Barroso diz que não tem previsão de retomar julgamento sobre aborto no STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso afirmou que o tema da descriminalização do aborto até a 12ª semana da gestação “ainda precisa de mais debate na sociedade” e que, por causa disso, não tem previsão para retomar o julgamento iniciado pela ex-presidente da Corte, Rosa Weber, antes de sua aposentadoria.

O próprio Barroso foi responsável por interromper o julgamento logo depois do voto favorável de Rosa, com pedido de destaque e transferência do plenário virtual para o físico. Agora, ao assumir a presidência do STF, ele passou a ter a prerrogativa de decidir o que deve ou não ir à pauta do Supremo – e sinaliza que a Corte deve manter o caso na gaveta por um bom tempo. “Não há nenhuma previsão para marcar o julgamento sobre a descriminalização do aborto até o terceiro mês de gestação. Entendo que esse é um tema que ainda precisa de mais debate na sociedade”, disse o magistrado ao jornal Folha de São Paulo.

O Estadão mostrou que, em outra ocasião, há quatro anos, Barroso havia se mostrado favorável à questão. Em discurso em abril de 2019, no evento Brazil Conference, em Harvard, o ministro disse que o direito ao aborto seria um direito da mulher à liberdade sexual e reprodutiva, à autonomia e também à igualdade. Em sua fala de então, indicou que ‘se homens engravidassem’, a questão ‘já estaria resolvida há muito tempo’.

Como mostrado pelo Estadão, o julgamento iniciado no final de setembro criou mais uma tensão no relacionamento entre o Congresso e o STF, já abalado por votações como a do marco temporal e da descriminalização do porte de drogas. Os parlamentares chegaram a dar tração a propostas para alterar o regime de indicação dos ministros da Corte, criar mandatos para os ministros e mudar regras internas de funcionamento do Tribunal.

Em manifestação pública para jornalistas, Barroso reagiu. “Pessoalmente, acho que o Supremo, que talvez seja umas das instituições que melhor serviu ao Brasil na preservação da democracia, não está em hora de ser mexido”, afirmou antes da sessão plenária da última quarta-feira, 4.

O único voto registrado no julgamento da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação foi o da então presidente da Corte, Rosa Weber, que colocou o tema em pauta nos últimos dias antes de sua aposentadoria. Em sua argumentação a favor da descriminalização, ela falou sobre o embate entre estado laico e ética cristã, sobre saúde pública e direitos da mulher.

O julgamento foi aberto no dia 22 de setembro, a partir de uma ação movida pelo PSOL, e deveria ir até o dia 29, mas foi suspenso por pedido de destaque de Barroso. A legislação hoje permite o aborto em apenas três situações – violência sexual, risco de morte para a gestante ou feto com anencefalia.

Fonte: Estadão

No Rio, carnavalescos debatem crescimento do carnaval de rua no país

A Associação Independente de Blocos de Rua do Rio (Sebastiana) está promovendo neste final de semana, a 17ª Edição do Desenrolando a Serpentina no Museu de Arte do Rio (MAR), com a participação de debatedores do Rio de Janeiro, de São Paulo, Belo Horizonte e Recife. Estão participando diferentes agentes do carnaval de rua das principais capitais carnavalescas do país, debatendo o crescimento do carnaval de rua.

No Rio, as questões estão ligadas às liberações dos desfiles, autorizações e a burocracia criada pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Militar para a apresentação das agremiações. Algumas delas reúnem mais de 1 milhão de foliões, tornando as medidas de segurança mais rígidas para a festa não fugir do controle das autoridades.

De acordo com a presidente da Sebastiana, Rita Fernandes, o debate envolve um conjunto de sugestões com a participação dos artistas, gestores públicos, financiadores e gestores culturais. “A gente espera contar com os presidentes de blocos, gestores culturais e demais convidados para uma troca de ideias e experiências”.

O presidente da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), Ronnie Aguiar, disse que a empresa reconhece o carnaval de rua como a expressão mais legítima do carnaval popular. “Em 2024, o carnaval de rua vai contar com um grande esquema logístico e operacional para garantir a alegria dos foliões”, disse.

Fonte: Agência Brasil.

Para diminuir déficit de vagas e tirar poder dos presos, sistema prisional de Pernambuco vai receber R$ 105 milhões

O sistema prisional de Pernambuco – que nem mesmo nos bons tempos do Pacto pela Vida recebeu a devida atenção – terá o orçamento ampliado em cinco vezes a partir do próximo ano, segundo prevê o governo estadual. O objetivo é ampliar o número de vagas (para diminuir o déficit histórico) e tentar tirar o poder dos presos nas unidades com uma fiscalização mais efetiva.

O Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, enviado para apreciação da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), prevê o investimento (despesas de capital) de quase R$ 1 bilhão somente para o Juntos pela Segurança, política anunciada pela governadora Raquel Lyra em 31 de julho deste ano, em substituição ao programa Pacto pela Vida.

O orçamento deste ano para o sistema prisional, elaborado em 2022 pela gestão Paulo Câmara, previa um gasto de R$ 20,3 milhões. Para 2024, a proposta do governo Raquel Lyra é passar para R$ 105 milhões por reconhecer a importância de combater a continuidade dos crimes dentro das unidades prisionais, o que, a curto ou médio prazo, pode resultar na redução da violência no Estado.

A Secretaria Executiva de Ressocialização, até então subordinada à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, será transformada em Secretaria de Administração Penitenciária – garantindo mais investimentos. A novidade foi anunciada também em julho, mas o projeto de lei com a mudança ainda vai ser encaminhado para votação na Alepe.

Para se ter uma ideia do tamanho do problema que precisa ser enfrentado, Pernambuco tem uma das maiores taxas de ocupação nos presídios do País. Estatísticas do mês de julho apontavam que havia quase 30 mil presos para cerca de 14,4 mil vagas. A taxa de ocupação era de 204%.

Fonte: JC Online

Desenrola Brasil: nova fase de renegociação de dívidas começa nessa segunda-feira

O Desenrola Brasil iniciará a fase de renegociação de dívidas voltada para pessoas com renda de até 2 salários mínimos ou que estejam inscritas no CadÚnico e que tenham dívidas negativadas até R$ 5 mil. Para participar do programa, é necessario o cadastro na Plataforma GOV.BR.

O Ministério da Fazenda reforça a importância do cadastro na plataforma, já que, sem ela, é impossível acessar o sistema e renegociar as dívidas.

Confira a seguir o tutorial do Governo Federal para o cadastro:

Como você pode realizar o seu cadastro?

O cadastro é realizado diretamente no portal do governo federal.

Acesse www.gov.br, selecione “Entrar com gov.br”, digite seu CPF e clique em “Continuar” para criar ou alterar sua conta.

Ao realizar o cadastro, o cidadão preenche um formulário simples e seus dados podem ser validados na Receita Federal ou no INSS. O cadastro também pode ser realizado em uma Agência do INSS ou nos postos do Senatran. Todavia, este formulário só permite o nível Bronze.

Para subir para o nível Prata, os cidadãos devem fazer biometria facial com a CNH ou ser servidor público federal ou fazer o login pelo banco, caso este faça parte dos que estão credenciados. São eles: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Banco de Brasília, Caixa Econômica, Sicoob, Santander, Itaú, Agibank, Sicredi e Mercantil do Brasil. Lembrando que o devedor deve ter o número de telefone cadastrado em seu banco para recebimento do SMS de confirmação do acesso.

Já a conta Ouro exige o reconhecimento facial pelo aplicativo para conferência da sua foto nas bases da Justiça Eleitoral (TSE) ou validação a partir do QR Code da sua Carteira de Identidade Nacional ou com Certificado Digital compatível com ICP-Brasil.

Para aumentar o nível da sua conta GOV.BR de bronze para Prata ou Ouro, você também pode utilizar o aplicativo GOV.BR e seguir as orientações, o próprio aplicativo já te oferece a oportunidade de aumentar o nível da sua conta.

Fonte: Diario de Pernambuco

Ministra da Saúde exonera diretor responsável por evento com dança erótica

O Ministério da Saúde exonerou o diretor de Prevenção e Promoção da Saúde, Andrey Roosewelt Chagas Lemos, após uma apresentação com dança erótica em evento promovido pela pasta. A apresentação ocorreu na quinta-feira, 5, e foi alvo de críticas de opositores e até mesmo aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O vídeo, que circulou nas redes sociais, foi gravado durante 1º Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde no Brasil. A apresentação mostra uma pessoa cantando uma música e outra fazendo uma coreografia erótica no centro do palco, enquanto participantes aplaudem da plateia.

O Ministério da Saúde repudiou o ato e afirmou que o diretor assumiu integralmente a responsabilidade pelo episódio. A ministra Nísia Trindade disse, em vídeo publicado nas redes sociais da pasta neste sábado, 7, que foi pega de surpresa com a repercussão enquanto participava de agendas em Diadema e Mauá, em São Paulo

“Infelizmente eu fui surpreendida pelo episódio de ontem e venho por meio desse vídeo me desculpar sinceramente pelo ocorrido”, afirmou a ministra. Em nota, o ministério classificou o ato como “inadmissível”. “O Ministério da Saúde reitera o compromisso com a saúde da população e o fortalecimento do SUS, com visão inclusiva e o respeito à diversidade e à democracia”, diz o documento.

Após o episódio, o ministério anunciou a criação de uma curadoria de eventos, vinculada ao gabinete da ministra, para avaliar as participações propostas em eventos oficiais. Parlamentares de oposição enviaram requerimentos de informação para apurar o nome dos responsáveis pelo evento e os gastos realizados pela pasta. A ministra é obrigada a prestar informações ao Congresso Nacional no prazo de 30 dias, sob pena de enquadramento no crime de responsabilidade e afastamento do cargo.

Fonte: Estadão