Promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pediram nesta quinta-feira (6) nova prisão do ex-médico Roger Abdelmassih, condenado por estupros de pacientes. Ele responde ao processo em liberdade, mas, segundo a Promotoria, ao tentar requerer seu passaporte, demonstrou intenção de fuga.
Abdelmassih entrou com uma petição em um habeas corpus pedindo que o STF (Supremo Tribunal Federal) declarasse não haver impedimento em sua obtenção de passaporte à Polícia Federal de São Paulo. O pedido foi registrado no dia 30 de dezembro, mas, como a Corte está em recesso, não houve decisão. Informada sobre o pedido, a PF informou aos promotores, que requereram a prisão.
O advogado José Luiz de Oliveira Lima, que representa Abdelmassih, classificou o pedido do Ministério Público de “arbitrário” e afirmou que já requereu o cancelamento do pedido junto ao STF. “Nós comunicamos à juíza que nós tínhamos pedido apenas a renovação do documento. Alguém que quer fugir do país não vai até a Polícia Federal comentar sua fuga, concorda? Mas diante do sensacionalismo do MP, entramos com uma petição informando da desistência”, afirmou.
Segundo o Tribunal de Justiça, a juíza que deve analisar o pedido é Kenarik Boujikian Felippe, da 16ª Vara Criminal de São Paulo, a mesma que condenou Abdelmassih a uma pena de 278 anos de reclusão em regime inicial fechado. Ela ainda deve decidir se decreta a prisão. O ex-médico foi acusado por 56 estupros contra 39 pacientes, cometidos, segundo denúncia do Ministério Público, entre 1995 e 2008, nas dependências de sua clínica de reprodução humana, na capital paulista.
Fonte: UOL
