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PMDB da Câmara decide não indicar nomes para ministérios

A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados divulgou nota na qual anuncia que não indicará nenhum nome paraocupar os ministérios da Agricultura e do Turismo, que ficarão vagos com a saída de Antonio Andrade e Gastão Vieira, respectivamente. As duas pastas têm sido ocupadas por membros do partido indicados pelos deputados e devem entrar na reforma ministerial.

O líder da bancada, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), garantiu que a decisão de não fazer indicações para substituir os atuais ministros não significa que os deputados peemedebistas estão deixando a base de apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff. “O PMDB não está deixando o governo, está simplesmente optando por não indicar nenhum substituto para os ministérios que coube à bancada da Câmara indicar”, explicou Cunha.

Segundo Cunha, uma minoria entre os deputados do partido queria uma “posição mais radical”, em que todos os cargos fossem devolvidos, mas a maioria optou por continuar apoiando a base do governo. No entanto, eles decidiram “continuar sem cargos”. “Temos compromisso com a economia do país, temos compromisso com a governabilidade, mas não queremos mais indicar ministérios pela bancada do PMDB da Câmara”, disse.

Ainda de acordo com Cunha, um dos motivos da decisão de ontem foi a divulgação de conversas entre a presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente da República, Michel Temer, que indicava uma “disputa política pública por cargos”.  “O PMDB não quer estar associado a uma pecha de fisiologismo de quem tem que estar recebendo cargos para partilhar da base do governo”, explicou Cunha.

Apesar disso, Eduardo Cunha reclamou do que chamou de sub-representação do PMDB no governo e da perda de espaço do partido neste governo em relação ao anterior, do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Entretanto, o deputado disse que a bancada está “cansada” do desgaste provocado pelo processo de indicação de cargos. Cunha disse ainda que a decisão não implica em tensionamento da relação com o governo no Congresso, mas que isso deve acontecer em relação à disputa eleitoral nos estados.

Fonte: Agência Brasil