Nacional-AM 2 x 2 Salgueiro – Carcará arranca empate e está nas quartas

O Salgueiro está nas quartas de finais do Campeonato Brasileiro da Série D. O Carcará arrancou um empate diante do Nacional por 2 a 2, no Estádio do SESI, em Manaus, pelas oitavas de finais, e como fez um número maior de gols fora de casa, ficou com a vaga. Por coincidência, ambos os times chegaram, neste ano, nas oitavas de finais da Copa do Brasil. O clube pernambucano foi eliminado pelo Internacional e o Naça pelo Vasco.

Na partida de ida, os times ficaram em 0 a 0. Com isso, o Salgueiro poderia empatar por um ou mais gols que ficaria com a vaga. O Nacional-AM até ficou com a classificação nas mãos por alguns minutos, mas acabou levando o segundo gol, que determinou a vitória do Carcará.

Nas quartas de finais, o Salgueiro enfrenta o vencedor de Plácido de Castro e Gurupi. No primeiro jogo, o clube acreano venceu por 1 a 0. O embate acontecerá nesta terça-feira, âs 20h, no Estádio do Resendão.

Tudo igual!
Jogando diante de sua torcida, o Nacional tomou a iniciativa da partida e foi para o ataque. Após cobrança de escanteio de Bismarck, Agenor ganhou da zaga e testou firme. A bola passou perto do gol de Mondragon e vai para fora. O Salgueiro respondeu em seguida. Kanu chegou bem no ataque, mas pecou na hora de finalizar e facilitou a defesa de Gilberto.

Ao contrário do adversário, o Salgueiro estava tranquilo na partida e chegou ao gol aos 14 minutos. Tamandaré avançou pela direita e cruzou para Kanu. O atacante subiu sozinho e testou firme para o fundo das redes. Porém, não deu para comemorar. Aos 23, Morisco aproveitou a cobrança de escanteio e chutou do jeito que deu para deixar tudo igual.

O resultado classificaria o Salgueiro. Ciente disso, o time pernambucano não teve pressa. Manteve sua postura em jogar no contra-ataque, se fechou na defesa, e impediu os avanços do Nacional, que não levou o resultado que esperava para o intervalo.

E deu… Salgueiro!
Mesmo precisa marcar um gol para garantir a classificação para a próxima fase, o Nacional demorou a engrenar, porém, quando isso aconteceu chegou ao gol. Aos 20 minutos, Danilo Rios achou Leonardo. O atacante driblou o zagueiro e deu um tapa na bola, que foi para no ângulo do arqueiro do Salgueiro.

Desta vez, quem marcou logo depois foi o Salgueiro. Clébson aproveitou o cruzamento e arriscou o chute. A bola desviou no defensor do Nacional e enganou o goleiro Gilberto, que nada pôde fazer para impedir o gol de empate. Empolgado, o Carcará foi em busca do terceiro, que liquidaria a partida. Yerien chutou, a bola passou raspando na trave e seguiu para a linha de fundo.

O Nacional teve a chance para empatar. Aos 34 minutos, Marcinho tocou para Andrézinho, que chutou forte. A bola foi para fora. Em seguida, Danilo Rios desperdiçou a última chance do Naça. Após jogada de Felipe, Rios ficou com a sobra, mas mandou para fora.

Fonte: Futebol Interior

Vida FM inaugura novas instalações em Salgueiro

Neste sábado, feriado da Independência do Brasil, a rádio Vida FM deu um grande salto em sua reestruturação. Após lançar novo site e formar uma equipe com grandes profissionais, como Jota Silveira e Nenê Locutor, a Vida FM inaugurou suas novas instalações na Avenida Eliza Patriota, em Salgueiro. O prédio da emissora passou por uma grande reforma, que incluiu a aquisição de novos equipamentos, a exemplo de mesa de som e microfones profissionais.

A rádio agora conta com estúdio panorâmico, estúdio de gravação, área administrativa, banheiro, copa e recepção. A área frontal também foi reformada, com predominância do verde que colore as cores logomarca da emissora.

Conforme o gerente de programação da Vida FM, Jota Silveira, a reforma da rádio garante mais qualidade para a comunicação de Salgueiro. “Comunicação não tem segredo. É preciso abrir espaço para o povo e é isso que nós temos feito e iremos procurar fazer, abrir sempre a rádio para o povo. Com essa nova estrutura, novos equipamentos, com tudo novo, isso vai também nos proporcionar oferecer um produto de melhor qualidade aos nossos apoiadores”, disse, em entrevista ao Blog Alvinho Patriota.

Parque Vida

Ontem também aconteceu a inauguração do “Parque Vida”, uma nova área de lazer aberta à toda a população salgueirense, com pescaria, caminhada e outras atividades de entretenimento. A partir do próximo domingo haverá música ao vivo, comida e bebidas para os frequentadores. O Domingo no Parque será transmitido ao vivo pela Vida FM, das 9h às 12h.

Da redação do Blog Alvinho Patriota por Chico Gomes

Governo anuncia vale-cultura para trabalhadores a partir de outubro

O governo anunciou nesta sexta-feira (6) as regras para o uso do vale-cultura . O cartão com o benefício deve estar disponível a partir do mês que vem.

Programa de sexta-feira: dar uma voltinha na livraria. Mas nem sempre isso significa comprar. O vale, de R$ 50 por mês, vai tornar mais fácil o acesso à cultura.

Vai ser como o vale transporte ou o vale alimentação que o trabalhador já está acostumado a usar. Com o cartão do vale-cultura, ele poderá comprar um livro, ir ao cinema ou até ou até mesmo juntar os valores durante meses para um projeto mais caro, como a compra de um instrumento musical.

O benefício poderá ser usado para alugar filmes, comprar ingressos de teatro, circo, dança, e até jornais e revistas.

As empresas não serão obrigadas a dar o vale-cultura, mas terão um incentivo para aderir ao programa: o gasto com o benefício poderá ser abatido do Imposto de Renda no limite de até 1% do valor devido.

Todos os funcionários poderão receber o vale, mas terão prioridade os que ganham até cinco salários mínimos. O desconto nos salários vai ser de R$ 1 para quem ganha um salário mínimo e pode chegar a R$ 5 para quem ganha cinco mínimos.

Primeiro vai ser feito o credenciamento das empresas que vão oferecer o benefício. Os estabelecimentos que vão aceitar o cartão também terão que se cadastrar.

“São mais de quarenta milhões de brasileiros que podem ter, ganham menos de cinco salários mínimos, e vão se bilhões na cultura que é uma área extremamente desprivilegiada em relação a recursos”, disse a ministra da Cultura, Marta Suplicy.

Para o produtor cultural Eduardo Barata, o vale-cultura pode formar uma nova platéia: “O vale-cultura é a possibilidade do trabalhador e das pessoas que estão excluídas hoje de consumirem bens culturais poderem voltar a serem consumidores de cultura”.

Fonte: Jornal Nacional

Grécia: 17 mil vão às ruas contra a austeridade

Dezessete mil pessoas, segundo a polícia, manifestaram-se na noite deste sábado em Salônica, atendendo a um chamado dos sindicatos contra as políticas de austeridade em vigor na Grécia há quatro anos.

“Todos juntos para combater o rigor e a pobreza”, diziam bandeiras dos sindicatos. Um total de 4,5 mil policiais foram mobilizados na segunda maior cidade grega, segundo uma fonte policial.

Paralelamente à manifestação, dezenas de pessoas lançaram pedras e garrafas contra o batalhão de choque, que respondeu com gás lacrimogêneo. Vinte pessoas foram detidas.

As manifestações coincidiram com a abertura, na manhã deste sábado, pelo primeiro-ministro Antonis Samaras, da 78ª Feira Internacional de Salônica, que marca anualmente, em setembro, o retorno às atividades política e econômica.

Alexis Tsipras, líder do principal partido de oposição, a Esquerda radical Syriza, que participava das manifestações, exigiu eleições antecipadas em protesto contra a política de rigor. O descontentamento social voltou a ganhar força após as mudanças provocadas pela reforma do setor público.

Fonte: AFP

Considerações sobre o Mais Médicos

Estamos assistindo, como um verdadeiro espetáculo midiático, a repercussão do Programa Mais Médicos, lançado pelo governo federal.

Os nossos indicadores de saúde colocam-nos, em comparação com os demais países, em posições não compatíveis com o atual estágio de crescimento econômico brasileiro. A incompatibilidade desses indicadores, saúde versos economia, é mais uma demonstração de que o crescimento, como conceito quantitativo, não significa, necessariamente, desenvolvimento, como qualidade de vida que todos almejamos para a nossa população.

Indiscutivelmente, não se fala em desigualdade no Brasil sem que seja referenciada a problemática da saúde. A ausência de médicos nas regiões periféricas dos grandes centros urbanos e nos rincões do nosso País é, pois, uma problemática a ser atacada com todo o vigor que se possa imprimir em termos de políticas públicas.

Exatamente por tratar-se de um problema tão grave, que penaliza tanto a nossa população, é que a saúde não pode ser tratada com medidas paliativas, imediatistas, sem levar em consideração um projeto de País e de políticas públicas de saúde que, por serem justas e solidárias, devem trazer a marca da equidade, da justiça e da ética. Afinal, quando se fala em saúde, está-se tratando do bem estar do ser humano e, por extensão, de toda a sociedade.

Como parlamentar sinto uma obrigação inarredável de analisar o Programa Mais Médicos em todas as suas facetas. Se analisarmos os dados da demografia médica brasileira, que nos chegam tanto através do IBGE, quanto por meio do relatório Demografia Médica Brasileira, publicado pelo Conselho Federal de Medicina, em fevereiro de 2013, existem, de fato, 400 mil médicos no Brasil, mas, também, uma enorme desigualdade na distribuição dos profissionais.

Nos últimos 42 anos, de 1970 a 2012, o Brasil passou de 59 mil médicos para cerca de 400 mil. Um aumento de 558%, contra um crescimento populacional de 102%. Em média, o País tem 2 profissionais por 100 mil habitantes, o que é um índice aceitável pela Organização Mundial de Saúde. Entretanto, as Regiões Norte, com 1 profissional, e Nordeste, com 1,2 médicos por mil habitantes, estão abaixo da média nacional. A Região Sudeste tem uma relação médico por habitante duas vezes maior que a do Nordeste.

Existe, sim, um problema de distribuição de médicos no Brasil: há um desequilíbrio na repartição geográfica e uma concentração de profissionais que favorece o setor privado de saúde. Isso quer dizer que convivemos tanto com carências, quanto com altas densidades de médicos.

A análise que fazemos do Programa Mais Médicos é, em primeiro lugar, se ele se constitui numa política pública de saúde de efeitos duradouros ou se é simplesmente uma medida para atender a um momento pré-eleitoral do país. Será que é possível fazer uma política pública baseada somente no número de médicos em determinadas regiões? Acredito que a “falta de médicos” não pode ser o único foco.

Por outro lado, que adianta autorizar novos cursos e novas vagas em cursos de Medicina, sem a mínima qualidade na graduação, sem dizer da ausência de vagas na residência médica?

Entendo, também, que a importação de médicos, seja de qual país for, deveria passar por uma discussão no Conselho Nacional de Saúde, com as entidades representativas dos profissionais de saúde do País e com o Congresso Nacional. Mais uma vez nos vemos na contingência de “aprovarmos” a toque de caixa uma política de tão grande alcance para a sociedade brasileira.

No caso dos médicos cubanos, especificamente, enquanto eles não tiverem no Brasil as condições de trabalho iguais a todos os outros médicos, estaremos compactuando com uma verdadeira forma de servidão, que mais do que desdouro para o servidor médico, é uma vergonha para o Brasil como empregador. Afinal somos ou não somos uma democracia, em todas as nossas relações? Ainda mais, como aceitar que eles, os cubanos, não possam trazer suas famílias e recebam menos do que os outros?

E o sistema de pagamento em forma de bolsa e não de salário? É uma forma de fugirmos aos encargos trabalhistas, prejudicando a todos os médicos que vão enfrentar situações difíceis pelo interior do Brasil?

Por fim, se essa política, aplicada numa verdadeira correria, focar apenas no número de médicos, estamos nos esquecendo da ausência de condições dos hospitais e postos de saúde pelo País: falta de aparelhos para exames básicos, macas, condições higiênicas e, até, papel para prontuários.

Chamo a atenção, portanto, para uma discussão séria sobre o Mais Médicos. Não se trata de rejeitar, simplesmente, mas de considerá-lo à luz das reais condições do País e não esperarmos que a simples multiplicação numérica de médicos vá resolver os problemas da saúde brasileira.

Pela proposta orçamentária, encaminhada ao Congresso na semana passada, pouco se previu de aumento de recursos para a saúde. Mais precisamente 5,98% de aumento. E de onde virá o dinheiro para cobrir o Mais Médicos, que deverá custar R$ 2,8 bilhões? Das emendas parlamentares ou de cortes de outros programas?

Para maior transparência, o governo federal deve responder a todas essas perguntas.

Por Lúcia Vânia, senadora (PSDB) e jornalista

EUA e Grã-Bretanha têm tecnologias para quebrar dados criptografados, dizem jornais

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha teriam quebrado a tecnologia usada para criptografar serviços de internet, tais como serviços bancários online, registros médicos e e-mails. Informações divulgadas por jornais britânicos e norte-americanos, com base em documentos passados pelo ex-consultor de informática Edward Snowden, revelam que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) e o Centro de Comunicações do governo britânico (GCHQ, na sigla em inglês) pode ter invadido importantes protocolos de segurança online.

As tecnologias de criptografia quebradas são usadas por serviços populares da internet, como Google, Facebook e Yahoo.

A NSA estaria gastando US$ 250 milhões por ano com o programa secreto. Segundo os documentos, publicados pelo jornal britânico The Guardian, em conjunto com o americano The New York Times e a organização sem fins lucrativos ProPublica, a operação do governo dos Estados Unidos foi batizada de Bullrun, em referência à primeira batalha da guerra civil no país. O programa homólogo britânico é chamado Edgehill, primeira grande batalha da guerra civil inglesa, informaram as publicações.

Os relatórios mostram que a Grã-Bretanha e as agências de inteligência dos Estados Unidos estão se concentrando na criptografia usada em smartphones, e-mails, compras online e redes de comunicação remota para negócios. De acordo com os jornais, Snowden, que recebeu asilo na Rússia, revelou dados sobre a Bullrun segundo os quais a NSA tem construído poderosos supercomputadores para quebrar a tecnologia que codifica e embaralha (criptografia) as informações pessoais quando os usuários de internet acessam vários serviços.

Conforme os dados vazados pelo ex-consultor de informática, a NSA também colaborou com empresas de tecnologia, que não foram identificadas, para construir as chamadas “portas dos fundos” de softwares(programas de computador) produzidos por tais companhias, o que daria ao governo acesso a informações do usuário antes que estas sejam criptografadas e enviadas pela internet.

Os Estados Unidos supostamente começaram a investir bilhões de dólares no programa em 2000, após esforços iniciais para instalar “portas dos fundos” em todos os sistemas de criptografia terem sido frustrados. Na década seguinte, a NSA empregou computadores de quebra de código e começou a colaborar com as empresas de tecnologia americanas e do exterior para construir pontos de acesso a seus produtos, informaram os jornais.

Funcionários da NSA continuaram a defender as ações da agência, alegando que os Estados Unidos estariam em risco considerável se mensagens de terroristas e espiões não fossem decifradas. No entanto, alguns especialistas argumentam que tais esforços podem, na verdade, prejudicar a segurança nacional, porque as portas traseiras inseridos em programas de criptografia poderiam ser exploradas por aqueles que estão fora do governo.

Fonte: Agência Brasil

Felipão tem o grupo fechado para a Copa, mas nem tanto

Pensando bem, aquela derrota para a Suíça fez bem ao Brasil. Naquele amistoso na Basileia o time parecia enfadado, acomodado, como se todos já estivessem garantidos na “família Scolari”.

Ontem foi diferente. A Austrália era um adversário mais fácil, sim, é verdade. Mas os jogadores devem ter ouvido o discurso do técnico – repetido, aliás reiteradas vezes nas entrevistas – dizendo que pretende fechar o grupo até o final do ano. Tem gente que está fora que ainda pode entrar. E, claro, tem gente que pensa que está dentro, mas não está.

Os garantidos acho que são estes: Júlio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo, Paulinho, Luis Gustavo, Oscar, Hulk, Neymar, Fred, Jefferson, Dante, Hernanes, Bernard e Jô.

Os ameaçados: Diego Cavalieri, Jean, Lucas, Réver, Felipe Luiz e Fernando.

Usei como base a lista da Copa das Confederações e nem citei o sãopaulino Jadson, que me parece já descartado. E desses que foram testados hoje, Maicon tem muita experiência (Felipão gosta dele) e passa a ser uma sombra para Daniel. Será quase uma assombração. Ramirez chegou e pode tomar o lugar de Fernando; Alexandre Pato – pelo gol e pelo bom momento que atravessa – ganhou fôlego. Se Fred não se recuperar…

Felipão deve testar o ex-corintiano William, hoje no Chelsea, e Phillippe Coutinho, o camisa 10 do Liverpool, e isso pode embaralhar a disputa do meio de campo pra frente. Aquele menino Vitinho, que largou o Botafogo para se esconder no futebol russo, pode ter perdido a vaga por isso. É um jogador espetacular, sem dúvida.

Ronaldinho e Kaká, apesar do nome e da experiência, dificilmente convencerão Felipão de que podem ser úteis. Tudo se resume no estilo de jogo escolhido por essa Comissão Técnica, que tem o peso de um conselheiro como Carlos Alberto Prreira.

O Brasil mostrou que, jogando em casa, a melhor estratégia é sufocar o adversário. Deu certo na Copa das Confederações até contra a poderosa e até então imbatível Espanha. Deu certo ontem neste 6×0 sobre a Austrália. E, nesse estilo de jogo, é preciso ter jogadores jovens, correndo mais que a bola. Não é mais o caso nem de Kaká, nem de Ronaldinho.

Em tempo: quem também está garantido na Copa é o garoto Davi Lucca, o filho de Neymar, que entrou em campo com ele. O craque já disse que o menino é pé quente e voltará a entrar com ele na Copa.

Fonte: Blog do Marcondes Brito

Protestos tomaram conta do país com atos de vandalismo

Manifestantes voltaram às ruas das principais cidades brasileiras neste Sete de Setembro, o que gerou confrontos, principalmente em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, com pessoas sendo dispersadas pela polícia com gases lacrimogêneo e de pimenta.

Manifestações foram convocadas em mais de 100 cidades através das redes sociais, mas foram significativamente menores do que as de junho, quando mais de 1 milhão de pessoas saíram às ruas contra a corrupção e os gastos públicos milionários com os estádios da Copa do Mundo, e por melhores serviços.

Em Brasília, após denunciar a corrupção na classe política diante do Congresso, centenas de manifestantes tentaram romper o cordão policial que protegia o estádio Mané Garrincha, duas horas antes do amistoso entre Brasil e Austrália, sendo dispersados com gás lacrimogêneo.

Os manifestantes corriam em todas as direções nos arredores do estádio, perseguidos pelo Batalhão de Choque e a Polícia Montada. A principal via de acesso ao estádio foi tomada pela fumaça dos gases.

A polícia lançou gás de pimenta contra um grupo de jornalistas – entre eles um fotógrafo da AFP, que precisou de antendimento médico – que protestavam porque um colega havia sido atacado por um cão da polícia.

A polícia voltou a lançar gás lacrimogêneo nas áreas onde os manifestantes continuavam se concentrando em Brasília, e usou jatos d’água para dispersá-los na principal avenida da cidade, a 500 metros do Congresso.

Um total de 39 pessoas foram detidas na capital do país, informou a polícia à imprensa.

Os confrontos entre manifestantes e policiais ganharam força no fim do dia no Rio de Janeiro e em São Paulo, liderados, principalmente, por grupos de mascarados.

No centro de São Paulo, um grupo de manifestantes tentou invadir a Câmara Municipal, e a polícia tentava dispersá-los com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral, informou um policial militar.

Um manifestante foi ferido no olho, e, com o rosto coberto de sangue, caiu na rua, onde foi socorrido pela polícia.

Os protestos começaram cedo, coincidindo com os desfiles militares que marcam a data.

No Rio de Janeiro, mais de 100 manifestantes invadiram a avenida onde acontecia o desfile. Para dispersá-los, a polícia lançou gás lacrimogêneo perto do público, que incluía famílias com crianças, que correram para se proteger. Treze pessoas ficaram feridas e 27 foram detidas.

“A educação brasileira é uma vergonha, os salários também”, reclamava o professor recém-formado Eduardo Marques, 25.

Em Brasília, a presidente Dilma Rousseff participou pela manhã do desfile militar, em carro aberto.

Coincidindo com o fim do evento, 2 mil manifestantes marcharam até o Congresso. Um grupo exibia um “Papuda Móvel” para transportar, simbolicamente, os políticos corruptos para a prisão de segurança máxima da cidade. Outros manifestantes “limparam” os acessos ao parlamento com vassouras.

“Os protestos de junho serviram para pressionar o Congresso a aprovar medidas. Temos que mantê-los vivos”, explicou Philip Leite, do movimento estudantil Kizamba.

Em pronunciamento à nação nesta sexta-feira, a presidente Dilma disse que “a população tem todo o direito de se indignar com o que está errado e exigir mudanças”.

A popularidade da presidente caiu de 63% para 30% depois dos protestos de junho, mas subiu para 36% no começo de agosto, depois do anúncio de novos investimentos nos serviços públicos, e de sua decisão de promover uma reforma política.

Em outras cidades também houve manifestações, muitas delas pacíficas. Em Cuiabá, Fortaleza e Belo Horizonte, dezenas de pessoas foram detidas.

Fonte: Terra