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Obama modera o tom sobre Trump e procura assegurar manutenção de alianças

O presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, abandonou os alertas ousados e previsões sombrias sobre seu sucessor recentemente eleito, Donald Trump, e pediu para que os americanos deem tempo ao republicano para que ele se eleve às responsabilidades do cargo. As palavras de Obama contrastam com as de seus aliados, que rapidamente condenara, as primeiras decisões de Trump.

Obama procurou assegurar a um mundo ansioso sobre o comprometimento de seu sucessor com a alianças internacionais. Embora ele não tenha dito especificamente que Trump era qualificado para o cargo, Obama afirmou que acredita que o republicano faria seu melhor para unir a nação, chamando-o de pragmático. O democrata ainda expressou esperança de que o peso da presidência forçará Trump a superar suas deficiências.

“Ele venceu. Ele será o próximo presidente e independentemente de qual experiência ou pretensão ele trouxe para o gabinete, esse gabinete tem um jeito de acordá-lo”, disse Obama. “E alguns dos dons que obviamente permitiram que ele realizasse uma das maiores reviravoltas políticas da história serão usados ao lado de todo o povo americano”.

Há apenas uma semana, Obama disse que Trump era “lamentavelmente despreparado para o cargo e não conseguiria lidar com os códigos nucleares”, enquanto fazia campanha para Hillary Clinton. Muitos partidários de Obama, no entanto, pediram para que se rejeite ações de um homem que enfrenta acusações de machismo, racismo e xenofobia.

Sobre as alianças internacionais, embora Trump tenha criticado a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Obama disse que o republicano parecia adotar um tom diferente quando eles se encontraram no Salão Oval na semana passada.

O presidente disse que Trump “expressou grande interesse na manutenção dos principais relacionamentos estratégicos, incluindo os da Otan”. “Relacionamentos e políticas vão além dos presidentes”, disse. “Diplomatas, autoridades militares e oficiais de inteligência vão cooperar com seus colegas estrangeiros como antes”.

Questionado sobre um dos movimentos mais controversos de Trump desde sua vitória – nomeando Steve Bannon como estrategista-chefe do governo -, Obama disse que cabe ao presidente eleito montar sua equipe.

Obama disse que enquanto estiver visitando Alemanha, Grécia e Peru, sua equipe aceleraria os esforços para garantir uma transição suave para o novo governo. Ele ressaltou que tentaria fortalecer a economia americana em seus últimos dois anos como presidente, mas reconheceu que não tomaria nenhuma ação dramática para fechar a prisão na Baía de Guantánamo, em Cuba.

Fonte: Agência Estado