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Malásia confirma que avião voou por horas depois de sumir dos radares

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou neste sábado em entrevista coletiva em Kuala Lumpur que o voo MH370 de Malaysia Airlines, que desapareceu com 239 pessoas no dia 8 de março, mudou de rota e voou durante horas na direção oeste.

Najib disse, em entrevista coletiva em Sepang, que alguém desligou os sistemas de comunicação da aeronave e depois a conduziu até dois pontos possíveis: Indonésia ou a fronteira entre Cazaquistão e Turcomenistão.

‘O percurso do avião até o momento em que saiu da cobertura do radar militar primário (da Malásia) é consistente com a ação deliberada tomada por alguém em seu interior’, afirmou o primeiro-ministro.

O governante se recusou a falar de sequestro, mas a exposição que apresentou aponta para esse sentido.

O primeiro-ministro explicou que, com as novas informações obtidas, o MH370 continuou emitindo sinais para um satélite até as 8h14 locais de sábado (21h14 de Brasília da sexta-feira).

O avião saiu de Kuala Lumpur às 0h41 locais do sábado (13h41 de Brasília da sexta-feira) e tinha previsão de chegada a Pequim cerca de seis horas mais tarde, mas desapareceu dos radares 40 minutos depois da decolagem.

O Boeing tinha combustível para 7 horas e meia de voo, segundo a Malaysia Airlines, e transportava 239 pessoas: 227 passageiros, entre eles duas crianças, e uma tripulação de 12 malaios.

Depois de vários dias, Najib confirmou que os dados recebidos por um radar militar correspondem ao MH370 e provam que o avião mudou de rota, cruzou o Estreito de Malaca e seguiu rumo ao oeste.

‘As buscas entraram em uma nova fase. Esperamos que esta nova informação nos aproxime de sua localização’, declarou o primeiro-ministro.

As operações de busca pelo avião tinham se concentrado até o momento no Mar da China Meridional.

‘Estou muito agradecido pelo anúncio do primeiro-ministro, agora está claro que podem encontrar o avião, e que o avião está bem’, disse Selamat Omar aos jornalistas no Hotel Everly, segundo o jornal ‘The Malay Mail’.

‘Espero que todos os passageiros estejam bem’, acrescentou o malaio, cujo filho de 28 anos estava no voo MH370.

A lista de passageiros da Malaysia Airlines que estavam no Boeing 777-200 contém 153 chineses, 38 malaios, sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um italiano, um holandês, um austríaco e um taiwanês.

Descobriu-se posteriormente que o italiano e o austríaco eram na verdade dois iranianos que viajavam com passaportes roubados e buscavam uma vida melhor na Europa. EFE