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‘Sou candidato à Presidência para mudar o Brasil’, diz tucano Aécio Neves

Em clima apoteótico e recheado de menções ao avô Tancredo, o senador Aécio Neves foi oficialmente declarado candidato do PSDB à Presidência da República e previu neste sábado que um “tsunami” varrerá o PT do poder e permitirá um “reencontro” do Brasil com a decência. “Sou candidato à Presidência da República para mudar o Brasil!”, disse Aécio ao término de seu discurso. “Até a vitória!”

Aécio fez elogios ao governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso e bateu duramente no governo do PT, que há quase 12 anos comanda o governo federal.

“A cada dia que passa por cada Estado e região pelos quais ando, percebo que não há apenas mais uma brisa, mas uma ventania por mudança, um tsunami que vai varrer do governo federal aqueles que lá não têm se mostrado dignos e capazes de atender às demandas da população brasileira”, disse.

O tucano também disse que o PSDB manteve sua coerência no período em que esteve na oposição e atacou o PT ao afirmar que o partido governista também manteve a coerência.

“Aqueles que foram contra o Plano Real é que hoje permitem a volta da inflação. Quem foi contra a Lei de Responsabilidade Fiscal é quem hoje realiza a maldita contabilidade criativa”, disparou, acrescentando que estava ali para “dar um basta”.

Antes da fala do candidato, ouviu-se o hino nacional gravado pelo cantor sertanejo Zezé de Camargo, cabo eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2002. No púlpito coberto com a bandeira brasileira, Aécio deu um salto à década de 1990, anos em que o PSDB presidiu o País. Ele discorreu sobre o Plano Real e afagou o ex-governador de São Paulo José Serra, “amigo e ministro, responsável pelo maior programa de combate à aids do mundo”.

A segunda e maior parte de seu pronunciamento foi toda dedicada ao PT. Aécio começou afirmando que a “herança deixada por FHC está se esvaziando” e deu como exemplo “a volta da inflação” e a “desvalorização” da Petrobras, “que deixou de frequentar as páginas econômicas para frequentar as páginas policiais”. “Cada ato é consequência de um governo que governa para si mesmo e que perdeu a capacidade de ouvir.”

Andando pelo palco, Aécio concluiu fazendo uma referência a JK e Tancredo: “Se coube a JK permitir o encontro com o desenvolvimento há 60 anos, Tancredo permitiu o reencontro com a democracia 30 anos depois. Outros 30 anos se passaram: que haja o reencontro com a decência, eficiência e a coragem. Aceito hoje a indicação do meu partido. Sou candidato à Presidência da República para mudar o Brasil.”

Fonte: IG