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Felipão tem o grupo fechado para a Copa, mas nem tanto

Pensando bem, aquela derrota para a Suíça fez bem ao Brasil. Naquele amistoso na Basileia o time parecia enfadado, acomodado, como se todos já estivessem garantidos na “família Scolari”.

Ontem foi diferente. A Austrália era um adversário mais fácil, sim, é verdade. Mas os jogadores devem ter ouvido o discurso do técnico – repetido, aliás reiteradas vezes nas entrevistas – dizendo que pretende fechar o grupo até o final do ano. Tem gente que está fora que ainda pode entrar. E, claro, tem gente que pensa que está dentro, mas não está.

Os garantidos acho que são estes: Júlio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo, Paulinho, Luis Gustavo, Oscar, Hulk, Neymar, Fred, Jefferson, Dante, Hernanes, Bernard e Jô.

Os ameaçados: Diego Cavalieri, Jean, Lucas, Réver, Felipe Luiz e Fernando.

Usei como base a lista da Copa das Confederações e nem citei o sãopaulino Jadson, que me parece já descartado. E desses que foram testados hoje, Maicon tem muita experiência (Felipão gosta dele) e passa a ser uma sombra para Daniel. Será quase uma assombração. Ramirez chegou e pode tomar o lugar de Fernando; Alexandre Pato – pelo gol e pelo bom momento que atravessa – ganhou fôlego. Se Fred não se recuperar…

Felipão deve testar o ex-corintiano William, hoje no Chelsea, e Phillippe Coutinho, o camisa 10 do Liverpool, e isso pode embaralhar a disputa do meio de campo pra frente. Aquele menino Vitinho, que largou o Botafogo para se esconder no futebol russo, pode ter perdido a vaga por isso. É um jogador espetacular, sem dúvida.

Ronaldinho e Kaká, apesar do nome e da experiência, dificilmente convencerão Felipão de que podem ser úteis. Tudo se resume no estilo de jogo escolhido por essa Comissão Técnica, que tem o peso de um conselheiro como Carlos Alberto Prreira.

O Brasil mostrou que, jogando em casa, a melhor estratégia é sufocar o adversário. Deu certo na Copa das Confederações até contra a poderosa e até então imbatível Espanha. Deu certo ontem neste 6×0 sobre a Austrália. E, nesse estilo de jogo, é preciso ter jogadores jovens, correndo mais que a bola. Não é mais o caso nem de Kaká, nem de Ronaldinho.

Em tempo: quem também está garantido na Copa é o garoto Davi Lucca, o filho de Neymar, que entrou em campo com ele. O craque já disse que o menino é pé quente e voltará a entrar com ele na Copa.

Fonte: Blog do Marcondes Brito