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VLT inicia operação com apenas oito estações e com horários restritos no Rio

Após atrasos e com trechos ainda em obras, a prefeitura do Rio inaugurou na manhã deste domingo, 5, a primeira linha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que circulará pelo Centro da cidade. Uma das obras previstas no projeto de revitalização urbana da região portuária do Rio, o VLT inicia a operação com apenas oito estações e funcionará com horários restritos nas primeiras semanas.

Um grupo de 50 manifestantes protestou contra o projeto em frente à Praça Mauá, onde o prefeito Eduardo Paes (PMDB) foi chamado de ‘golpista’. Ligados a movimentos sociais, os manifestantes também portavam bandeiras do PT e faixas contra o presidente em exercício, Michel Temer, e contra as remoções decorrentes de obras para os Jogos Olímpicos na cidade.

Ao lado do ex-secretário de governo e pré-candidato à prefeitura, Pedro Paulo, o prefeito destacou o “legado” para a cidade com os investimentos feito para a competição. “Isso é um sonho que durante muito tempo vimos na propaganda eleitoral. É o integrador da revolução que fizemos na mobilidade da cidade. Não tem relação direta com a Olimpíada, mas com a integração da cidade”, afirmou Paes durante a inauguração. “O mais legal da Olimpíada não é a festa, mas a jornada até aqui e os benefícios entregues para a cidade”, completou.

Durante o discurso, um manifestante gritou palavras de ordem contra o prefeito, criticando os gastos públicos com as obras. “O Rio está falido”, gritou o manifestante, abafado por aplausos da classe de funcionários da prefeitura.

Apesar da pouca adesão, a manifestação marcada pela internet contra a inauguração fez a prefeitura reforçar a segurança no trajeto do VLT, com viaturas da Polícia Militar, Guarda Municipal e também do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

“Somos contra esse projeto de cidade e o volume de recursos gasto com inversão de prioridades. O VLT atende a uma parcela pequena da sociedade enquanto a maioria da população usa trens velhos na zona Norte”, criticou Gisele Tanaka, do Comitê Popular das Olimpíadas.

Fonte: Estado de Minas