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Computadores devem superar humanos em 100 anos, diz Stephen Hawking

A dominação por robôs munidos de Inteligência Artificial não é pesadelo exclusivo dos filmes de James Cameron. Nesta semana, o físico Stephen Hawking afirmou que acredita ser possível a superação da espécie humana para além dos filmes de ficção científica.

Discursando na Conferência Zeitgeist em Londres, Hawking disse: “Computadores irão superar a raça humana através da inteligência artificial em algum momento dos próximos cem anos. Quando isso acontecer, precisamos ter certeza que compartilhamos do mesmo interesse”, informou a Geek.

Não é a primeira manifestação de Hawking sobre o assunto. Em dezembro, ele chegou a alertar sobre a possibilidade da robótica e seus avanços guiarem a espécie humana rumo a sua total extinção. Ele ressaltou que o fortalecimento físico e intelectual dos robôs para além das capacidades humanas pode fugir do controle.

“Esse processo pode disparar por conta própria e se reformular a um ritmo cada vez maior”, comentou em entrevista para a BBC, “Os seres humanos, limitados pela evolução biológica, são incapazes de competir e podem ser suplantados”.

O físico não está sozinho em suas aflições. Elon Musk, CEO da Tesla Motors e da SpaceX, afirmou em palestra no MIT que a Inteligência Artificial e a pesquisa direcionada a ela são uma ameaça direta à humanidade. 

“Acredito que deveríamos ser muito cuidadosos a respeito da Inteligência Artificial”, defendeu. Não contente, Musk foi além: “Se eu tivesse que dar um palpite sobre a nossa maior ameaça existencial, provavelmente seria que, através da IA, estaríamos invocando o demônio”. 

Mas ainda é cedo para começar a histeria coletiva. Nem toda a comunidade científica se encontra tão alarmada quanto Hawking e Musk. 

Muitas pessoas tendem a encarar a Inteligência Artificial como o cérebro por trás da robótica, mas ela também está presente em smartphones, filtros de spam e até aplicativos que recomendam restaurantes.

Estudos em Inteligência Artificial, por enquanto, estão longe de criar um robô que aprenda facilmente, sobretudo um ciente de si o suficiente para deixar seus operadores humanos de lado e dominar o mundo. 

Manifestações acaloradas como as de Hawking e Musk podem colocar em risco a continuação de pesquisas no ramo.