A Justiça Federal decretou sigilo nas investigações da queda do avião em que morreram o ministro do Supremo Teori Zavascki e mais quatro pessoas.
O sigilo foi decretado pelo juiz Raffaele Felice Pirro, da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis, e atinge as investigações do Ministério Público Federal e também da Polícia Federal. O sigilo em investigações desse tipo não é uma novidade e favorece a troca de informações desses órgãos com a Aeronáutica, a responsável técnica pela investigação da tragédia. Em Brasília, o Cenipa informou que ainda não foi notificado dessa decisão.
Os destroços do avião estão sendo levados para Angra dos Reis/RJ, mas ainda não há uma previsão oficial da Marinha do Brasil de quando devem chegar. A operação é muita lenta, começou no domingo (22) e ainda não terminou.
No início da noite de domingo, a parte do avião com a cabine do piloto e dos passageiros foi retirada do mar e colocada na balsa da empresa contratada pelo Grupo Emiliano para fazer o resgate do bimotor. Fitas de nylon foram presas à fuselagem e um guindaste colocou os destroços na balsa.
Na manhã desta segunda-feira (23), os peritos começaram a trabalhar no avião. Na balsa estavam técnicos do Cenipa, o órgão da Aeronáutica que investiga acidentes aéreos, homens da Marinha, da Polícia Federal e técnicos da empresa responsável pelo resgate. Imagens exclusivas foram feitas pelo Globocop.
Em Brasília, técnicos do Cenipa já estão trabalhando no gravador de voz retirado do avião na sexta-feira (20). Mas uma parte do equipamento, chamada de base, que contém os cabos e circuitos que fazem a ligação com os dados, foi atingida pela água do mar e precisa ser recuperada.
Segundo os técnicos do Cenipa, os passos para a recuperação do gravador são os seguintes: secagem do equipamento, verificação da integridade dos dados, processo de degravação dos dados, ou seja, de escutar se alguma conversa do piloto foi de fato gravada, e transcrição dos diálogos que forem recuperados.
Os peritos do Cenipa também investigam as informações do GPS do avião, mas é um equipamento que não tem proteção e pode estar muito danificado.
Além da Aeronáutica, o caso é investigado pela Polícia Civil, pelo Ministério Público do Rio, pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Fonte: Jornal Nacional