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RJ: polícia investiga redes sociais na busca por aliciadores de manifestantes

Não se sabe se a declaração de Jonas Tadeu Nunes, o advogado que defende Fábio Raposo e Caio Silva de Souza – os dois suspeitos de acender o artefato que matou o cinegrafista Santiago Andrade -, de que ambos recebiam dinheiro para integrar as manifestações, tem algum tipo de interesse pessoal ou político. O fato é que, bem antes de Tadeu Nunes dar esse depoimento à GloboNews, a própria Polícia Civil do Rio de Janeiro já investigava essa possibilidade – desde que a violência tomou conta de boa parte dos atos na capital fluminense. E a internet é uma ferramenta fundamental nesse processo.

“O que eu posso dizer é que a polícia tem interesse em apurar esse tipo de motivação. Não basta identificar o autor do disparo do rojão que vitimou um profissional da mídia. A gente tem que ter convicção se aquele ato teve início, meio e fim na ação do Fábio e do Caio, ou se está embutido em outro contexto”, explicou o chefe da Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso.

É uma espécie de força-tarefa dentro da corporação, na qual diversos setores, de acordo com Veloso, “dão e recebem informações processadas pela coordenadoria de inteligência e retornam à medida que esses dados vão auxiliar naquela investigação específica”. Neste contexto, o monitoramento das redes sociais, tendo em vista que muitas das manifestações são agendadas pelo Facebook, por exemplo, “é algo bastante importante”.

“Não há dosagem matemática, mas é importante em diferentes aspectos, e não tenha dúvida de que isso está sendo feito. O quanto isso é feito, como isso é feito, por quem é feito, de forma alguma eu diria”, disse o chefe da Polícia Civil.

Na acusação do advogado dos suspeitos, cada integrante receberia de partidos políticos de oposição ao atual governo, ou com interesses futuros em novas eleições, a quantia de R$ 150 para promover um quebra-quebra nos atos. E nas redes sociais, quanto mais páginas fossem criadas na tentativa de divulgar de forma maciça o manifesto, mais dinheiro entrava no “caixa virtual”.

Fonte: Terra