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Mudanças no comando da Petrobras são “inevitáveis”, dizem analistas

A decisão da presidente Dilma Rousseff de tirar Maria das Graças Foster da presidência da Petrobras ─ que ficará no cargo até o fim deste mês, segundo informações do jornal “Folha de S.Paulo” ─ desataram uma onda de especulações sobre quem poderia tomar as rédeas da estatal.

Mas uma mudança na cúpula da Petrobras está longe de contribuir para resolver a crise de credibilidade em que a empresa está mergulhada ou reduzir a sua vulnerabilidade a novos esquemas de corrupção, dizem eles.

“Quem mais ganhou com esses rumores foram especuladores que compraram as ações da empresa em baixa e puderam vendê-las com essa valorização”, opina Francisco Vignoli, especialista em administração pública da Fundação Getúlio Vargas.

Para Sérgio Lazzarini, professor do Insper que tem estudado o sistema de governança em empresas petrolíferas estatais, o ideal seria que a atual presidente fosse substituída por um nome “forte”. “Teria de ser uma figura com certa estabilidade, ‘intocável’, como o ministro (da Fazenda), Joaquim Levy”, opina.

“Mas mesmo que fosse conseguido alguém com esse perfil, a troca de comando não será suficiente para blindar a estatal de ingerências políticas indevidas, impedir o surgimento de novos esquemas de corrupção e fazer com que suas decisões atendam a interesses de Estado, não de governo.”

Entre os cotados para substituir Foster, estão o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o ex-presidente da OGX Rodolfo Landim e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli, este último desafeto de Dilma.

Fonte: Último Segundo