Agência Regional de Salgueiro do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) está em péssimo estado de conservação e higiene, segundo denúncia de um cidadão salgueirense, que procurou a reportagem do blog de Alvinho Patriota na manhã desta sexta-feira (29). Indignado, o radialista Nadyael Tavares reclama da condição do imóvel, onde são realizados atendimentos de pessoas que perderam o emprego ou que desejam tirar Carteira de Trabalho.
O denunciante fala que para conseguir fichas as pessoas precisam chegar cedo à agência, reclama do forte odor de urina no local e da falta de cadeiras para os cidadãos se acomodarem. O banheiro sequer tem porta. Reboco da parede está caindo. As pessoas ficam muito tempo em pé, aguardando atendimento. Os funcionários estão trabalhando com apenas um computador, sem internet.
– A situação aqui está muito precária. O funcionário chega de 9h, começa atender de 9h30min e só trabalha até o meio-dia. Só são distribuídas dez fichas e se você pegar uma ficha, sair e voltar depois de meio-dia, já não é atendido. É muito odor. Não tem cadeiras para se sentar. A estrutura está completamente abalada. Coisas bem ‘pequenininhas’, qualquer detalhe, já manda você voltar no outro dia, não resolve na hora. Isso é uma vergonha pra as pessoas que estão tentando dá entrada no seguro – protesta Nadyel, que cobrou fiscalização da justiça e providências em relação ao estado de conservação da residência.
O chefe da Agência Regional de Salgueiro do MTE, José de Arimatéia, disse que a situação do prédio, situado na Avenida Antônio Angelim, é conhecida por todas as autoridades competentes, desde Ministério do Trabalho e Emprego em Brasília, até a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Brasília. Também afirmou que todas as regionais do ministério estão passando pelo mesmo problema.
“Nós já estamos há mais de 3 anos aqui tentando realizar uma locação de um novo prédio para a regional, mas simplesmente essa locação não se efetiva. Infelizmente a burocracia do serviço público implica nessa situação toda e que faz com que a gente seja obrigado a trabalhar e constantemente receber denúncias dessa natureza”, revelou Arimatéia, informando que chega a pagar para trabalhar, pois às vezes banca os serviços de limpeza do prédio do próprio bolso.
“Dentro do serviço público a burocracia, eu já falei, é muito grande. Nós não temos aqui serviço de limpeza, não temos pessoal para fazer serviço de limpeza, não temos pessoal para fazer vigilância. A gente faz e paga do nosso bolso. A nossa função não é fazer limpeza, a nossa função é outra, a gente é pago para prestar outro tipo de serviço, e aí chega a esse estado que chegou”, expõe o chefe da regional.
Arimatéia disse que as pessoas devem utilizar a Ouvidoria do site do Ministério do Trabalho e Emprego para realizar qualquer tipo de reclamação. Falou que acata as denúncias das pessoas, mas infelizmente não pode fazer nada, porque é apenas um funcionário público.
Por Chico Gomes