Os professores da rede municipal de Caruaru decidiram cruzar os braços a partir da próxima segunda-feira (24), em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (18). Os docentes querem o reajuste de 8,32% no piso salarial e melhores condições de trabalho.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Caruaru e Região Agreste Central de Pernambuco (Sismuc) afirma que a prefeitura da cidade recebeu, em 2014, o reajuste dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) mas não repassou para o salário dos professores.
A greve também é mais um dos atos da categoria contra o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) aprovado pela prefeitura há um ano. Os professores argumentam que a medida tirou direitos adquiridos. “O docente com graduação recebia 30% a mais do que o piso, antes do PCCR. Com o novo plano, mesmo sendo graduado o professor não recebe mais, o que desestimula a categoria a estudar”, observou Eduardo Mendonça, presidente do Sismuc.
Outra queixa dos docentes, segundo Mendonça, é a falta de diálogo do poder municipal com a categoria. “Eles não conversam com a gente. O prefeito de Caruaru (José Queiroz) recebe mototaxista, sulanqueiro, transporte alternativo, LGBT, mas não recebe os professores”, comentou.
De acordo com o Sismuc, Caruaru tem aproximadamente 2,7 mil professores atuando na rede municipal, sendo que mais da metade é por contrato temporário. A rede tem 35 mil alunos e abrange do ensino infantil ao nono ano.
Resposta – Em nota enviada pela assessoria de comunicação, a Prefeitura de Caruaru afirmou que não foi comunicada oficialmente pelo Sismuc sobre a deflagração da greve dos professores. “Existe uma mesa de negociação permanente, encabeçada pela Secretaria de Administração, que está à disposição para tratar das questões da categoria, a fim de não prejudicar o ano letivo dos estudantes da rede municipal de ensino”, diz a nota.
Fonte: Diario de Pernambuco
