Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia vão concordar em impor sanções contra cerca de 20 pessoas na Rússia e na Crimeia nesta segunda-feira, informaram ministros e autoridades, com a possibilidade de se acrescentar novos nomes à lista quando os líderes da UE se reunirem durante a semana.
Os alvos na primeira fase incluem políticos responsáveis pela organização do referendo de domingo na Crimeia, quando 97 por cento dos eleitores decidiram separar a região da Ucrânia para se juntar à Rússia. A UE diz que o referendo foi ilegal e não reconhece o resultado.
“Estamos falando de aproximadamente cerca de 20 pessoas”, disse o ministro das Relações Exteriores tcheco, Lubomir Zaoralek, a repórteres, afirmando que o foco da lista são políticos por trás dos eventos na Crimeia, e não pessoas do mundo dos negócios.
Este deve ser o primeiro grupo e eu não descartaria que esta lista seja ampliada na próxima reunião do Conselho”, disse o ministro, referindo-se à cúpula da UE na quinta e sexta.
Autoridades europeias disseram estar determinadas a pressionar a Rússia por suas ações na Crimeia, com a imposição de sanções, incluindo a proibição de viagens e congelamento de bens dos responsáveis. Os Estados Unidos devem tomar medidas semelhantes também nesta segunda.
No entanto, as sanções da UE exigem a unanimidade dos 28 Estados-membros e existem vários países, incluindo a Grécia, Chipre, Itália, Espanha e Portugal, que têm reservas sobre retaliações muito rápidas.
Como resultado, não se espera que o movimento desta segunda-feira seja tão abrangente como inicialmente esperado. No final da semana passada, a União Europeia tinha elaborado uma lista com cerca de 120 a 130 nomes para possíveis sanções, o que agora foi reduzido a cerca de 20.
Há alguns sinais de que a ameaça de sanções está gerando um impacto na Crimeia e na Rússia.
Fonte: Reuters