Vida FM Asa Branca Salgueiro FM Salgueiro FM

Ministro da Justiça diz que PF vai prender maus policiais no Rio

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, confirmou nesta sexta-feira no Rio de Janeiro que a Polícia Federal vai atuar junto à Secretaria de Estado de Segurança (Seseg) no monitoramento de policiais civis e militares e que, se for necessário, fará prisões durante a operação para a tomada das favelas da Rocinha e do Vidigal, preparada para ocorrer neste fim de semana.

Segundo ele, o ministério disponibilizará todo o efetivo que o Estado necessitar para a operação. “Existe já há algum tempo a colaboração com a Secretaria de Segurança para que possamos atuar prendendo esses maus policiais. Sempre que for necessário, nós vamos intervir. A Polícia Federal está junto com o governador e com o secretário (José Mariano Beltrame) para coibir essa prática”, afirmou.

No ano passado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Guilhotina, que prendeu policiais civis que atuaram na tomada do Complexo do Alemão, ajudando na fuga de traficantes e dividindo o chamado “espólio de guerra”. Muitos deles deixaram de registrar apreensões e pegavam para si armas, drogas, dinheiro e até roupas de traficantes e moradores.

O ministro disse ainda que há total integração entre as polícias do Rio, a PF e as Forças Armadas para as operações de implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio. “O tempo inteiro temos essa troca de informações sendo feita em conjunto. Isso é a chave da questão: a total integração.”

Cardozo comentou ainda a possível transferência de traficantes presos, incluindo o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, para presídios de segurança máxima fora do Estado. Segundo o ministro, é aguardada a liberação da Justiça pra que a transferência ocorra. Ele disse que há vagas suficientes e que os quatro presídios federais de segurança máxima são os mais adequados para receber esses criminosos de alta periculosidade.

O ministro esteve hoje no Palácio da Guanabara, sede do governo do Rio, para assinar um convênio com o governador do Estado, liberando recursos de R$ 20 milhões para a instalação de núcleos de prevenção à violência em comunidades onde já existem UPPs. A ideia é prestar assistência jurídica e social por meio da Defensoria Pública nessas comunidades.

Fonte: Terra