A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária do suspeito de participar do crime contra os estudantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na última quarta-feira. Os estudantes estavam no bar com amigos quando criminosos atiraram em direção a Christopher Akiocha Tominaga, de 24 anos, e seu colega de curso, Júlio César Grimm Bakri, que morreu antes de chegar ao hospital.
De acordo com a polícia, após investigação, o suspeito foi para averiguação. O jovem estaria com um machucado na perna. Nas imagens divulgadas por uma câmera de segurança, após os disparos, um dos homens sai correndo mancando e cai duas vezes.
A mãe, a noiva, um cunhado e um amigo do jovem também estiveram na delegacia para acompanhar o depoimento. Segundo eles, o jovem, que tem 28 anos e é formado em Ciências da Computação, estava em casa e com a família no momento do crime, em um encontro religioso, e não tem envolvimento com o caso.
Os parentes afirmaram que ele está mancando por ter feito uma cirurgia no pé na última quarta-feira. A polícia investiga essa informação.
O corpo de Júlio César Grimm Bakri, de 22 anos, aluno do 4º ano de Administração de Empresa na Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi cremado na manhã desta sexta-feira, no cemitério da Vila Alpina, na zona leste de São Paulo. Segundo um parente do estudante, presente no velório, Júlio César era um rapaz calmo e excelente aluno. “A família não faz ideia do que aconteceu”, afirmou ao iG.
Júlio César foi atingido por cinco tiros quando estava em um bar ao lado da faculdade, na Bela Vista, região central de São Paulo, e morreu antes de chegar ao hospital. Christopher Akiocha Tominaga, de 23 anos, que estava com Júlio na mesma mesa, recebeu quatro tiros, tendo o rim esquerdo perfurado e a perna direita atingida. Ele passou por cirurgia e está em estado grave, mas estável, na UTI do Hospital das Clínicas.
Na noite de quinta-feira, cerca de 10 amigos e 20 familiares velaram o corpo do estudante. Segundo um parente que preferiu não se identificar, Júlio César nunca se envolveu com drogas ou com brigas. Ao falar sobre as caracteristicas do jovem, ele descreveu a vítima como “acanhado”, mas contou que sempre teve “muitos amigos”.
Júlio César se mudou de Curitiba, onde moram os pais, para São Paulo depois de passar no concorrido vestibular da FVG. Filho de mãe de origem alemã e de pai de origem libanesa, Júlio morava sozinho e era sustentado na capital paulista pela família. Ele tinha um irmão e uma irmã. “Os pais estão inconsoláveis. Não devem acompanhar a investigação. Eles devem voltar para Curitiba amanhã (sexta-feira), após a cremação do corpo”, afirmou o parente, durante o velório na quinta-feira.
Fonte: IG