O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF) negou que tenha determinado a manutenção da prisão de investigados ligados a empreiteiras para forçá-los a fazer acordos de delação premiada. A acusação fora feita por advogados de executivos presos pela PF.
“Se, após a prisão, o investigado decidir colaborar, ou não, com a investigação, trata-se de escolha voluntária dele, que não guarda relação necessária com a manutenção ou revogação da preventiva, o que será decidido à parte”, argumenta Moro, em despacho do processo.
O juiz também procurou desvincular suas decisões dos acordos de delação. “Este julgador autorizou a soltura de vários dos investigados presos temporariamente e indeferiu a prisão preventiva requerida pelo MPF (Ministério Público Federal) de outros, sem qualquer correlação necessária com a colaboração deles com a investigação”, afirmou, se defendendo ainda da acusação de que oculta nomes de parlamentares nos processos para manter a investigação na primeira instância.
Semana passada, o advogado do vice-presidente da empresa Engevix, Gerson de Mello Almada, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão da investigação por Moro.
Fonte: Monitor Mercantil