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Tribunal europeu autoriza a eutanásia de francês em estado vegetativo

A Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH), em Estrasburgo, decidiu aceitar o pedido da esposa do enfermeiro francês Vincent Lambert de praticar a eutanásia no paciente, segundo a rede de televisão italiana RAI. Lambert, de 38 anos, está em estado vegetativo crônico e tetraplégico desde 2008, quando sofreu um acidente de moto que lhe provocou uma lesão cerebral.

Vários especialistas em neurociência consideram a lesão do enfermeiro irreversível, disse a RAI, e, por isso, a esposa dele, apoiada pelos médicos que tratam do caso, solicitaram ao Conselho de Estado francês que fossem desligadas as máquinas que mantêm o paciente vivo.

Na França, uma lei de 2005 autoriza a interrupção de tratamentos desnecessários ou desproporcionados, cujo único propósito é a manutenção artificial da vida.

O governo da França aceitou o pedido em junho de 2014, mas os pais de Lambert, que são contra o procedimento, recorreram da decisão e apelaram para a corte europeia. No mesmo dia da decisão francesa, a CEDH pediu a suspensão temporária da decisão para examinar o dossiê.

Agora, após sofrer nova derrota, a mãe do enfermeiro afirmou que a decisão “é um escândalo”. “Estamos tristes, mas vamos lutar novamente”, disse ela, segundo a RAI.

Já a esposa de Lambert disse que não tem motivo para comemorar. “Não há nenhum alívio, não há alegria a ser expressa”, afirmou ela.

O médico Eric Kariger, que supervisiona o caso, afirmou à France Info que a notícia “é um pequeno passo para Vincent Lambert, mas um grande passo para a nossa humanidade”.

Califórnia legaliza a eutanásia
Na quinta-feira (4), o Senado da Califórnia aprovou a lei SB-128, que legaliza a eutanásia neste estado americano para casos de doentes terminais com uma expectativa de vida inferior a seis meses, uma controvertida medida que continuará sua tramitação agora na Assembleia estadual, informou a agência EFE.

A legislação usou como referência a lei vigente no Oregon, que remonta a 1997, estado que junto com Novo México, Vermont e Washington autoriza o suicídio assistido por médicos. Em Nova York, este tipo de intervenção é aceito de forma mais restrita, como quando o médico retira o suporte vital de um paciente.

Fonte: G1