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‘Vai dar a cara à tapa’, diz Júnior sobre a volta de Dunga à Seleção

A CBF deve anunciar nesta terça-feira (22), oficialmente o nome do novo técnico do Brasil. Aos 51 anos, Dunga vai começar a escrever mais um capítulo na longa relação que ele tem com a Seleção.

A CBF de endereço novo para receber um velho conhecido. Na terça-feira (22), Dunga será apresentado como técnico da Seleção. Ele retorna depois de quatro anos e uma passagem com títulos, polêmicas e o sexto lugar na Copa da África do Sul.

“Eu acho que ele tem capacidade para fazer um bom trabalho. Eu acho que ele não vai cometer os mesmos erros que ele cometeu em 2010. Então eu espero que o Dunga consiga fazer uma estrutura no futebol brasileiro, fazer uma mudança geral, desde as categoria de base”, analisa o comentarista Casagrande.

“Eu acho que a dificuldade agora vai ser maior agora, porque ele não tem o material humano de excelência, ele tem um jogador que é aquele jogador que faz a diferença, que é o caso do Neymar”, disse Junior, comentarista.

A relação de Dunga com a Seleção é longa. Foram 95 partidas como jogador e três Copas do Mundo. Na primeira, em 90, na Itália, ele ficou marcado como o símbolo da equipe que perdeu da Argentina nas oitavas de final. Quatro anos depois, ele levantou o troféu na conquista do tetra nos Estados Unidos. E quase repetiu a cena em 98 na França, quando a Seleção perdeu para os donos da casa e foi vice-campeã.

“São poucos jogadores na história que conseguiram se superar nesse nível. Talvez muitos naquela época não jogariam mais na Seleção e não conseguiriam se recuperar”, aponta o comentarista Juninho Pernambucano.

Essa experiência da volta por cima foi o cartão de visitas em 2006. A Seleção precisava, como agora, de uma renovação e Dunga que jamais tinha sido técnico foi chamado para dirigir as seleções principal e olímpica. Conquistou a Copa América, a Copa das Confederações e ficou com a medalha de bronze em Pequim.

No total, foram 60 jogos, 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas. A mais marcante para a Holanda, por 2 a 1 de virada, nas quartas de final da Copa. Nesse período, por causa do temperamento forte, teve alguns problemas de relacionamento com a imprensa.

“Ele vai dar a cara a tapa, ele vai brigar, vai procurar fazer tudo aquilo que faz parte na personalidade dele. Naturalmente, deve ter aprendido com as experiências que teve, principalmente na Copa de 2010″, comenta Junior.

Depois de 2010, Dunga só voltou a trabalhar como técnico no ano passado quando dirigiu o Internacional. Mesmo assim, ele não fez a temporada completa. Dez meses, 53 partidas, 26 vitórias, 18 empates e nove derrotas. Ganhou o Campeonato Gaúcho. Saiu do Internacional e não trabalhou mais como treinador.

“Acho que ele teve tempo para refletir e refletir bastante no que ele acertou e no que ele errou. Tem tudo para dar essa renovação à Seleção Brasileira e é isso que a gente cobra e ele tem a cara da Seleção Brasileira”, diz o comentarista Roger Flores.

Longe dos campos, dedicou-se ao instituto Dunga, em Porto Alegre, que há 14 anos utiliza o esporte para ajudar 540 crianças, jovens e idosos.

Na terça-feira, além da apresentação de Dunga, a CBF vai divulgar o nome dos demais integrantes da nova comissão técnica.

Fonte: Jornal Nacional