A prefeitura do Rio de Janeiro promete intensificar a fiscalização sobre o trabalho da concessionária Light, depois que mais um bueiro explodiu, em Copacabana, na zona sul da cidade. Uma perícia vai apontar as causas da explosão de um transformador de energia subterrâneo. A concessionária admite a possibilidade de novos acidentes.
Técnicos da Light trabalhavam com a supervisão do presidente da companhia. O prefeito Eduardo Paes, depois de ouvir explicações, disse que o município vai, a partir de agora, fiscalizar o trabalho da empresa.
Sexta por volta das 8h da noite, uma câmara transformadora subterrânea explodiu levando pânico às pessoas que passavam pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma das mais movimentadas do bairro. Uma placa de aço com quatro metros de comprimento por dois de largura foi lançada a uma altura de cinco metros e caiu em cima de um táxi. a explosão abriu uma cratera de seis metros de diâmetro e destruiu, pelo menos, duas das quatro pistas.
Testemunhas disseram ainda que a explosão fez tremer a estrutura de alguns prédios. Cinco pessoas ficaram feridas, entre elas o motorista do táxi e dois entregadores de um supermercado que fica em frente ao local. Pedaços de asfalto atingiram também um outro táxi.
Em junho do ano passado, uma outra explosão, também em Copacabana, feriu gravemente um casal de turistas americanos. O homem teve 35% do corpo queimados e a mulher 80% e precisou ficar mais de dois meses internada.
Durante entrevista coletiva, o presidente da Light, Jerson Kelman, admitiu que as câmaras subterrâneas são antigas e apresentam problemas.Kelman não descartou a possibilidade de acontecer novas explosões.
Na tentativa de evitar novos acidentes, em fevereiro, a prefeitura fez um convênio entre as prestadoras de serviços para fazer um mapeamento da rede subterrânea da cidade. Só para a primeira fase do projeto, prevista para começar dezembro, o investimento será de cerca de R$ 2 milhões.
Fonte: eBand
