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Presidente do Uruguai proíbe polícia em jogos e abre crise

O presidente da AUF (Associação Uruguaia de Futebol), Sebastián Bauzá, renunciou ao cargo na tarde de ontem. Outros três dirigentes da entidade também se desligaram de suas funções.

A saída de Bauzá da AUF acontece quatro dias depois de o presidente uruguaio, José Mujica, ter proibido a presença de policiais nos estádios dos dois maiores times do país, o Peñarol e o Nacional, em jogos do campeonato nacional.

A Fifa investigará a crise na AUF, segundo o jornal uruguaio “El País”. Se confirmada a interferência do governo de Mujica na renúncia dos dirigentes, a seleção do país poderia ser punida e ficar fora da Copa do Mundo.

Procurada pela reportagem, a Fifa disse que não havia sido informada oficialmente sobre a situação envolvendo a federação uruguaia de futebol.

Pela regra da Fifa, a entidade que dirige o futebol mundial pode suspender a federação, e consequentemente a respectiva seleção, de torneios oficiais caso a mesma sofra qualquer tipo de interferência dos governos locais.

A decisão de Mujica de proibir o policiamento dentro dos estádios Centenário e Gran Parque Nacional foi tomada após torcedores do Nacional terem enfrentando a polícia ao término da partida contra o Newell’s Old Boys pela Libertadores, na semana passada. No confronto, 28 policiais ficaram feridos e 40 pessoas foram presas.

Dessa maneira, Mujica quis pressionar os dirigentes dos clubes e da AUF a identificarem os torcedores que participaram da briga e conter a violência nos estádios.

“Estou disposto a parar o futebol se for necessário. Ou cortamos isso pela raiz ou não poderemos continuar aproveitando os espetáculos esportivos”, afirmou o mandatário uruguaio.

Ontem, a partida entre o Nacional e o Miramar Misiones foi cancelada porque os jogadores alegaram falta de garantia de segurança.

Fonte: Folhapress