias pessoas ao longo do dia, o mosquito pode desovar até 120 ovos. Então se tem um mosquito circulando o perigo existe”, disse Luciano, completando que a maioria dos focos se encontram dentro das residências.

Luciano afirmou que a Diretoria de Vigilância Epidemiológica realizou um estudo que comprovou grande parte dos focos dentro das casas. “Muitas pessoas não estão tendo o cuidado de eliminar os focos (…). Se a gente não trouxer a população em geral para nos ajudar nós não vamos conseguir resultados”, declarou. A Vigilância Epidemiológica é vinculada a Secretaria Municipal de Saúde, ficando responsável por prevenir e combater as doenças que acometem a sociedade.

Por Chico Gomes

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu nesse sábado a continuidade das ações públicas de controle da dengue, afirmando que elas devem ser mantidas ao longo de todo ano.

Apesar de, na média, a doença ter regredido no país, o ministro alerta que não se deve ‘baixar a guarda’. Ele informou que no primeiro trimestre, com as campanhas iniciadas em janeiro, o número de casos graves foi reduzido em 69%; o de mortes (62%) e no total (43%).

Quanto ao levantamento feito no Rio de Janeiro sobre a infestação do mosquito Aedes aegipyti, o ministro revelou que 91% dos focos estão dentro das casas ou nos quintais das pessoas.

– É decisivo para reduzir essas infestação que haja a mobilização permanente das ações com a população do Rio de Janeiro que o Estado e o município vêm fazendo.

De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado, até este sábado, foram confirmados 24 casos autóctones da doença no Rio Grande do Sul. São nove casos em São Luiz Gonzaga, 13 em Santa Rosa e dois em Três de Maio.

Também foram registrados 28 casos em que a doença foi contraída em outro estado.

Fonte: Agência Brasil

A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC) mapeou 11.354 possíveis focos do Aedes aegypti em grande mobilização popular com a Caminhada contra a Dengue pela Cidade do Rio na manhã deste sábado, 02 de abril. Mais de 311 grupos de caminhada, com cerca de sete mil participantes ao todo, saíram de 159 unidades municipais de saúde e percorreram cerca de 900 quilômetros no total, vistoriando ruas, imóveis e estabelecimentos de todas as regiões da cidade.

Dos focos encontrados, 4.267 foram eliminados na hora, representando cerca de 40% do total. O restante dos focos entrará na rotina diária dos agentes de vigilância em saúde. A maioria dos focos encontrados estava em propriedades privadas.

“Este foi o maior mapeamento da história da cidade feito em uma única manhã. Mais de onze mil possíveis focos foram identificados em todas as regiões da cidade e mais de quatro mil resolvidos na hora. A maior parte deles estava em propriedades privadas “, afirmou o secretário.

A atividade faz parte do Movimento Carioca por um Rio Livre da Dengue e pretendeu motivar cada cidadão a olhar a rua e o entorno de sua residência como um espaço coletivo que precisa ser cuidado o ano inteiro e não apenas no verão para evitar a proliferação do Aedes aegypti.

Fonte: O Globo

As autoridades públicas de Afogados da Ingazeira estão preocupadas com o aumento do número de casos de dengue no município. Somente nos primeiros três meses deste ano a cidade já registra cinco casos de dengue hemorrágica, que pode levar à morte. Diante desse cenário, no último sábado (26) a Prefeitura Municipal de Afogados da Ingazeira, através da Secretaria Municipal de Saúde, promoveu um grande mutirão de combate ao mosquito da dengue no bairro São Francisco, uma das localidades que apresenta maior número de infestações na cidade.

A gerente de epidemiologia do município, Madalena Brito, disse que foi feita uma grande varredura no bairro. Os focos foram destruídos com carro fumacê, bombas costais e larvicida. Os agentes de saúde também distribuíram panfletos educativos e telas para as famílias limparem os locais de proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. O número de casos de dengue no início deste ano em Afogados da Ingazeira é alarmante. Até o momento foram contabilizados 522 casos da doença.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

A cada hora, 35 novos casos de dengue surgem no Rio de Janeiro. A Secretaria de Saúde do Estado diz que não há epidemia. Desde o começo do ano, 18 pessoas já morreram. Uma delas foi um menino de dez anos, que morreu nesta sexta-feira.

O menino foi levado ao hospital na última terça-feira com febre e dor de cabeça. Ele foi atendido em uma unidade em Queimados, na Baixada Fluminense. Os médicos suspeitavam de dengue, mas a criança só foi internada no dia seguinte.

No Rio de Janeiro, 26 mil casos suspeitos foram notificados. No mesmo período do ano passado, eles não passavam de 1,5 mil. Na última semana, foram seis mil novas vítimas e 35 pessoas infectadas por hora.

Para conter o avanço da dengue, o governo do Estado, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, decidiu adotar uma estratégia usada pelo governo de Cingapura durante a epidemia registrada entre 2004 e 2005. Em seis semanas, o país do sudeste asiático conseguiu reduzir o número de casos apenas com a mobilização dos moradores. A ideia é fazer o mesmo no Rio.

Os moradores do Morro Chapéu Mangueira, na zona sul carioca, foram os primeiros a receber as orientações. Cento e cinquenta bombeiros percorreram a favela batendo de porta em porta. A mobilização chegou até ao lazer preferido dos cariocas. Uma barraca na praia de Copacabana mostrava os diferentes estágios de evolução do aedes aegypti.

Fonte: eBand

Em apenas dez dias, entre 2 e 12 de fevereiro, foram notificados 5.757 casos suspeitos no Estado do Rio de Janeiro, número que deixou em alerta a Secretaria Estadual de Saúde, que não descarta a possibilidade de uma epidemia de dengue.

Em comparação com janeiro e fevereiro de 2010, o número de casos este ano aumentou 54%, totalizando até o momento 3.826 ocorrências. Na capital fluminense, a quantidade de registros é quase quatro vezes maior, passando de 289 para 1107 no mesmo período de comparação. Em Niterói, foram notificados 141 casos.

Os municípios com maiores taxas de incidências são Bom Jesus do Itabapoana (763,1 casos a cada 100 mil habitantes), Santo Antônio de Pádua (438,8 casos a cada 100 mil habitantes), Cantagalo (312,7 casos a cada 100 mil habitantes) e Cambuci (310,2 casos a cada 100 mil habitantes).

Segundo os dados da Secretaria Estadual de Saúde – que constavam em planilhas no site da instituição que foram retiradas (segundo a assessoria devido a mudanças no novo portal) – foram notificados 485 casos em toda a capital fluminense no mês de janeiro, aumento de 440% quando comparados com o mesmo mês do ano passado, quando foram registrados 110 casos.

No primeiro mês do ano, os bairros com os maiores índices foram Santa Cruz, na zona oeste do município, com 99 casos, seguido por Madureira e Paciências, ambos na zona norte.

As ocorrências registradas no Rio de Janeiro estão preocupando os órgãos municipais e estaduais, a ponto do superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe, ter informado que busca alternativas para diminuir a incidência da doença entre a população mais jovem.

A secretaria informou que vai implementar um sistema online para o controle de focos do mosquito da dengue em todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro. Pela internet, a população e até mesmo as autoridades públicas de saúde estaduais e municipais poderão ter acesso a informações como o número de agentes de saúde e de visitas a domicílios. Estão sendo realizadas oficinas nos municípios de Nova Iguaçu, Magé, Mesquita, Queimados e Japeri.

De acordo com o órgão, outras 20 cidades vão passar pelo mesmo procedimento até o final desta semana. O objetivo é que 80% das casas de cada cidade recebam a visita de agentes do combate à dengue.

Fonte: R7

Uma ação importante vai acontecer no Recife para combater a dengue não só na capital pernambucana, mas também em outras cidades do Estado que apresentam risco de epidemia da doença. O secretário de saúde de Pernambuco, Antônio Carlos Figueira (foto), vai se reunir com prefeitos de 19 municípios pernambucanos para apresentar o “Plano Estadual de Contingência Contra a Dengue”.

Um dos objetivos do encontro é conscientizar as prefeituras da importância de desenvolver um trabalho de prevenção junto aos cidadãos. “90% dos focos são intrafamiliares. Quem está mais perto do cidadão é a prefeitura, pois vivemos no município, então é fundamental a participação de todos os entes federativos: a União, o Estado e os municípios”, afirma Antônio Carlos Figueira.

Das cidades cujo prefeito foi convocado para o encontro, 14 apresentam alto risco de epidemia de dengue. São elas: Afogados Da Ingazeira, Bezerros, Serra Talhada, Quixaba, Ouricuri, Floresta, Santa Cruz Do Capibaribe, Santa Cruz Da Baixa Verde, Timbaúba, Araripina, Pesqueira, Camaragibe, Santa Cruz e Santa Teresinha.

Os outros cinco municípios que completam a lista são Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Caruaru e Petrolina. De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, essas cidades terão que adotar cuidados por causa do grande número de habitantes.

De acordo com o secretário de saúde de Pernambuco, um grande avanço no combate à doença foi a descentralização da realização do teste da dengue. “Até o ano passado, só o Laboratório Central do Recife fazia esse exame. Conseguimos que mais seis cidades realizem esses exames: Petrolina, Caruaru, Salgueiro, Afogados, Limoeiro, e Palmares”, afirma Antônio Carlos Figueira.

O “Plano Estadual de Contingência Contra a Dengue” terá a vigilância e a assistência como principais eixos. “Na assistência, nós vamos capacitar mais de 2,5 mil profissionais da equipe de Saúde da Família e temos a possibilidade de contratar até 200 leitos caso venha a epidemia. Também vamos contratar 500 agentes de endemia e capacitar 80 técnicos em vigilância e reforçar a equipe nos laboratórios”, conta o secretário.

Em 2011, já foram registrados 1.149 casos da doença, 11% a mais do que em janeiro do ano passado. “Até hoje não estamos em epidemia, pois esses 11% está dentro da normalidade. No ano passado, a epidemia aconteceu em maio e se estendeu até julho, então esse trabalho de valorização que estamos fazendo é fundamental para que, quando chegar em maio, não tenhamos o mesmo número de casos”, explica o secretário de saúde do Estado.

Fonte: pe360graus

Uma menina de apenas 9 anos teve sua morte confirmada por dengue hemorrágica nesta quarta-feira. Laís Melo Miranda Soares era moradora de Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio e estava internada desde 26 de dezembro no Hospital Santa Cruz, em Niterói (Região Metropolitana do Rio). Ela morreu nesta terça-feira (8).

Apesar da morte da Laís ter sido este ano, ela não vai entrar na estatística de óbitos provocados por dengue de 2011. O motivo, segundo a Secretaria do Estado de Saúde, é que a paciente começou a apresentar os sintomas da doença em dezembro do ano passado. A morte da criança é a 44ª registrada por dengue em 2010, no estado.

Fonte: Jornal do Brasil

O mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, está se desenvolvendo em ambientes sujos e até em água salgada. A conclusão é da pesquisadora Marylene de Brito Arduino, da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) de São Paulo.

Marylene diz, porém, que ter encontrado larvas do Aedes em água com sal não significa que o inseto possa se reproduzir no mar. Ela está testando, no entanto, qual o limite de salinidade que as larvas suportam.

“É importante ressaltar que o sal mata as larvas do Aedes e continuamos recomendando seu uso no combate aos criadouros.”

Estudo realizado por ela em São Sebastião mostrou que larvas do mosquito foram encontradas em recipientes com água com resíduos de sal e até em outros com produtos como graxa, tinta, cal e óleo combustível.

Dos 1.325 pontos com larvas de Aedes analisados por Marylene na pesquisa, 323 estavam em água com algum tipo de salinidade –ou seja, resíduos de sal ou outros produtos químicos.

Segundo a pesquisadora, o resultado mostra que é preciso se preocupar com possíveis criadouros antes ignorados, como latas de tinta e pneus com resto de óleo.

“O mosquito está evoluindo. Todas as espécies tentam manter sua população. Se não encontram o ambiente que preferiam antes, acabam se adaptando ao que existe.”

O virologista da Unifesp Celso Francisco Hernandes Granato, especialista em dengue, diz que não se surpreende com a possibilidade.

“O conceito que tenho é que ele [Aedes] prefere água limpa e parada. No entanto, trata-se de um mosquito de grande facilidade de adaptação, o que certamente possibilita que procure novos locais de reprodução.”

Fonte: Folha Online