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Mundo deve atuar se ataques na Líbia continuarem, diz Otan

MUNDO-LIBIA-GADDAFI-AVANAO chefe da Otan disse na segunda-feira que não acredita que a comunidade internacional vá deixar de agir se o líder líbio Muammar Gaddafi continuar a atacar seus oponentes.

O secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, reiterou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte não tinha intenção de intervir na Líbia e somente o faria se o Conselho de Segurança da ONU pedisse por isso –algo que analistas dizem ser pouco provável, dada a oposição da China e da Rússia.

“Apesar disso, é uma situação que está em andamento e eu não posso imaginar que a comunidade internacional e a Organização das Nações Unidas (ONU) fiquem indiferentes se Gaddafi e seu regime continuarem a atacar o povo”, disse Rasmussen em uma entrevista de rotina à imprensa em Bruxelas.

Rasmussen disse que os ataques a civis poderiam se tornar em crimes contra a humanidade, os mesmos que provocaram pedidos de intervenção ao redor do mundo. Tal intervenção, entretanto, poderia enfrentar oposição, dadas as sensibilidades na região.

“Esse é exatamente o dilema e a razão por que é importante que fiquemos em contato com as organizações regionais como a Liga Árabe e a União Africana”, disse.

“E é a razão por que é importante que qualquer operação da Otan aconteça de acordo e seguindo uma resolução do Conselho de Segurança da ONU”, acrescentou.

Rasmussen disse que a aliança estava estudando um plano de contingência “prudente”, caso seja chamada a montar uma operação como a de uma “zona de exclusão aérea”, um pedido dos opositores de Gaddafi.

Analistas dizem que sem o suporte da ONU ou da Otan, o apoio para qualquer zona de exclusão teria que vir de uma coalizão menor, liderada por Estados Unidos e Grã-Bretanha.

Fonte: Reuters