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Daniel Coelho ganha apoio de Saburido na luta contra instalação de usina nuclear em Pernambuco

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O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, recebeu o deputado Daniel Coelho (PV), na manhã de hoje, e afirmou que o parlamentar pode contar com seu apoio na luta contra a instalação de uma usina nuclear no Estado. “O Brasil dispõe de tantas outras fontes, como a eólica e a solar. Vamos levar esse assunto para nossas reuniões”, afirmou Dom Fernando.

Na próxima semana, Daniel Coelho inicia uma agenda ambiental que realizará ao longo do mês, em todas as regiões do Estado. “Como o tema da Campanha da Fraternidade este ano (“Fraternidade e a Vida no Planeta”) é voltado para o meio ambiente e a Igreja tem largo alcance social, será interessante podermos trabalhar juntos”, observou o deputado.

A viagem começa pela região do São Francisco, no município de Itacuruba, que está sendo apontado como local para primeira usina nuclear do Nordeste. “Embora o próprio governador negue planos, a médio prazo, para instalação de uma usina no Estado, não temos uma decisão definitiva sobre o tema e acredito que o assunto deve ser debatido exaustivamente com a sociedade “.

Daniel Coelho foi o primeiro deputado pernambucano a se posicionar contra a instalação de uma usina nuclear em Pernambuco. E tem levado o assunto ao plenário sempre que surge uma novidade.

Fonte: Blog da Folha

Sem teto é atingida por caminhão na BR-116, em Salgueiro

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Uma sem teto morreu tarde deste domingo (29) ao ser esmagada por uma carreta na BR-116, em frente o Hotel Imperador, na cidade de Salgueiro. Conforme informações de populares, colhidas por nossa reportagem ‘in loco’, a mulher vivia debaixo de uma árvore próximo ao local do acidente e teria se jogado na frente do veículo pesado. Ela foi totalmente desfigurada pelo caminhão, que evadiu local.

Na pista ficou restos de miolos e pequenos pedaços do corpo da sem teto, que, de acordo com informações de testemunhas, aparentava ter entre 23 e 24 anos. A Polícia Rodoviária Federal e o Corpo de Bombeiros estão no local realizando os devidos procedimentos. Até o momento a polícia desconhece a identidade da vítima. A bolsa da mulher foi encontrada na rodovia, mas não tem documentos que possa ajudar a identificá-la.

Por Chico Gomes

(Ir)responsabilidade nuclear

heitorNão podemos nos esquecer dos trágicos e desastrosos acidentesnucleares ocorridos nos últimos anos, em Three Mile Island, na Pensilvânia – Estados Unidos em 1979, em Chernobyl-Ucrânia em 1986, emais recente em Fukushima-Japão.

Para se ter uma idéia da dimensão dos problemas, o acidente em Three Mile Island, ficou no nível 5. O de Chernobyl e o de Fukushima nonível máximo 7, considerado como acidente grave pela Escala Internacional de Eventos Nucleares – INES, que mede a gravidade dedesastres atômicos.

Os acidentes de 1979 e de 1986 foram causados por falhas humanas que provocaram um superaquecimento no reator, e vazamento de material radioativo para a atmosfera. Já o mais recente e dramático acidente emFukushima, ocorreu depois de um terremoto seguido de Tsunami. Também neste caso houve liberação de radioatividade para o meio ambiente, levando a evacuação de mais de 170.000 pessoas no entorno de 30 km dolocal do acidente.

Pouco divulgadas são as anomalias menos graves que ocorrem nas 442 usinas nucleares espalhadas pelo mundo. Mesmo assim, há de se considerar que a segurança destas usinas teve avanços importantes nosúltimos anos. Todavia, continuam suscetíveis a erros humanos, erros técnicos e desastres naturais.

Mesmo com as evidências e com as imagens instantâneas vistas da explosão de reatores da usina de Fukushima, os (ire)responsáveis e defensores da construção de novas usinas, continuam minimizando os riscos desta fonte de geração de energia elétrica. Afirmam que asegurança das centrais nucleares é perfeita, e que o risco épraticamente zero. Tentam tranqüilizar as pessoas, afirmando que aevolução tecnológica levou as usinas nucleares a se modernizarem e serem praticamente imunes a acidentes. É citado nos discursos “operigo zero” que representa as centrais nucleares.

No acidente de Fukushima o que vimos na realidade, foi à impotência dos técnicos de nada poderem fazer para evitar a liberação de radioatividade para o meio ambiente. Portanto, os perigos ainda existem, e ocorrendo acidentes provocam graves danos à saúde e uma enorme devastação com a contaminação da água, solo e ar. Esta fonte energética é desastrosa para a vida.

Mesmo não ocorrendo acidentes, para os rejeitos produzidos durante a geração elétrica, não se pode garantir sua segurança nos depósitos por milhares de anos. A atividade radioativa do lixo atômico sobreviverá muito tempo, mesmo depois que a usina for desativada, legando assim para as gerações futuras um problema considerável. Sem falar no desastre ambiental produzido já na mineração do urânio.

No caso brasileiro o elevado custo de construção de usinas nucleares (aproximadamente 8 bilhões de dólares cada uma), associado a uma tendência de alta devido ao rigor que será exigido com relação aos padrões de segurança pós-Fukushima, não compensará o uso que se fará da energia. Sem dúvida o impacto imediato será “sentido” nas tarifas elétricas. Pagamos uma das mais altas tarifas do mundo, e com tendência de aumento para os próximos anos. Sem nenhuma dúvida pode-se afirmar que o uso da eletricidade nuclear irá contribuir ainda mais para a elevação das tarifas de energia elétrica.

A história do nuclear mostra que sempre foi e continua sendo, mesmo com a nova geração de reatores, uma indústria altamente dependente de subsídios públicos. O que significa dizer que quem vai pagar a contada imensa irresponsabilidade de se implantar estas usinas em nosso país será a população de maneira geral, e em particular os consumidores.

Heitor Scalambrini Costa – Professor da Universidade Federal de Pernambuco

Operadora de usina nuclear do Japão encerra vazamento

A operadora da usina nuclear japonesa Fukushima Daiichi, danificada pelo tsunami e o terremoto de 11 de março, disse nesta quarta-feira que um novo vazamento de água radioativa, que estaria indo para o oceano, já foi fechado.

Segundo um porta-voz da Tokyo Electric Power Co. (Tepco), trabalhadores conseguiram fechar o vazamento que foi descoberto mais cedo nesta quarta-feira em um poço de armazenamento externo do reator 3 da usina Daiichi, a poucos metros do mar.

O reator 2 da usina teve vazamentos semelhantes que a operadora conseguiu controlar no mês passado com vidro líquido e outras substâncias.

Desde o terremoto e o tsunami de 11 de março no nordeste do Japão, a Tepco está tendo que despejar água sobre os reatores para resfriá-los, mas também foi necessário encontrar espaço para armazenar a água contaminada.

O Ministério das Relações Exteriores de Japão informou os Estados Unidos e países vizinhos sobre o vazamento desta quarta, segundo Hidehiko Nishiyama, porta-voz da agência de segurança nuclear japonesa.

A China e a Coreia do Sul criticaram o Japão quando o país despejou milhares de toneladas de água contaminada da usina no mar, no mês passado, sem um aviso prévio.

Fonte: Reuters

Eduardo Campos vence batalha com governador da Bahia e leva usina nuclear para Itacuruba

usina-nuclear-emitindo-vapor-nao-toxicoOs moradores de Itacuruba, a 124 quilômetros de Salgueiro, irão conviver com uma usina nuclear ao lado. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou para Eduardo Campos que a usina será mesmo edificada nas imediações do município de Belém de São Francisco. A quarta usina nuclear que será construída no Brasil estava sendo disputada acirradamente pelos governadores de Pernambuco e da Bahia. Itacuruba receberá uma das três novas geradoras de energia que serão construídas no Brasil, com autorização do Conselho Nacional de Política Energética.

Segundo informações da imprensa de Recife, o anúncio oficial do local escolhido deverá ser feito por Lobão no mês junho. Especificações técnicas e o cronograma da obra já foram divulgados. A usina contará com seis reatores que produzirão 6.600mw de energia. Construção da geradora está orçada em R$ 10 milhões. O terreno deve ser adquirido até 2012. A aquisição das licenças ambientais deve acontecer em 2013 e o início das obras em 2015. Somente em 2020 a usina entrará em atividade.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

Empresa espera esfriar reatores de Fukushima em até três meses

14_mvg_mun_usinaO presidente da Tokio Electric Power (Tepco), empresa responsável pela operação da central nuclear de Fukushima, apresentou neste domingo um plano para solucionar os problemas que vem sendo apresentados pelaa unidade, desde que o sistema de refrigeração da usina foi danificado pelo tsunami que atingiu o Japão no dia 11 de março.

Segundo a companhia japonesa, as piscinas de combustível nuclear e os reatores serão esfriados em três meses, e totalmente estabilizados entre seis e nove meses. No mesmo período, os técnicos também devem cobrir e isolar os prédios onde estão localizados os equipamentos afetados.

A Tepco espera que até o início do verão do hemisfério norte (junho) tenha concluído um novo sistema para refrigerar os reatores que sofreram o acidente e drenar a água contaminada.

Para o ministro do Comércio e Indústria, Banri Kaieda, este plano de ação servirá para passar da atual fase de emergência para a de estabilização.

“O governo apela junto à Tepco que aplique seu plano de ação com constância e, inclusive, mais rápido que o previsto”, acrescentou.

Kaieda também declarou que o governo revisará num prazo entre seis e nove meses a área de evacuação em torno da central. No momento, o governo decretou uma zona de exclusão de 20 km ao redor da central, mas pediu que a população abandonasse também a zona num raio de 30 km.

Fonte: Jornal do Brasil

Usina no Japão poderá ter de pagar até R$ 41 bilhões em indenizações

uploads_828177301A Tokyo Electric Power Company (Tepco), empresa que opera a usina nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, poderá ter de pagar até US$ 26 bilhões (cerca de R$ 41 bilhões) em indenizações, segundo avaliação do banco JP Morgan.

A companhia está tentando conter um vazamento de radiação na central nuclear e, nesta terça-feira, as autoridades do Japão elevaram a gravidade da crise nuclear no país para o nível máximo, o nível 7, o mesmo adotado na crise nuclear desencadeada pelo desastre de Chernobyl, em 1986.

A decisão de elevar o nível de ameaça foi tomada depois que especialistas estimaram em o nível de radiação em 10 mil terabecquerels (TBq) por hora na usina de Fukushima por várias horas. A medição seria compatível com a classificação de nível sete, segundo a Escala Internacional de Eventos Nucleares.

Não ficou claro quando exatamente esse nível foi atingido, mas os níveis teriam em seguida caído para menos de um TBq por hora, segundo relatos locais. O nível sete significa “um grande acidente” com “consequências mais amplas” que o nível anterior, segundo as explicações dos especialistas.

Fonte: IG

OEA solicita suspensão imediata de Belo Monte

b20110405160511_aA Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) solicitou oficialmente que o governo brasileiro suspenda imediatamente o processo de licenciamento e construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte, no Pará, citando o potencial prejuízo da construção da obra aos direitos das comunidades tradicionais da bacia do rio Xingu. Abaixo, os pontos mais importantes da nota divulgada pelo Movimento Xingu Vivo para Sempre e do documento da OEA:

De acordo com a CIDH, o governo deve cumprir a obrigação de realizar processos de consulta “prévia, livre, informada, de boa-fé e culturalmente adequada”, com cada uma das comunidades indígenas afetadas antes da construção da usina. O Itamaraty recebeu prazo de quinze dias para informar à OEA sobre o cumprimento da determinação.

O documento da OEA afirma que o Brasil deve garantir que as comunidades indígenas beneficiárias tenham acesso a um estudo de impacto social e ambiental do projeto em um formato acessível tanto à sua extensão como no que diz respeito à tradução aos respectivos idiomas indígenas.

A decisão da CIDH é uma resposta à denúncia encaminhada em novembro de 2010 em nome de varias comunidades tradicionais da bacia do Xingu pelo Movimento Xingu Vivo Para Sempre (MXVPS), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Prelazia do Xingu, Conselho Indígena Missionário (Cimi), Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), Justiça Global e Associação Interamericana para a Defesa do Ambiente (AIDA).

De acordo com a denúncia, as comunidades indígenas e ribeirinhas da região não foram consultadas de forma apropriada sobre o projeto que, caso seja levado adiante, vai causar impactos socioambientais irreversíveis, forçar o deslocamento de milhares de pessoas e am eaçar uma das regiões de maior valor para a conservação da biodiversidade na Amazônia.

A CIDH também determina ao Brasil que adote medidas vigorosas e abrangentes para proteger a vida e integridade pessoal dos povos indígenas isolados na bacia do Xingu, além de medidas para prevenir a disseminação de doenças e epidemias entre as comunidades tradicionais afetadas pela obra.

O Ministério Público Federal no Pará impetrou 10 ações judiciais contra o projeto, que ainda não foram julgadas definitivamente.

A decisão da CIDH determinando a paralisação imediata do processo de licenciamento e construção de Belo Monte está respaldada na Convenção Americana de Direitos Humanos, na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Declaração da ONU sobre Direitos Indígenas, na Convenção sobre Biodiversidade (CBD) e na própria Constituição Federal brasileira (Artigo 231).

Fonte: UOL

Brasil rediscute sua política de energia nuclear

A tragédia japonesa desencadeada pelo terremoto seguido de tsunami devastou parte da costa do Japão e reacendeu a discussão sobre plantas nucleares no Brasil. Enquanto o mundo assiste às várias tentativas de controlar os vazamentos do complexo nuclear de Fukushima Daiichi, o governo brasileiro se apressa em rever o projeto nuclear brasileiro, em especial a construção da usina Angra 3.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu a necessidade de se rediscutir o uso da energia nuclear a partir do que aconteceu no Japão. Para o senador, muito embora não acredite que o programa nuclear brasileiro sofrerá alguma paralisação, certamente os projetos de novas instalações serão melhor dimensionados. “Se elas já sofreram no passado algumas restrições, acredito que agora, com esse problema do Japão, vamos ter que parar um pouco para pensar”, afirmou José Sarney. “Evidentemente vão ser tomadas medidas de muito maior cuidado e revisão. Ao mesmo tempo, o governo deve fazer uma análise das nossas usinas em relação ao que aconteceu. Mas, acho que esse debate é para cientistas”, afirmou o presidente do Senado.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que possíveis mudanças no programa nuclear brasileiro dependem da definição de “novos protocolos internacionais de segurança”, que certamente serão firmados depois da tragédia no Japão. Ao mesmo tempo, defendeu o uso de outras fontes de energia: “Felizmente, somos um país que tem alternativas. Nosso potencial hidrelétrico está sendo utilizado, estamos avançando para aumentar eficiência energética da cana, temos grande potencial para energia solar e eólica. Acompanhamos com muita atenção o que acontece no Japão e que certamente vai gerar um grande debate sobre o futuro da energia nuclear. Novos protocolos surgirão e o Brasil vai sempre exigir todo rigor do ponto de vista de segurança”.

Mercadante disse, ainda que o programa nuclear brasileiro tem uma linha de defesa mais rigorosa, já que usamos dois modelos de reatores distintos, mais moderno, com paredes mais robustas do que as dos reatores japoneses, capazes de suportar tsunamis de até sete metros de altura e terremotos que atinjam os 6,5 graus na escala Richter.

Fonte: Diário do Nordeste

Funcionários de usina em RO voltam para casa após onda de violência

economia_diferenca_entre_benefA maior parte dos trabalhadores do canteiro de obras da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira (RO), já começou a voltar para suas casas. Para este final de semana, foram fretados 12 voos para o embarque de 2.000 funcionários, informou a Camargo Corrêa, empresa responsável pelas obras.

Mais de 300 ônibus complementam o transporte de mais de 8 mil pessoas que passaram pelos quatro centros de triagem instalados na capital Porto Velho, ainda de acordo com a empresa.

Em nota, a Camargo Côrrea também ressaltou que as condições de trabalho em Jirau “são as melhores disponíveis no País”, pois possuem ar condicionado e refeitório com funcionamento 24 horas, entre outros equipamentos.

As manifestações que acontecem desde o início da semana deixaram carros e alojamentos queimados. Na manhã de sexta-feira (18), os alojamentos da empresa Enesa Engenharia S.A, que atua no canteiro de obras da hidrelétrica de Jirau, foram novamente atacados. Funcionários da empresa receberam uma ameaça de que o alojamento seria incendiado se eles voltassem a trabalhar.

Cerca de 7.000 homens da hidrelétrica foram alojados em quatro estabelecimentos privados, que foram alugados pela construtora Camargo Correia, segundo Renato Penteado, diretor da empresa. Originalmente, as 46 turbinas de Jirau estavam previstas para iniciar operação até maio de 2014.

Os incidentes registrados no canteiro de obras da usina devem comprometer o cronograma de construção da hidrelétrica. O presidente da Energia Sustentável do Brasil, Victor Paranhos, revelou que a concessionária irá rever o cronograma de implementação da Casa de Força n.º 1 do projeto.

– Estamos avaliando como manter o cronograma da usina e voltar ao ritmo de obras verificado antes do tumulto.

As dificuldades no cronograma estão relacionadas aos problemas de mão de obra. O executivo explicou que a concessionária não dispõe de estrutura física para abrigar todos os 18 mil funcionários do empreendimento e que a capacidade de alojamento foi reduzida para cerca de 8 mil pessoas por causa dos protestos.

Fonte: R7

Construção de Jirau é suspensa depois de invasão

10572574A Camargo Corrêa, empresa responsável pelas obras civis da hidrelétrica Jirau, do Rio Madeira (RO), informou que o canteiro de obras do projeto está fechado por motivo de segurança. Com isso, a construção do empreendimento está suspensa por tempo indeterminado.

De acordo com informações da assessoria de imprensa da companhia, a decisão de retirar os funcionários do canteiro foi tomada após uma invasão de um grupo de pessoas encapuzadas na madrugada de hoje, que depredaram os alojamentos dos empregados da usina. Diante do clima de insegurança, a Camargo Corrêa decidiu retirar os 10 mil funcionários que trabalhavam no turno da noite. No momento, não há nenhum trabalhador dentro do canteiro de obras do empreendimento.

Segundo a Camargo Corrêa, a invasão desta madrugada não teria nenhuma relação com os funcionários da usina. Procurada pela reportagem, a Energia Sustentável do Brasil, concessionária de Jirau, confirmou a paralisação das obras, mas afirmou que não há informações, no momento, do tamanho do prejuízo provocado pelo novo tumulto e pela suspensão da construção do empreendimento.

Esse é o segundo episódio de violência registrado no canteiro de obras de Jirau nesta semana. Na noite de terça-feira e madrugada de ontem, 300 empregados da usina provocaram um tumulto no local, depredando alojamento, saqueando os estabelecimentos comerciais e destruindo os ônibus de transporte. A Polícia Militar foi acionada para conter a situação.

Fonte: Estadão

Xavier é contra usina nuclear em Pernambuco

11645044mPor Aline Moura

As principais lideranças do Partido Verde estadual mostraram ter pelo menos um ponto em comum, ontem, ao falar sobre a possível instalação de uma usina nuclear em Pernambuco, cogitada para ser erguida no município de Itacuruba, Sertão do São Francisco, a 466 quilômetros do Recife. O secretário de Meio Ambiente do estado, Sérgio Xavier, e o deputado estadual Daniel Coelho estão em lados opostos na política – um é governo o outro é oposição -, mas ambos têm visões parecidas quando o assunto é energia atômica. O polêmico tema foi levantado após o terremoto da semana passada que atingiu o Japão e provocou explosões nucleares nesse país. Os verdes se disseram contrários ao empreendimento.

Comedido nas palavras, Xavier explicou que o governo não tinha se reunido para discutir o assunto. Contudo, ele ressaltou que, do ´ponto de vista pessoal`, é contrário a uma usina em Itacuruba, pequena cidade banhada pelo Rio São Francisco. O investimento seria estimado em R$ 10 bilhões, segundo informações dadas pelo governo estadual no ano passado.

´Este assunto ainda não foi debatido, mas, como secretário de Meio Ambiente, vou aguardar o governo abrir essa discussão. Nós apresentaremos argumentos no sentido de fortalecer as fontes de energia limpas e renováveis, como a solar e a eólica (que provém do vento). Pernambuco, neste momento. tem projetos de usinas e fábricas de equipamentos nestas áreas e pode se destacar no cenário internacional`, disse o secretário.

Segundo Sérgio Xavier, as energias limpas podem gerar mais empregos que uma usina nuclear. O secretário frisou ainda não haver um estudo em Pernambuco que compare o número de vagas no mercado de trabalho, em relação às fontes de energia. Porém garantiu que as renováveis são mais descentralizadas e exigem mão de obra profissional menos qualificada. ´A energia solar e a eólica criam uma ampla cadeia de empregos, bem maior que a da energia atômica. Pernambuco tem uma bandeira que é um sol e a gente precisa aproveitá-lo. As usinas solares, por exemplo, podem ser criadas em todo o estado`, explicou Xavier. ´Essa visão não mostra apenas um olhar ambiental, mas levando em consideração os empregos`, pontuou.

Usinas terão sistema de segurança automático no Brasil, diz ministério

usina_1_2_3As quatro novas usinas nucleares que deverão ser construídas no país até 2030 terão um sistema de segurança superior aos empregados em Angra 1 e 2, no Rio de Janeiro, nas usinas japonesas que sofreram explosões após o terremoto, e até mesmo em Angra 3, ainda em construção, segundo Laercio Antonio Vinhas, diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério de Ciência e Tecnologia que planeja e fiscaliza o uso da energia no Brasil.

“As nossas novas usinas terão reatores de terceira geração, uma categoria mais avançada de segurança e que possui um sistema passivo de emergêncais, sem intervenção humana ou que outros sistemas de emergência sejam acionados. São usinas do novo século, similares às de Alemanha e Estados Unidos”, diz ele.

“Este novo sistema de terceira geração trabalha incorporando elementos de segurança passiva avançados para evitar acidentes”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Edson Kuramoto.

Segundo o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Aquilino Senra, o sistema de terceira geração pode ser considerado automático, pois o resfriamento do reator independe de alimentação elétrica externa e interna.

As usinas brasileiras hoje usam sistemas de segunda geração de segurança, em que há dispositivos de reserva que aliviam a pressão sobre o reator, conforme Kuramoto. Há também outro sistema de emergência, que funciona com bombas injetoras de baixa e alta pressão.

“O que aconteceu no Japão foi algo inusitado, pois os sistemas de refrigeração de emergência, que são geradores a diesel, são acionados e operaram, mas depois o tsunami danificou-os. Isso não aconteceria aqui no Brasil, pois temos proteção para estes geradores e o risco de ocorrer um tsunami quase inexiste”, afirma Vinhas.

Antes da construção de usinas nucleares, a CNEN exige um levantamento sobre os riscos que a planta poderá estar exposta e que haja proteção redobrada em todos os casos. “Calculamos os riscos de eventos externos em cada região. As usinas de Angra, por exemplo, pedimos proteção contra cismos, tsunamis, ventos fortes, tornado e até mesmo a explosão de um caminhão carregado de dinamite na rodovia Rio-Santos”, diz Vinhas.

“As usinas de Angra podem aguentar terremotos de até 6,5 graus na escala Richter e tsunamis com ondas de até 7 metros, pois foi incorporado no projeto uma barreira de pedras na costa, de frente para o mar. Melhorias em segurança podem ainda serem feitas, mas todos os critérios são analisados sobre quais as possibilidades que isso pode ocorrer por aqui”, diz Guilherme Camargo, engenheiro nuclear e diretor da Aben.

A Eletronuclear, empresa que administra a energia nuclear no país, possui um planejamento para a construção de pelo menos mais quatro usinas até 2030, com potência de 1.000 MW cada. A previsão, segundo a assessoria de imprensa da Eletronuclar, é de que duas sejam construídas no Nordeste e duas no Sudeste, mas a definição dos locais dependerá de questões políticas. Um estudo concluído pela empresa no final do ano passado será apresentado à presidente Dilma Roussef até metade de 2011 apontando 40 cidades com áreas estudadas e que podem receber uma usina nuclear.

No Nordeste, os estudos apontaram as margens do Rio São Francisco como a melhor opção para construção da próxima usina nuclear no país, segundo a Eletronuclear, quando foram identificados dois sítios potenciais nas regiões do médio e baixo São Francisco.

Fonte: G1

Japão enfrenta problema em segundo reator de usina nuclear

selo-especial-2011-terremos_no_japao-100x100A Agência de Segurança de Energia Nuclear do Japão anunciou neste sábado que outro reator da usina de Fukushima –que já sofreu uma explosão– está apresentando problemas em razão do terremoto que atingiu o país anteontem.

De acordo com as informações, o sistema de resfriamento do reator 3 também parou de funcionar, o mesmo problema que causou a primeira explosão na usina. Agora, segundo uma autoridade da agência, a instalação terá que assegurar o suprimento de água para esfriar o reator.

Na madrugada de ontem, uma explosão destruiu o teto da instalação do reator 1, levantando temores sobre uma possível liberação de radiação na área. Apesar disso, o governo afirmou, mais tarde, que a explosão não afetou o núcleo do reator e que apenas uma pequena quantidade desses materias foi liberada.

Segundo a autoridade, há uma possibilidade de que pelo menos nove pessoas tenham sido expostar à radiação, de acordo com informações dos governos municipais e outras fontes.

A comissão reguladora nuclear dos Estados Unidos (NRC) anunciou, neste sábado, o envio de dois especialistas ao Japão, após a explosão.

“Temos alguns dos melhores especialistas neste campo trabalhando para a NRC e estamos prontos para ajudar em qualquer coisa”, disse o presidente da comissão, Gregory Jaczko, em comunicado no qual anunciou o envio dos técnicos.

A NRC –agência que regula as usinas nucleares de uso comercial– disse que os técnicos são especialistas em reatores nucleares de água fervente.

O governo do Japão afirmou na tarde de ontem que o nível de radiação emitido pela instação parece ter diminuído após a explosão, que produziu uma nuvem de fumaça branca. Mas o perigo foi grande o suficiente para que as autoridades jogassem água do mar no reator para evitar um desastre e ainda tirassem 140 mil pessoas da área.

A explosão destruiu o prédio que abrigava o reator, mas não o reator em si, o que evitou um desastre maior. “Eles estão trabalhando desesperadamente para encontrar uma solução para esfriar o núcleo do reator”, afirmou Mark Hibbs, do Programa de Política Nuclear do Carnegie Endowment for International Peace.

A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) confirmou a informação de que o reator não havia sido danificado, desmentindo especulações de que um acidente mais grave como o da central ucraniana de Tchernobil, pudesse ocorrer.

Para limitar o dano ao núcleo do reator, por causa do terremoto e posterior tsunami ocorrido no litoral japonês, a Tepco propôs que água do mar seja misturada com boro para ser injetada no recipiente primário de contenção, segundo o comunicado divulgado pela AIEA em Viena.

A AIEA acrescentou que esta medida foi aprovada pela Nisa (Agência de Segurança Nuclear e Industrial) e que o processo de injeção começou às 20h20 no horário local (8h20 de Brasília).

Fonte: Folha Online

Forte explosão em central nuclear japonesa deixa feridos

12_mhb_mun_fukushima1Uma explosão na central nuclear de Fukushima, Japão, neste sábado (12/03), deixou vários feridos, informou a emissora japonesa NHK. A usina foi danificada pelo terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter que abalara o país na véspera. Parte do teto do edifício que abriga o reator nuclear veio abaixo. O nível de radioatividade na central conhecida como Fukushima 1 havia aumentado de forma alarmante na sequência do forte sismo.

Por enquanto, não há dados oficiais sobre a dimensão da catástrofe, nem está claro se ela está relacionada com a fusão do núcleo do reator, que vinha sendo especulada anteriormente.

Segundo a empresa operadora, Tokyo Electric Power (TEPCO), a explosão deixou quatro feridos, que entretanto não correm perigo de vida. Os técnicos trabalhavam na redução da pressão dos reatores da central, a fim de evitar a fusão do núcleo dos mesmos devido à falência dos sistemas de refrigeração.

Nas proximidades da central foi detectado césio radioativo, segundo a comissão de segurança atômica citada pela agência Kyodo, o que poderia ser indício de uma fusão nuclear no reator. Imagens da televisão pública NHK mostram uma nuvem de fumaça branca sobre a central nuclear. Segundo a imprensa japonesa, o nível de radioatividade na área estaria mil vezes superior ao normal.

As autoridades locais tinham ordenado na sexta-feira a evacuação da zona num raio de 10 quilômetros ao redor da central. A NHK aconselhou a população a se manter em casa e fechar as janelas, ainda para além desse perímetro.

Peritos e jornalistas da cadeia de televisão também aconselharam pessoas que se encontrem no exterior a proteger as vias respiratórias com um pano molhado e a se cobrirem ao máximo, para evitar o contato direto da pele com o ar.

Fonte: Abril