Alvo das acusações do deputado estadual Daniel Coelho (PV) de que o partido teria se vendido ao Governo do Estado, o presidente estadual do PV, Sérgio Xavier não quis rebater as duras palavras do parlamentar. Resumiu apenas que “a carta aberta” assinada pelo verde é “tão sem cabimento que não merece resposta”. “Não tenho o que comentar frente a tamanha grosseria”, arrematou.
Lideranças verdes também preferiram não se expor. Mas, em reserva, reagem às colocações do parlamentar, estranhando que Daniel não tenha participado das reuniões da Executiva, destinadas a definir a ida do partido para base do Governo. Contra a afirmação do deputado de que teria quatro votos, na Executiva, a seu favor, um membro do colegiado garante que ele não dispõe de “uma liderança com ele”, acrescentando que as que ele alega são “pessoas que trabalham com ele”.
Em relação à iniciativa de Daniel de recorrer à Justiça, alguns verdes indagam o que poderia motivar isso. “O partido não cerceou a liberdade dele de fazer oposição. Não tem um ataque a ele. Daniel se transformou numa vítma que não é. O partido verde não fez nada contra ele”, pontuou uma liderança. E completou: “O que a gente fez foi, depois de muita discussão, fechar uma aliança transparente, programática e democrática com o PSB”.
A mesma fonte recorda a reunião realizada no dia 18 de janeiro, quando cerca de 100 filiados foram ouvidos. Em seguida, reforça que a ex-presidenciável Marina Silva (PV), ao contrário do que Daniel Coelho registra, foi ouvida pessoalmente por Sérgio Xavier, a quem teria dado carta branca. “Se alguém fez alguma coisa contra alguém, foi ele contra o partido, acusando o partido de se vender, quebrando o decoro, acusando o governador de comprar um partido. Isso é muito grave!”, rebateu.
A liderança lembra ainda haver “dois partidos da oposição, PMDB E DEM, que não o querem líder”. “O PV não entrou na discussão da Alepe”, concluiu.
Fonte: Folha de PE
