Vida FM Asa Branca Salgueiro FM Salgueiro FM

Rodrigo Maia reage a Planalto e chama advogado de Temer de incompetente

O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM), reagiu neste domingo ao que considerou um ataque por parte da defesa do presidente Michel Temer (PMDB). O parlamentar partiu para cima do advogado Eduardo Carnelós, que no dia anterior disse que a divulgação dos vídeos da delação do doleiro do PMDB, Lúcio Funaro, era um “vazamento criminoso”. Ocorre que tais vídeos estavam disponíveis no site da Câmara dos Deputados. “Não teve vazamento. O advogado é incompetente”, disse Maia.

Em entrevistas e notas, Rodrigo Maia se disse perplexo com a atitude do advogado e fez questão de lembrar sua atuação durante a tramitação da primeira denúncia contra o presidente Michel Temer. Maia disse que servidores da Câmara poderão tomar atitudes contra o advogado do presidente por causa da sua reação aos vídeos. Neles, Funaro relata o esquema criminoso do PMDB. 

Após ser divulgado que os vídeos constavam dos arquivos públicos da Câmara dos Deputados, o advogado de Temer baixou o tom das críticas e disse que não sabia que o material estava na web. Não foi suficiente para acalmar os ânimos de Rodrigo Maia, que disse que não houve vazamento e o chamou de incompetente.  “O advogado faz uma meia justificativa, o que não esclarece os fatos e o que vai obrigar – infelizmente – a que os funcionários da Câmara tomem atitudes, inclusive na justiça, porque são servidores, tem fé pública e, com a nota dele, continuam sendo desrespeitados”, disse Maia em nota.

Segundo Rodrigo Maia, os documentos que estão públicos são aqueles sobre os quais não havia sigilo decretado pelo Supremo Tribunal Federal. O parlamentar disse que por sua parte e dos servidores da Câmara não houve nenhuma atitude que não fosse para preservar a transparência e o acesso aos documentos por parte dos 513 deputados que analisarão a denúncia contra o presidente da República. 

Os vídeos da delação de Funaro foram divulgados no site da Câmara em 22 de setembro, junto com os outros documentos relacionados à segunda denúncia contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) por organização criminosa. O material foi enviado pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, por meio de ofício expedido em 21 de setembro, uma semana após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar a denúncia.

Fonte: Estado de Minas