O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu à Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) uma patente pela criação do produto tecnológico “Elaboração de um Plástico Filme Biodegradável à Base de Extratos de Resíduo de Uva Syrah (Vitis vinifera) e Moringa oleífera para Embalar Alimentos e Aumentar a Vida de Prateleira”. O plástico filme surgiu numa pesquisa iniciada por uma estudante egressa da universidade no Programa de Doutorado em Biotecnologia – Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio), vinculado à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com colaboração de pesquisadores da Univasf.
Os inventores são a egressa do curso de Medicina Veterinária e do mestrado em Biociências da Univasf, Naiane Darklei dos Santos Silva; os professores da Univasf, Mário Adriano Ávila Queiroz, Jacson Guedes, Wagner Pereira e Mateus Matiuzzi; a técnica de Laboratório da Univasf, Amanda Leite; a egressa do mestrado em Biociências e atualmente professora do IFSertãoPE, Sandra Kelle; e o egresso do mestrado em Ciência Animal da Univasf, José Gleydson. O projeto começou com uma pesquisa de doutorado de Naiane, sob a orientação do professor Mário Adriano, e o produto foi desenvolvido nos laboratórios do Colegiado de Farmácia da Univasf e no Biotério do Campus Ciências Agrárias (CCA).
“Quando comecei a desenvolver a pesquisa, pretendi dar uma destinação diferente ao uso dos resíduos da uva gerados pela indústria da vitivinicultura da região de Petrolina-PE e Juazeiro-BA. Nesse caso, pensei na elaboração de um plástico, associando o resíduo da uva com a moringa, uma planta que é muito utilizada na alimentação de animais e, também, na suplementação da alimentação humana”, explica Naiane, que atualmente é professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
O filme biodegradável para embalagens aumenta o tempo de vida dos alimentos nas prateleiras. É um produto que tem ação antimicrobiana e antioxidante, impedindo o crescimento e o desenvolvimento de microorganismos, principalmente aqueles conhecidos como patogênicos, capazes de causar doenças. “Hoje, na indústria, busca-se utilizar ferramentas que agreguem valor ao alimento, com o uso de componentes que possam estabelecer mudanças bioquímicas que torne um alimento mais saboroso, aliado ao uso de substâncias que possam auxiliar na manutenção da qualidade microbiológica”, ressalta Naiane.
Da redação do Blog Alvinho Patriota