Vida FM Asa Branca Salgueiro FM Salgueiro FM

Primeiro-ministro de Israel afirma que a guerra vai ser longa

O confronto entre as forças de defesa de Israel e os radicais do Hamas na Faixa de Gaza completou, nesta segunda-feira (28), três semanas. Os esforços diplomáticos por uma trégua duradoura não tiveram efeito e o que se viu foi um aumento do número de mortos nos dois lados do front.

Ainda era madrugada no Oriente Médio quando o Conselho de Segurança da ONU pediu um cessar-fogo imediato e incondicional.

Israelenses e palestinos ainda estavam dormindo e não escutaram, ou não deram ouvidos. Era também o começo de um dia importantíssimo pros muçulmanos, o Eid al-Fitr, quando eles comemoram o fim do mês sagrado do Ramadã e se reúnem em torno de mesas fartas para celebrar união.

Mas em Gaza, quando teve celebração, foi entre os escombros. O dia amanheceu com os mísseis do Hamas atravessando os céus. E tanques respondendo aos ataques.

À tarde, perto da praia, em Gaza, crianças estavam brincando quando uma explosão atingiu um campo de refugiados e um hospital.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que oito crianças e dois adultos morreram. O Hamas acusou Israel. E Israel disse que foram foguetes desgovernados do Hamas. “Foram os terroristas em Gaza que atingiram o campo e o hospital”, afirmou Peter Lerner, porta-voz das forças israelenses.

Mais uma vez, militantes do Hamas invadiram Israel por terra, usando túneis. Um dos invasores morreu e os outros eram procurados perto da fronteira.

Um foguete lançado de Gaza acabava de matar quatro soldados a dois quilômetros de onde a gente gravava imagens. Um quinto soldado morreu em combate.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que foi um dia doloroso. Netanyahu atacou o Conselho de Segurança da ONU por não mencionar o pedido israelense para desmilitarizar a Faixa de Gaza. E afirmou que a guerra vai ser longa. “Vamos continuar agir de forma firme e responsável até completar a nossa missão”, avisou ele.

O número de mortes do lado israelense subiu pra 51, sendo 48 soldados. E, entre os palestinos, são 1.067, com mais de 70% de civis.

O secretário-geral da ONU, que voltou no domingo para Nova York depois de visitar a região, fez um apelo: “Em nome da humanidade a violência tem que parar”.

Quando anoiteceu, mais uma bateria de mísseis foi lançada na direção de Israel. É uma noite de bombardeios intensos. A gente ouve o tempo todo o som dos tanques israelenses, os foguetes disparados pelo Hamas. Apesar dos pedidos do Conselho de Segurança da ONU, do telefonema do presidente americano Barack Obama pro primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, tudo não passou de ilusão diplomática. A segunda-feira não teve nada de trégua.

Fonte: Jornal Nacional