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Operação no Rio gerou confronto entre PF e Polícia Civil

policia_federalOs bastidores da Operação Guilhotina, deflagrada no dia 11 no Rio, revelam situações de confronto entre a Polícia Federal, no comando das ações, e a cúpula da Polícia Civil, alvo da investigação.

A partir da operação, 44 pessoas –entre elas 32 policiais civis e militares– foram denunciadas à Justiça sob suspeita de cometerem crimes como desvio de armas apreendidas e vazamento para criminosos de informações.

Também resultou no indiciamento do ex-chefe da Polícia Civil Allan Turnowski, que deixou o cargo na semana passada suspeito de passar informações sobre a Operação Guilhotina. Turnowski nega.

A operação começou a ser montada em setembro de 2009. Naquela época, o vazamento de informações sobre a Operação Paralelo 22, que a PF faria contra traficantes da Rocinha, intrigou os agentes. A PF havia pedido o apoio das polícias Civil e Militar.

A Polícia Federal solicitou ajuda para prender Magno Pereira, policial da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas) infiltrado no tráfico. Os federais descobriram que ele tinha se transformado em um informante dos traficantes. Recebia R$ 100 mil por mês.

Segundo a PF, o então chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski, foi incumbido de organizar a busca por Pereira. Ele foi preso em 27 de agosto. A partir dos depoimentos de Pereira, a PF passou a trabalhar com escutas telefônicas. Uma das gravações mostra Turnowski conversando com um inspetor investigado –ele pede cuidado ao policial, dizendo que a Polícia Civil “era a bola da vez”.

Fonte: Agora São Paulo