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Funcionários de usina em RO voltam para casa após onda de violência

economia_diferenca_entre_benefA maior parte dos trabalhadores do canteiro de obras da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira (RO), já começou a voltar para suas casas. Para este final de semana, foram fretados 12 voos para o embarque de 2.000 funcionários, informou a Camargo Corrêa, empresa responsável pelas obras.

Mais de 300 ônibus complementam o transporte de mais de 8 mil pessoas que passaram pelos quatro centros de triagem instalados na capital Porto Velho, ainda de acordo com a empresa.

Em nota, a Camargo Côrrea também ressaltou que as condições de trabalho em Jirau “são as melhores disponíveis no País”, pois possuem ar condicionado e refeitório com funcionamento 24 horas, entre outros equipamentos.

As manifestações que acontecem desde o início da semana deixaram carros e alojamentos queimados. Na manhã de sexta-feira (18), os alojamentos da empresa Enesa Engenharia S.A, que atua no canteiro de obras da hidrelétrica de Jirau, foram novamente atacados. Funcionários da empresa receberam uma ameaça de que o alojamento seria incendiado se eles voltassem a trabalhar.

Cerca de 7.000 homens da hidrelétrica foram alojados em quatro estabelecimentos privados, que foram alugados pela construtora Camargo Correia, segundo Renato Penteado, diretor da empresa. Originalmente, as 46 turbinas de Jirau estavam previstas para iniciar operação até maio de 2014.

Os incidentes registrados no canteiro de obras da usina devem comprometer o cronograma de construção da hidrelétrica. O presidente da Energia Sustentável do Brasil, Victor Paranhos, revelou que a concessionária irá rever o cronograma de implementação da Casa de Força n.º 1 do projeto.

– Estamos avaliando como manter o cronograma da usina e voltar ao ritmo de obras verificado antes do tumulto.

As dificuldades no cronograma estão relacionadas aos problemas de mão de obra. O executivo explicou que a concessionária não dispõe de estrutura física para abrigar todos os 18 mil funcionários do empreendimento e que a capacidade de alojamento foi reduzida para cerca de 8 mil pessoas por causa dos protestos.

Fonte: R7